Histologia E Seus métodos De Estudo

• INTRODUÇÃO

A histologia é a ciência que estuda os tecidos do corpo, que se organizam a fim de constituir órgãos. Existem quatro tecidos chamados fundamentais, que são: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.

Os tecidos são constituídos basicamente por células e matriz extracelular (MEC), que é composta por diversos tipos de moléculas, sendo algumas organizadas formando fibrilas de colágeno e membranas basais. Recentes avanços biomédicos provam que as células produzem a MEC e são, ao mesmo tempo, influenciadas e comandadas por moléculas presentes na matriz, comprovando, portanto, uma intensa interação entre células e MEC. Pode-se considerar então, que células e matriz extracelular formam uma entidade contínua que funciona conjuntamente e responde de modo coordenado às exigências do organismo.

• ESQUEMA GERAL

• CONCEITOS

• Fixação

Processo de preparação de células, órgãos ou tecidos recém removidos que visa evitar a digestão dos tecidos por enzimas presentes nas próprias células (autólise) ou em bactérias; endurecer os fragmentos; preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos. Esse procedimento pode ser realizado por processos químicos ou, menos frequentemente, por métodos físicos.

• Inclusão

Após a fixação, os tecidos passam por um processo chamado inclusão (ou embebição em parafina) que possui duas etapas: desidratação e clareamento. Nesse processo a agua é retirada através de banhos em soluções de concentrações crescentes de etanol, logo depois o etanol é substituído por uma substancia intermediária (normalmente solvente orgânico). Após a substituição do etanol por solvente orgânico é acrescentado parafina derretida, onde o calor evapora o solvente e a parafina preenche o espaço que ele ocupava, solidifica e torna rígido o tecido sendo levado para micrótomo que seccionará o tecido através de uma lâmina de aço ou de vidro, que irá se aderir sobre a lâmina com a utilização de água aquecida e depois será corado.

• Fixação física por congelação

Ocorre após submeter os tecidos a um rápido congelamento. Assim, os tecidos são fixados por congelação (um método físico da fixação), ficando rígidos, e prontos para serem seccionados.

• Coloração

Processo preparatório que tem como objetivo dar cor aos tecidos, que são, com poucas exceções, incolores. Existem métodos de coloração que tornam evidentes vários componentes dos tecidos, células e MEC. Muitos corantes se comportam como substancias de caráter básico e ácido. Os componentes presentes nos tecidos que se coram bem com corantes básicos recebem o nome de basófilos, e os que se coram bem com corantes básicos recebem o nome de acidófilos. Em vários procedimentos, as estruturas são evidenciadas por um precipitado ou por um corante fluorescente, mas as células e seus limites não são visíveis. Em casos assim, são utilizados contracorantes.

• Microscopia de Luz

O microscópio de luz é o mais utilizado nas técnicas rotineiras de laboratório. Grande parte dos microscópios ópticos fornece um aumento de 1.000 vezes e através dele é possível observar estruturas de até 100 nm. É relevante lembrar que para que haja uma boa imagem, além do aumento, também é necessária a nitidez da imagem, isto é, a capacidade de observar estruturas individualizadas. No microscópio de luz, existem três sistemas de lentes: condensadora, objetivas e oculares. O condensador concentra a luz de uma lâmpada e projeta um feixe luminoso sobre o espécime. A objetiva recebe a luz que atravessou o espécime e projeta uma imagem aumentada do objeto em direção à ocular, que novamente amplia a imagem e a projeta.

• Microscopia de contraste de fase e de contraste diferencial de transferência

A microscopia faz uso de um sistema de lentes que produz imagens visíveis de objetos quase transparentes. Ela é baseada no fato de que a luz varia sua velocidade ao atravessar estruturas celulares e extracelulares que possuam índices de refração diferentes. A microscopia de contraste diferencial, também chamada de microscopia de Nomarski, produz uma imagem aparentemente tridimensional.

• Microscopia de polarização

A microscopia de polarização é formada por dois filtros polarizadores, o feixe de luz passa pelo primeiro filtro, o segundo filtro, colocado perpendicularmente ao primeiro, tem a função de bloquear a passagem de luz. Ao colocar uma estrutura (molecular, atômica, ou com alto grau de orientação) entre os filtros, irá modificar