História Da Coluna Vertebral
Pesquisas Acadêmicas: História Da Coluna Vertebral. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elora1969 • 10/11/2013 • 5.296 Palavras (22 Páginas) • 1.018 Visualizações
COLUNA CERVICAL
HISTÓRIA
Key, em 1838, provavelmente deu a primeira descrição de uma espondilose como possível causa de compressão medular cervical.
Taylor, 1892 e Collier, 1901, informaram que Hoeseley praticou uma descompressão na medula, em um jovem que desenvolveu fraqueza progressiva em ambas as extremidades, vários meses após acidente traumático. Gowers, 1892, chamou a atenção para o quadro radicular e medular compressivo pelas “Exostoses Vertebrais”. No entanto, a terapêutica cirúrgica para os processos de discopatias degenerativas cervicais com mielopatias compressivas, só teve clínica no início do século XX.
As várias síndromes relacionadas à degeneração discal crônica, às artroses, às protusões, às hérnias, e a presença de síndromes, tem sido usado para caracterizar a “doença degenerativa crônica do disco cervical”. Sua frequência é grande na população geral.
As doenças degenerativas da coluna cervical representadas pelas uncodiscopatias (espondilose), hérnias discais e as alterações estruturais deste processo se definem na clínica por síndromes álgicas, cervicaigias e / ou cervicobraquialgias radiculares.
Na realidade, o binômio artrósico, disco e articulação uncovertebral, representa os fatores etiopatogênicos responsáveis por esta síndrome dolorosa.
As discopatias predominam nos discos C5-C6 (raiz C6) e C6-C7 (raiz C7); as uncartroses nas articulações C4-C5; C5-C6 e C6-C7.
Consequentes as discartrose, há redução da interlinha articular, osteofitose marginal, deformidade em “carretel dos corpos vertebrais” e marca da angústia dos forames intervertebrais. Organiza-se assim, pela fisiopatologia degenerativa estática-postural-micro-traumática, um verdadeiro conflito discorradicular ao nível destes forames, expressão clínica das cervicobraquialgias.
As artroses das articulações interapofisárias posteriores pouco justificam o “complexo sintomático cervical”. Estas artroses, mais comuns em C3-C4 e C4-C5, comparecem associadas a uncodiscartrose, o que denominamos “espondilartrose cervical”.
Vale acentuar, no entanto, que ela padece de crítica, porque como as diferenças anatômicas entre as articulações da raque são bem fundamentadas, é incorreto considerar que elas têm o seu processo degenerativo, sua deterioração em um padrão rigirosamente idêntico. Assim, as articulações sinovias, cartilaginosas, as artródiais, as sínfises, as sindermoses, as fibrosas, todas elas sofrem processo degenerativo nas discartroses, uncartroses, osteocondroses, artroses das interapofisárias, neoartrose interespinhasa (doença de Baastrup Cervical) tem, cada uma, um específico modelo anatômico, associado a manifestações clínicas e imagenológica características, mas, exibindo um processo degenerativo comum.
A síndrome cervical não é tão somente uma intidade ligada as vértebras, aos discos, ao segmento motor, as estruturas vizinhas, neurovasculares. Ela deve ser enfocada em sentido amplo, abrangente, como um “aparelho cervical”, com vários “órgaos” em seu conteúdo, pertencente ao “Sistema de Coluna Cervical”.
A coluna cervical é a região vertebral mais nervosa, sensível e receptiva as solicitações múltiplas, aos fatores agressivos, microtraumáticos, estático-mecânico-funcional, ambientais e psicossomáticos. Ela deve ser o receptor e um meio de expressão de nossas atividades psíquicas, de nossos conflitos, tensões e emoções, respondendo aos diferentes estímulos com a síndrome própria das “doenças cervicais degenerativas”,dor, contratura muscular e impotência funcional.
Tal como um aparelho, a coluna cervical é estruturada por vértebras, discos, articulações, facetas, forames, ligamentos, vasos, nervos, raízes e medula espinhal, que se comportam como órgãos, capazes de exercitar uma mecânica anatomofuncional compressiva, “uncodiscorradiculomedular” e neurovegetativa.
BREVE ESTUDO ANTÔMICO E CINESIOLÓGICO DA COLUNA CERVICAL
Vértebras em número de sete, os cinco corpos vertebrais estão separados por discos intervertebrais, exceto a primeira e a segunda. Na região cervical, o disco representa 22% do comprimento da coluna. Os cinco discos cervicais, de morfologia cuneiforme, são responsáveis pela lordose. São mais espessos por diante (5 a 6 mm) que por trás (2 a 3 mm), projetando-se para frente, sobre passando os corpos vertebrais adjacentes. Não se adaptam inteiramente à superfície dos corpos vertebrais, apresentando largura discretamente menor que estes. O núcleo pulposo está localizado mais anteriormente que nos outros segmentos da raque, ocupa aproximedamente 40% da área do disco. O anel fibroso é formado de lâminas concêntricas de fibras conjuntivas e cartilaginosas, dispostas em espiral, que se estendem de um a outro rebordo vertebral.
Segmento Motor – é de maior mobilidade dos segmentos raquianos. Tem como funcionalidade estática manter a postura da cabeça e como cinemática, executar seus movimentos. Esta mobilidade é realizada por músculos fortes, que desde a coluna e crânio se estendem à cintura escapular, costelas e tronco. As cervicalgias e cervicibraquialgias se originam nas estruturas do pescoço e do seu conteúdo, com a participação harmônica e solidária da cintura escapular, do que se deduz que a região cervicobraquial deva ser considerada como uma unidade funcional.
A coluna cervical é formada por sete vértebras que aumenta de massa gradualmente no sentido cefalocaudal. O empilhamento das sete vértebras cervicais vai formar canais verticais e horizontais: o canal raquidiano (abriga a medula e meninges raquianas), canal ou buraco transverso ( por onde passa verticalmente a artéria vertebral, rodeada por um plexo neurovegetativo e veias vertebais) e cinco canais horizontais, os foramens de conjugação, que dão saída às raízes raquianas. Estas estruturas têm a maior importância anatomofuncional nas síndromes dolorosas cervicais, foraminais, raquidianas ou canaliculares, pelas relações espaciais, quando conflitadas pelas doenças degenerativas do segmento motor cervical. Qualquer patologia morfológica ou funcional do disco repercute intensamente sobre as outras estruturas, articulações, foramens, ligamentos, que formam uma verdadeira unidade, chamada “segmento motor”. Este segmento, ou unidade funcional motora da coluna cervical, é constituída por duas vértebras, unidas uma à outra pelo disco intervertebral, pela articulação uncovertebral e pela articulação interapofisária posterios.
LIGAMENTOS DA
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