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História Da Pirâmide Alimentar

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Por:   •  19/9/2014  •  8.243 Palavras (33 Páginas)  •  423 Visualizações

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História da Pirâmide Alimentar

As pirâmides alimentares são esquemas gráficos que distribuem os vários tipos de alimento e as quantidades em que cada um deve ser ingerido nas refeições diárias, para ser usado como um roteiro para uma alimentação saudável. Os primeiros guias alimentares surgiram na década de 70. Desde então, periodicamente surgem novos esquemas, adaptados aos hábitos e às necessidades de cada sociedade e aos avanços das pesquisas científicas. Em 1992, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (o UEDA), montou o primeiro esquema em forma de pirâmide. Nele, incentivava-se a ingestão de carboidratos - como massas, pães e cereais - em vez de gorduras.

Para facilitar divulgação e a compreensão por parte da população dos conceitos básicos de alimentação adequada e equilibrada, os nutricionistas desenvolveram uma forma gráfica de distribuição dos alimentos na dieta que pudesse servir como um Guia Alimentar na hora da escolha dos alimentos que vamos consumir.

Existem vários modelos de Guias Alimentares, alguns em forma de gráficos arredondados, como a Roda de Alimentos de Portugal ou o Guia Alimentar Canadense, mas a grande maioria é mesmo em forma de pirâmide, sendo os mais famosos a Pirâmide Norte-Americana, Mayo Clinic, Pirâmide Funcional, Dieta Mediterrânea, Pirâmide Vegetariana, Pirâmide Odontológica, e, mais recentemente, a Pirâmide de Harvard. Todos esses modelos são baseados nas Leis da Alimentação de Pedro Escudeiro e têm como objetivo reduzir o risco de doenças crônicas e da obesidade, demonstrando que a escolha dos alimentos deve obedecer a regras de VARIEDADE, MODERAÇÃO e PROPORCIONALIDADE.

-Pirâmide brasileira

Aqui no Brasil, num primeiro momento, foi utilizada a Pirâmide Alimentar proposta nos Estados Unidos. No entanto, havia muitas diferenças entre os dois países nos tipos de alimentos consumidos e também no modo preparação dos alimentos. Então, em 1999, a pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi e sua equipe publicaram na Revista de Nutrição o artigo "Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos"(*), propondo um instrumento de orientação nutricional muito mais adequado aos hábitos alimentares do grupo populacional brasileiro do que a pirâmide norte-americana. Esta nova pirâmide foi dividida em 8 grupos alimentares apresentados em forma de quantidades mínimas e máximas de porções diárias a serem consumidas.

Observando o desenho da Pirâmide Alimentar Adaptada, podemos perceber que ela foi concebida com 4 níveis:

- Na base da pirâmide está o grupo dos Cereais (pães, arroz, batata, mandioca, milho, etc.), alimentos fonte de energia e que devem ser consumidos em maior quantidade - 5 a 9 porções por dia.

- No 2º nível, estão os grupos das Hortaliças (4 a 5 porções por dia) e das Frutas (3 a 5 porções por dia), alimentos que existem em abundância no nosso país, ricos em vitaminas e minerais e que, junto com os cereais, devem compor cerca de 55% do valor calórico total da dieta.

- No 3º nível temos 3 grupos alimentares: grupo do Leite e Produtos Lácteos (3 porções por dia), grupo das Carnes e Ovos (1 a 2 porções por dia), e o grupo das Leguminosas, onde enquadra-se o feijão (1 porção por dia). Os alimentos de origem animal como os derivados do leite e as carnes são ricos em proteínas, mas também contêm grande quantidade de gordura e devem ser consumidos com mais moderação, cobrindo de 10 a 15% do valor calórico total da dieta. O grupo das leguminosas foi criado especialmente para a Pirâmide Alimentar Adaptada, já que faz parte do hábito alimentar do povo brasileiro a ingestão diária de feijão acompanhado de arroz, uma mistura nutricionalmente positiva e que contribui com uma parte importante para o consumo de proteínas.

- No topo da pirâmide estão os grupos dos Óleos e Gorduras e Açúcares e Doces. Por serem considerados alimentos de alta densidade energética, ou simplesmente muito calóricos, o consumo destes dois grupos alimentares deve ser evitado; ainda lembramos que durante a preparação dos alimentos, produtos como o óleo de soja e o açúcar são acrescentados, fazendo que a ingestão de 1 a 2 porções por dia (recomendado para cada um dos grupos) ocorra sem que percebamos.

Agora que você já conhece a Pirâmide Alimentar Adaptada ficará ainda mais fácil escolher o que você vai comer, não é mesmo? Os cereais, as frutas e hortaliças devem compor mais da metade do total da dieta; carnes, ovos e derivados do leite devem ser consumidos com moderação; óleos, gorduras, açúcares e doces devem ser evitados.

A NOVA PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA OS BRASILEIROS

O avanço na ciência da alimentação e nutrição tem se tornado constante nos últimos anos. As novas descobertas sobre a relação entre a composição dos alimentos, consumo e saúde dos indivíduos contribuem para a elaboração de guias alimentares, com mensagens chaves relevantes sobre alimentação e promoção da saúde. Nota-se que a orientação sobre como deve ser uma alimentação saudável e equilibrada, que envolve quantidade e tipos de alimentos, muitas vezes se torna difícil e impraticável para a maioria das pessoas. Neste sentido, formas gráficas de distribuição dos alimentos mostram-se mais eficazes para uma melhor compreensão por parte da população sobre a distribuição mais adequada dos alimentos no contexto de alimentação saudável. Nos Estados Unidos foram testadas diversas fotos para demonstrar os alimentos, até que em 1992 foi adotada pelo United States Department of Agriculture (USDA), o formato de pirâmide. A Pirâmide Alimentar é um instrumento de orientação nutricional utilizado por profissionais para a promoção de saúde e de hábitos alimentares saudáveis entre a população.

No Brasil, Nutricionista e pesquisadora Dra. Sonia Tucunduva Philippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, propôs em 1999 a adaptação dessa pirâmide para a população brasileira, com alimentos típicos e do nosso hábito alimentar. Além disso, contém a quantidade de porções de cada grupo de alimentos que deve ser ingerida durante o dia e um valor energético médio de 2.500 kcal. Dados da última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do período de 2008 a 2009, indicaram que o excesso de peso em homens adultos aumentou consideravelmente nos últimos anos, passando de 18,5% em 2006 para 50,1% em 2010. Entre as mulheres, passou de 28,7% para 48% no mesmo

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