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Hipócrates

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Por:   •  30/5/2014  •  Tese  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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Hipócrates afirmava que as doenças se originam no desequilíbrio dos "humores"

Médico grego c. 460 a.C., Ilha de Cós (antiga Grécia, atual Turquia)

entre 375 e 351 a.C., Larissa, Tessália (Grécia)

Hipócrates

O pouco que sabemos da vida de Hipócrates de Cós encontra-se na biografia escrita por Sorano de Éfeso, o Antigo, cirurgião e ginecologista do século 2 d.C. Até mesmo sua figura física é desconhecida. As cabeças ditas de Hipócrates, presentes em alguns museus, réplicas de um original do século 3 a.C., na verdade retratam o filósofo Crisipo de Soli.

Hipócrates pertencia à família dos Asclepíades, que se acreditava descendente do herói Asclépio (Esculápio). A fim de estudar, o médico teria viajado, residindo nas cidades de Tasos, Abdera, Cizico, Melibeia e Atenas.

Em Atenas, Hipócrates teria não só ensinado e praticado medicina, mas também estudado retórica (com Górgias de Leontino), filosofia (com Demócrito de Abdera) e ginástica (com Heródico de Selimbria). Depois de retornar a Cós, deu novo impulso à medicina e lecionou na escola do templo de Esculápio.

A atuação de Hipócrates marca o fim da medicina místico-teúrgica e o início da observação científica dos fatos clínicos. Seus escritos foram reunidos no que se convencionou chamar Corpus Hippocraticum, vasta e heterogênea compilação que inclui textos de vários autores, incluindo alunos de Hipócrates.

Ao todo, o Corpus Hippocraticum é composto de 53 tratados, expostos em 72 livros. Emile Littré (1801-1881), quem primeiro os traduziu, considera autênticos, isto é, escritos por Hipócrates, apenas 12. Dentre estes, dois são os mais famosos: Aforismas (súmula da doutrina de Hipócrates) eJuramentos (que resume a ética de Hipócrates, até hoje pronunciada, com modificações, nas cerimônias de colação de grau dos médicos ocidentais). Já na opinião de Paul Harvey, em seu Dicionário Oxford de Literatura Clássica, apenas seis tratados foram escritos pelo médico grego.

"A vida é breve, mas a arte é extensa"

Segundo Hipócrates, o conhecimento do corpo é impossível sem o conhecimento do homem como um todo - concepção que ele herdou das medicinas babilônica e egípcia. O corpo não é só um conjunto de órgãos, mas uma unidade viva, que a "natureza" de cada um regula e harmoniza.

Dessas ideias decorre a importância que Hipócrates dava ao ambiente e à hereditariedade, salientando a prioridade do prognóstico sobre o diagnóstico (que, para os hipocráticos, sempre foi fragmentário e dominado pela sintomatologia).

Ainda segundo Hipócrates, as doenças provêm do desequilíbrio dos "humores" (sangue, fleugma, bile e atrabile) que determinam os temperamentos (sanguíneo, fleugmático, bilioso e atrabiliário). Todo corpo tem, em si mesmo, os elementos para recuperar-se. É só a própria natureza que cura, devendo o médico limitar-se a segui-la.

Apesar dos avanços da medicina científica, há correntes médicas que defendem um retorno às concepções hipocráticas fundamentais, como o conceito de força curativa da natureza e a patologia humoral.

Hipócrates foi considerado por seus contemporâneos e pósteros o tipo perfeito do médico: culto, humanitário, calmo, puro de espírito, sério e discreto. É de sua autoria o famoso pensamento: "A vida é breve, mas a arte é extensa, a oportunidade é fugaz, a experiência é perigosa, o julgamento é difícil".

Sócrates foi o pioneiro do que atualmente se define como Filosofia Ocidental. Nascido em Atenas, por volta de 470 ou 469 a.C., seguiu os passos do pai, o escultor Sofrônico, ao estudar seu ofício, mas logo depois se devotou completamente ao caminho filosófico, sem dele esperar nenhum retorno financeiro, apesar da precariedade de sua posição social. Seu trabalho seria marcado profundamente pelos textos de Anaxágoras, outro célebre filósofo grego.

No início, Sócrates caminhou pelas mesmas veredas dos sofistas, mas ao retomar seus princípios ele os universalizou, empreendendo a jornada típica do pensamento grego. Suas pesquisas iniciais giraram em torno do núcleo da alma humana. Até hoje este filósofo é sinônimo de integridade moral esabedoria, pois sempre agiu com ética, responsabilidade, e tornou-se padrão de perfeita cidadania.

Ele desprezava a política e não se adaptava à vida pública, embora tenha exercido algumas funções no quadro político, inclusive como soldado. Seu método filosófico ideal era o diálogo, através do qual ele se comunicava da melhor forma possível com seus contemporâneos, no esforço de transmitir seus conhecimentos para os cidadãos gregos. Além de legar ao mundo sua sabedoria sem par, ele também formou dois discípulos fundamentais para a perpetuação e desenvolvimento de seus ensinamentos –Platão e Xenofontes -, embora não tenha deixado por escrito o fruto de suas pregações.

Casado com Xantipa, nunca priorizou sua família, sempre entregue ao exercício dos dons de que era dotado. Sua essência crítica e justa o levava a crer que tinha uma importante missão, a de multiplicar seres igualmente dotados de sabedoria, probidade, moderação. Este caminho o levaria a se chocar com a cúpula dos governantes, na qual conquistaria inimigos e insatisfação. A contundência de sua fala, o rigor de sua personalidade, seu viés crítico e mordaz, suas idéias muitas vezes opostas à estrutura social vigente e o método educativo de que se valia, geraram-lhe antagonistas no seio da estrutura política que então dominava a Grécia.

O comportamento de Sócrates desencadeou em sua prisão, acusado por Mileto, Anito e Licon, de perverter a juventude e renegar os deuses cultuados pelos gregos, trocando-os por outros. Recebendo a oportunidade de advogar

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