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Heroína

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Por:   •  7/4/2014  •  Seminário  •  953 Palavras (4 Páginas)  •  516 Visualizações

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A heroína é descendente directa da morfina, e ambas são tão relacionadas que a heroína, ao penetrar na corrente sanguínea e ser processada pelo fígado, é transformada em morfina. A droga tem sua origem na papoila, planta da qual é extraído o ópio. Processado, o ópio produz a morfina, que em seguida é transformada em heroína. A papoila empregada na produção da droga é cultivada principalmente no México, Turquia, China, Índia e também nos países do chamado triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia).

A morfina é um alcalóide natural do ópio, que deprime o sistema nervoso central, e foi a primeira droga opiácea a ser produzida em 1803. Como poderoso analgésico, suas propriedades foram amplamente empregadas para tratar de feridos durante a Guerra Civil Americana, em meados do século passado. No final do conflito, 45 mil veteranos encontravam-se viciados em morfina, o que despertou na comunidade médica a certeza de que a droga era perigosa e altamente causadora de dependência. Mesmo assim, nos Estados Unidos, a morfina continuou sendo usada para tratar tosse, diarreia, cólicas menstruais e dores de dente, sendo vendida não só em farmácias, mas também em doceiras e até por reembolso postal. Em consequência, o número de viciados começou a crescer, e os riscos representados pela droga eram cada vez mais evidentes, o que fez com que os cientistas passassem a procurar um substituto seguro para a morfina.

Em 1898, nos laboratórios da Bayer, na Alemanha, surgiu o que se acreditou na época ser o substituto ideal: a diacetilmorfina, uma substância três vezes mais potente que a morfina. Devido a essa potência, considerada "heróica", a Bayer decidiu baptizar oficialmente a nova substância com o nome de heroína.

A heroína foi aplicada em viciados em morfina, e os cientistas comprovaram que a droga aliviava os sintomas de abstinência dos morfinômanos.

Durante doze anos acreditou-se que a heroína poderia substituir, segura e eficazmente, a morfina. Além das doenças anteriormente "tratadas" pela morfina, a heroína também foi usada como remédio para a cura do alcoolismo. Por ironia, ficou provado que a heroína é ainda mais viciante do que a morfina, podendo criar dependência em apenas algumas semanas de uso. Em 1912, os Estados Unidos assinaram um tratado internacional visando acabar com o comércio de ópio no mundo inteiro. Por causa disso, dois anos mais tarde, o Congresso norte-americano aprovou uma lei que restringiu o uso de opiáceos, e, na mesma década, criou mecanismos judiciais que tornavam a heroína ilegal. Isso levou a uma situação peculiar: antes de 1914, muitas pessoas se haviam tornado viciadas em heroína consumindo a droga como remédio; a partir desse ano os dependentes eram transformados em marginais que precisavam recorrer ao mercado negro para obter a droga e evitar os dolorosos sintomas da síndrome de abstinência. Ao ser consumida (geralmente por injecção intravenosa), a heroína pode causar inicialmente náusea e acessos de vomito, mas à medida que o organismo se adapta aos efeitos da droga o usuário passa a sentir-se num estado de excitação e euforia, às vezes semelhante ao prazer sexual. Simultaneamente a droga induz sensações de paz, alívio e satisfação, que se desvanecem algum tempo depois. Como o efeito é relativamente breve (mais ou menos 60 minutos), o usuário é impelido a consumir nova dose de droga. Dentro de algum tempo de uso constante, ele sentirá necessidade de quantidades cada vez maiores de heroína, não para sentir prazer, mas simplesmente para evitar os terríveis

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