Hip Hop X Funk: Onde Está O Resgate Cultural?
Artigos Científicos: Hip Hop X Funk: Onde Está O Resgate Cultural?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maurolpr • 3/10/2014 • 1.165 Palavras (5 Páginas) • 649 Visualizações
INTRODUÇÃO:
Trata-se de uma dissertação sobre os estilos Funk e Hip Hop, abordando principalmente suas origens, vertentes e história, ressaltando também como estão presentes no nosso cotidiano.
FUNK
A ORIGEM DO FUNK E SUA EVOLUÇÃO
O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte-americana no final da década de 1960. Na verdade, o funk se originou a partir da “soulmusic”, com uma batida mais pronunciada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica. De fato, as características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida) marcante e dançante.
ANOS 60
O funk surgiu como uma “mescla” entre os estilos R&B, jazz e soul. No início, o estilo era considerado indecente, pois a palavra “funk” tinha conotações sexuais na língua inglesa. O funk acabou incorporando a característica, tem uma música com um ritmo mais lento e dançante, sexy, solto, com frases repetidas.
ANOS 80
A partir da década de 1980, os bailes funks do Rio começaram a ser influenciados por um novo ritmo da Flórida, o “Miami Bass”, que trazia músicas mais erotizadas e as batidas eram mais rápidas. As primeiras gravações de funk carioca eram desse gênero musical. Dentre os raps que marcaram o período mais politizado no funk é o que foi mais marcante foi o “Feira de Acari*” que abordava o tema da famosa Robauto, feira de peças de carro roubadas pelas cidade. Com o tempo, os bailes – até então, realizados nos clubes dos bairros do subúrbio da capital – expandiram-se a céu aberto, nas ruas. O funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes, as músicas tratavam o cotidiano dos frequentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas.
ANOS 90
Com o aumento do número de raps gravadas em português, apesar de quase sempre utilizar a batida do “Miami Bass”, o funk carioca começa a década de 1990 formando a sua identidade própria. As letras refletem o dia-a-dia das comunidades, ou fazem exaltação a elas (muitos desses raps surgiram de concursos de rap promovidos dentro das comunidades). Em consequência, o ritmo fica cada vez mais popular e os bailes se multiplicam. Ao mesmo tempo o funk começou a ser alvo de ataques e preconceito, por ser um ritmo popular entre as camadas mais populares da sociedade e também por conter os chamados “bailes de corredor”, onde pessoas de diversas comunidades se dividiam em dois grupos, os lados A e B, e com alguma frequência terminavam em brigas entre si (resultando em alguns casos em vítimas fatais) que, acabavam repercutindo negativamente para o movimento funk.
ANOS 2000
Ao final da década de 90, além de todas as variantes acima, surgiram músicas com conotação erótica. Essa temática, caracterizada por músicas de letras sensuais, por vezes vulgares, que começou no final da década de 90, ganhou força e teria seu principal momento ao longo dos anos 2000. Seu ritmo hipnótico e sua batida repetitiva denominada “pancadão” ou “tamborzão” também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas dessa música, o ritmo bem sonoro, com rimas fáceis e com sua batida contagiante nos convida a dançar esse estilo de musica famoso por sua sensualidade. Nos dias de hoje existem muitas variações nesse ritmo, existem os estilos “melody”, “proibidão”, “erótico”, “ostentação” dentre outros, de qualquer forma, o funk fez e vem fazendo sucesso em todo o país.
FUNK NOS DIAS ATUAIS
O “Funk ostentação”, também conhecido como funk paulista, é um estilo musical brasileiro, criado no ano de 2008, na cidade de São Paulo. Considerado como uma vertente do funk carioca e da baixada santista, o gênero desenvolveu-se primeiramente na Região Metropolitana de São Paulo e na Baixada Santista, antes de alcançar proporções nacionais a partir de 2011. Os temas centrais abordados nas músicas referem-se ao consumo e a propriamente dita ostentação, onde grande parte dos representantes procura cantar sobre carros, motocicletas, bebidas e outros objetos de valor, além de fazerem frequentemente citações a mulheres e ao modo de como alcançaram um maior poder de bens materiais, exaltando a ambição de sair da favela e conquistar os objetivos. O gênero foi criado como uma alternativa à lírica abordada pelo ritmo carioca, que citava essencialmente conteúdos relacionados com a criminalidade e com uma vida de sofrimento. A primeira canção do estilo foi gravada pelos “MCsBackdi” e “Bio G3” em setembro de 2008, intitulada “Bonde da Juju”, fazendo menção clara para a ostentação.
HIP HOP
A
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