GUIA DE SEGURANÇA BIOSÉTICA NA FONOAUDOLOGIA
Tese: GUIA DE SEGURANÇA BIOSÉTICA NA FONOAUDOLOGIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alinealves2015 • 23/1/2015 • Tese • 2.065 Palavras (9 Páginas) • 339 Visualizações
MANUAL DE BIOSEGURANÇA EM FONOAUDIOLOGIA
A prática da audiologia expõe fonoaudiólogos e pacientes ao contato com microorganismos. Desta forma, as medidas de biossegurança específicas para o controle de infecção em audiologia não devem ser negligenciadas.
Uma forma segura e eficaz contra a contaminação é a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), que formam barreiras protetoras reduzindo o contato com matérias orgânicas. Seu uso deve ser obrigatório para evitar o contato com sangue e secreções orgânicas. Os EPI básicos recomendados são: luvas, máscaras, jaleco, gorro e protetores oculares. Além do uso desses equipamentos, devem ser seguidos os cuidados com imunização feita por meio de vacinas, que reduzem o risco de infecções e programar os cuidados com o ambiente que limita a propagação de microrganismos.
Todas essas medidas protegem a saúde da equipe profissional e de seus pacientes.
Jaleco
O jaleco constitui barreira de proteção para as roupas pessoais devendo ter colarinho alto e mangas longas, podendo ser de pano ou descartável.
Alguns autores sugerem os jalecos com mangas que cubram a roupa com comprimento 3/4, mantido sempre abotoado. O jaleco deverá ser utilizado apenas nas dependências da clínica, exclusivamente para o atendimento ao paciente a fim de evitar veiculação de microrganismos da clínica para outros ambientes. Deve ser retirado na clínica e colocado sacos de plástico para o procedimento posterior (limpeza ou descarte), sendo necessário lavá-los separadamente das roupas de uso pessoal. A cor do jaleco deve ser preferencialmente branca, para facilitar a visualização de sujeiras .
Os jalecos devem ser trocados diariamente, ou sempre que contaminados por fluidos corpóreos.
Não se deve sentar sobre bancadas e pias e deve-se ter o cuidado de não encostar às paredes ou em outros locais prováveis de contaminação. Deve-se ainda evitar roupas de lã, de veludo ou outros tecidos de fibras grossas, pois essas liberam e absorvem milhares de partículas contaminando o usuário e o ambiente.
Luvas
As luvas são usadas como barreira protetora para evitar o contato com líquidos corporais, secreções e objetos contaminados. As luvas de procedimento (de látex, descartáveis) devem ser trocadas a cada paciente e sempre que ocorrerem furos.
O uso contínuo das luvas acaba por criar um ambiente propício para a proliferação de microorganismos sob o látex. Assim, quando estiver com as mãos enluvadas não se deve manipular objetos fora do campo de trabalho (canetas, fichas clínicas,
maçanetas, telefone, etc), mas caso seja necessário, devem ser utilizadas luvas de sobrepor (material plástico).
É importante ressaltar que o uso de luvas não exclui a lavagem das mãos e antes de utilizá-las
é imprescindível que as mãos estejam limpas. As luvas devem ser retiradas imediatamente após o atendimento, sem que haja toque na parte externa.
O descarte deve ser feito em lixo apropriado para material infectante e as mãos devem ser lavadas assim que as luvas forem retiradas.
O tipo de luva varia de acordo com o procedimento realizado. As luvas de procedimento são as
indicadas para a rotina diária e as luvas esterilizadas são indicadas para procedimentos invasivos.
As luvas são artigos descartáveis e não devem ser reutilizadas, lavadas (lavagem de mãos enluvadas), desinfetadas ou esterilizadas.
Vestuário
O uso de brincos e anéis não é recomendado durante o atendimento, pois pode haver o acúmulo de microrganismos. Também é importante fazer o
uso de sapatos fechados, evitando assim, o contato da pele com os agentes infecciosos.
O gorro proporciona uma barreira efetiva para o profissional, para a sua equipe e para o
paciente, pois protege contra gotículas de saliva, aerossol, sangue contaminado e também contra piolhos.
Lavagem de mãos
A lavagem das mãos constitui a ação básica mais importante para prevenção e controle de
infecção. A pele é densamente povoada por microrganismos transitórios e/ou residentes, que
podem ser facilmente removidos com a adequada lavagem das mãos e/ou degermação das mesmas com o uso de produtos químicos.
A técnica mais utilizada para a higienização das mãos é a lavagem que consiste na fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente. O tempo recomendado para a lavagem das mãos é de aproximadamente 15 segundos e está indicada após o contato com fluidos e secreções, antes de calçar as luvas e após removê-las, antes e depois de atos fisiológicos, entre contatos com pacientes e antes de procedimentos no paciente.
A lavagem rotineira das mãos deve ser feita como se segue:
1 – Retirada de anéis, relógios e pulseiras;
2 – Ensaboar as mãos e metade do antebraço, no mínimo, 15 segundos. O sabão deve ser idealmente líquido e hipoalergênico;
3 – Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar- se à pia;
4 – Dispersar o sabão (6 a 8 ml) pelas palmas das mãos, com movimentos circulares;
5 – Ensaboar o dorso da mão com movimentos circulares;
6 – Friccionar os espaços interdigitais deslizando uma mão sobre a outra;
7 – Friccionar as articulações de uma mão com o auxilio da outra;
8 – Friccionar o polegar de uma mão com o auxilio da outra;
9 – Friccionar as unhas e extremidades dos dedos de uma mão na palma da outra com movimentos circulares;
10 – Friccionar a metade do antebraço de uma mão com o auxilio da outra;
11 – Enxaguar as mãos
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