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Hemocromatose Hereditária

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Por:   •  17/11/2014  •  596 Palavras (3 Páginas)  •  440 Visualizações

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DEFINIÇÃO DA DOENÇA

No início do século XIX, Trousseau e Troisier descreveram a síndrome clínica caracterizada por cirrose hepática, diabetes melito e hiperpigmentação da pele, constatando que era causada por acúmulo de ferro em diferentes órgãos; no entanto, somente em 1889 foi denominada, por Von Recklinghausen, de "hemocromatose" (do gregohaima = sangue e chromatos = cor)A hemocromatose é uma doença do metabolismo do ferro que tem origem em disfunção genética sendo desencadeada por fatores ambientais.

Na vigência da patologia há um defeito metabólico que prejudica a regulação da absorção do ferro levando ao excesso do mineral no organismo, interferindo no desempenho dos órgãos afetados, onde o metal se acumula. É uma doença que acomete mais homens que mulheres, cujas manifestações aparecem geralmente a partir dos 40 anos de idade. A origem da disfunção é um defeito no braço curto do cromossomo 6, porém fatores ambientais colaboram para que a patologia seja desencadeada.Hemocromatose Genética: O defeito básico da hemocromatose é a mutação do gene do HFE (gene que codifica uma proteína de 343 aminoácidos resultando em inadequada absorção de ferro mediada pelo receptor de transferia no intestino.

Esse defeito pode expressar-se em mais de uma posição na cadeia de aminoácidos. Uma das variantes é a C282Y e a falha ocorre na posição 282 da proteína, onde uma unidade de tirosina substitui uma de cisterna. Essa mutação resulta da forma mais comum de hemocromatose na Europa. Outra forma é a H63D, onde o ácido aspártico substitui a histidina na posição 63 da proteína. Essa é a mutação mais freqüente no Brasil, atingindo heterozigoto), C282Y e H63D (heterozigoto composto), C282Y (homozigoto e heterozigoto) cerca de 80%dos portadores da doença.

O defeito pode aparecer em H63D captação e a absorção do ferro ocorrem na membrana basal dos intersócios, células da mucosa intestinal que também sintetizam a apoferritina. Os íons ferrosos (Fe2+) se ligam 103receptoresdos intersócios, penetram na célula, são oxidados ao estado férrico (Fe3+) e ligam-se à apoferritina.

No fígado é armazenado como eritrina ou hemossiderina, no baço é transformado em bilirrubina e na medula óssea é utilizado para formação de glóbulos vermelhos. A absorção do ferro é regulada pela mucosa intestinal, havendo deficiência de ferro, a acontiassecitossólica (proteína reguladora de ferro) liga-se ao morna da ferritina, inibindo assim a tradução de ferritina na mucosa. Com isso uma maior quantidade de Fe2+passa para a corrente sanguínea e é oxidado a Fe3+pela ceruloplasmina em conjunto com o cobre, ligando-se a apotransferrina e sendo armazenada nos órgãos

Na hemocromatose esse mecanismo torna-se ineficiente, pois não há tradução de ferritina e todo o ferro ingerido passa diretamente ao plasma gerando absorção excessiva do mineral, levando o paciente a desenvolver patologias secundárias, que variam dependendo do órgão afetado e da intensidade do acúmulo. No coração pode haver armazenamento de 5 a 25 vezes os valores normais de ferro e no pâncreas e no fígado, de 50 a 100 vezes.

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