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Hipertensão arterial e suas complicações

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Por:   •  3/6/2013  •  Trabalho acadêmico  •  3.159 Palavras (13 Páginas)  •  869 Visualizações

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Hipertensão

A hipertensão é uma doença democrática que acomete crianças, adultos e idosos, homens e mulheres de todas as classes sociais e condições financeiras. Popularmente conhecida como “pressão alta”, está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. O estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Como conseqüência, a hipertensão dilata o coração e danifica as artérias.

A hipertensão é um dos principais fatores de risco de doenças cardíacas e cerebrovasculares da população. Juntas, elas representam a maior causa de óbito em nosso País e também em todo o planeta. Pesquisas apontam que cerca de 40% de toda a população brasileira adulta sejam hipertensas (a maioria na forma leve), e apenas 20% deles estejam com a doença controlada.

A hipertensão e suas complicações são, também, responsáveis por um grande número de hospitalizações, a um custo alto para o sistema de saúde. Além dos custos diretos com o tratamento dos doentes, a perda de produção decorrente da morbidade e da mortalidade por hipertensão gera um custo econômico importante para a sociedade. A hipertensão é uma das principais causas de aposentadoria por invalidez e de incapacidade temporária.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 324.092 das pessoas que morreram em 2010 no Brasil foram em decorrência de doenças do aparelho circulatório. Destas, 79.297 morreram de enfarte e 99.159 morreram de doenças cerebrovasculares, incluindo o AVC.

Tratamentos não medicamentosos e alterações do estilo de vida têm sido recomendados para o controle da pressão arterial e outras doenças crônicas: abandono do tabagismo, controle do peso, redução do consumo de bebidas alcoólicas, exercício físico, redução da ingestão de sal. Alguns especialistas, entretanto, questionam a eficácia das intervenções educativas na mudança dos estilos de vida e, conseqüentemente, na prevalência dos fatores de risco das doenças crônicas. O que se observa é que, muitas vezes, torna-se necessário o tratamento do paciente portador de hipertensão arterial com medicamentos anti-hipertensivos.

Muitos estudos de intervenção têm demonstrado que a terapia anti-hipertensiva reduz a morbidade e a mortalidade por doenças cardiovasculares, inclusive em pacientes idosos com hipertensão sistólica isolada.

Algumas pesquisas analisam os resultados do tratamento da hipertensão com remédios e os comparou com os de placebo ou nenhum tratamento. A constatação foi que não houve nenhum benefício evidente no grupo de pacientes que tomou remédios. Para os revisores, os resultados demonstram que qualquer benefício, se existir, provavelmente será pequeno.

Empresas participantes desse mercado

Empresas como Medley, Neoquimica, Cimed, Euromed entre outas, fabricam esse tipo de medicamento porém a venda desse remédio é feita em diversas redes de farmácias do pais. Além disso, nos dias atuais também é possível apenas com a apresentação da receita médica retirar esse medicamento em farmácias de todo país credenciadas pelo governo federal no Aqui Tem Farmacia Popular, ou no caso do estado de São Paulo pelo programa estadual Dose Certa, sem nenhum custo. Na lista de medicamentos para hipertensão, os mais consumidos pelo população são:

Captopril 25 mg (cerca de 35%)

Atenolol 50 mg (cerca de 17 %)

Propranolol 40 mg (cerca de 15%)

Nifedipina 30 mg (cerca de 8%)

Hidroclorotiazida 25 mg. (cerca de 19%)

Outros medicamentos (cerca de 6%)

Diagnóstico e causas da alta procura

Em todo o país, a hipertensão arterial é diagnosticada em 33 milhões de brasileiros. Desses, cerca de 80% – ou aproximadamente 22,6 milhões de hipertensos – são atendidos na rede pública de saúde (SUS). O aumento da prevalência de hipertensão, diabetes e obesidade – também chamados de “epidemia do século” – é atribuído principalmente a padrões alimentares e de qualidade de vida fortemente associados à má alimentação, falta de atividade física e também ao estresse. O envelhecimento da população também contribui com o aumento da prevalência dessas doenças. Além disso, fatores genéticos também devem ser considerados. Tudo isso, de maneira geral, faz com que a procura e principalmente a necessidade da população por medicamentos para hipertensão tenha aumentado tanto nos últimos anos.

O programa do Governo Federal é desenvolvido em parceria com a rede privada de farmácias e drogarias de todo país, que se credenciam espontaneamente ao firmarem convênio com o Ministério da Saúde.

Custo para pessoas

Os medicamentos ainda são em média, o item de maior peso no bolso das famílias brasileiras mais humildes, onde cerca de 12% de toda a renda é gasta com remédios, contra 1,7% no caso das faixas de maior poder aquisitivo.

Pesquisas demonstram que as famílias estão gastando porcentagens cada vez maiores de seu orçamento com despesas de saúde. Entre as famílias que recebem até dois salários mínimos, houve uma variação positiva de 47% na porcentagem de despesas com saúde entre 1987 e 1996 16. Nesse sentido e, considerando o baixo poder aquisitivo de nossa população, é importante que os médicos do sistema público e privado de saúde estejam atentos para os preços dos medicamentos prescritos, além da eficácia e outras características técnicas das drogas, principalmente em casos de hipertensão arterial, quando a indicação de tratamento pode perdurar por toda a vida do paciente

No caso da hipertensão, podemos reparar que o valor que é gasto no tratamento não tem um valor especifico e às vezes nem chega a ser muito alto, devido à distribuição grátis oferecida pelo governo federal e também o baixo valor que esses medicamentos costumam custar. Em media, os medicamentos para hipertensos são considerados o de valor mais baixo quando comparado aos de outras doenças.

Porém, a falta de acessibilidade, conhecimento de parte da população e também em alguns casos de mobilidade em algumas regiões do país, faz com que grande parte das pessoas ainda optem por comprar seus medicamentos para hipertensão em farmácias particulares – não credenciadas pelo programa do governo- fazendo com que o comercio e também a distribuição do mesmo esteja em crescente nos últimos anos em todo o país.

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