Hormonios
Ensaios: Hormonios. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kdrigo • 22/10/2013 • 3.214 Palavras (13 Páginas) • 880 Visualizações
1.3 Hormônios Gastrintestinais
Diversos critérios devem ser atendidos para que uma substância se qualifique como hormônio gastrintestinal: a substância deve ser secretada em resposta a estímulo fisiológico e deve ser transportada, pela corrente sanguínea, até o local distante, onde vai produzir ação fisiológica; sua função deve ser independente de qualquer atividade neural; e deve ter sido isolada, purificada, quimicamente identificada e sintetizada. após a aplicação desses critérios estritos, só as quatro substância seguintes estão qualificadas como hormônio gastrintestinais: gastrina , CCK , secretina e GIP . Além delas, diversos candidatos a hormônios preenchem alguns, mas não todos os critérios: motilina, polipeptídio pancreático (PP) e entreroglucagon. (Leonard Johnson, 2000)
Os quatro hormônios gastrintestinais oficiais no que se diz a respeito à família hormonal, local de secreção, estímulos produtores da secreção e ações fisiológicas. (Leonard Johnson, 2000)
1.4 Gastrina
A gastrina é um peptídeo de cadeia linear, com 17 aminoácidos. A maioria dos hormônios peptídicos é heterogênea, ocorrendo sob duas ou mais formas moleculares. A gastrina foi originalmente isolada a partir da mucosa do antro pilórico de porcos, como um heptadecapeptídeo chamado G-17 ou pequena gastrina. A G-17 humana, que difere das gastrinas de outras espécies por somente uma ou duas substituições de aminoácidos no meio da molécula. A pequena gastrina corresponde a cerca de 90% da gastrina encontrada na mucosa do antro pilórico. Entretanto, o componente principal da gastrina do soro de animais em jejum é uma molécula maior chamada de “grande” gastrina. Após seu isolamento, achou-se que a “grande” gastrina continha 34 aminoácidos e por isso foi chamada de G-34. A tripsina cliva G-34, gerando G-17 mais um heptadecapeptídeo inativo. Assim, a G-34 não é um dímero de G-17. Uma molécula menor de gastrina, G-14, (ou “mini gastrina”), também foi isolada do tecido do antro. Evidências recentes indicam que G-17 não é produzida a partir de G-34 e vice – versa, porque ambas, a pró – G-17 e a pró – G-34 são produzidas. No período entre as refeições, denominado de estado interdigestivo, a maior parte da gastrina do soro é G-34. A mucosa do duodeno humano também contém quantidades significativas de gastrina, que é predominantemente G-34 em resposta a uma refeição, grandes quantidades de G-17 são liberadas pelo antro juntamente com quantidades menores de G-34 da mucosa do antro. G-34 pode ser liberada pela mucosa duodenal sob condições especiais. G-17 e G-34 são equipotentes, embora a meia – vida de G-34 seja de 38 minutos e a meia – vida de G-17 seja de aproximadamente 7 minutos. Radioimunoensaio do plasma de humanos normais em jejum produz valores entre 50 e 100 pq/ml (pg ou picograma = 10 – 12g). Durante uma refeição, esses valores, geralmente, aumentam de 50% a 100. (Margarida de Melo, 1999).
A característica estrutural mais interessante da gastrina é de toda sua atividade biológica esta contida nos quatro aminoácidos C – terminais. .Este tetrapeptídeo é o fragmento mínimo de gastrina necessário, contendo forte atividade, e tem cerca de um sexto da potência hormônio inteiro. (Margarida de Melo, 1999).
As ações fisiologicamente significativas da gastrina são a estimulação da secreção gástrica ácida e sua atividade trófica. A gastrina estimula a secreção ácida atuando diretamente nas células parietais secretoras de ácido e liberando histaminas das células enterocromafinóides (célula ECL). A gastrina também estimula a síntese de histamina nas células ECL, assim como seu crescimento. Em base molar, a gastrina é 1.500 vezes mais potente do que a histamina no estimulo da secreção ácida. A gastrina estimula o crescimento da mucosa com glândulas oxínticas (porção secretora de ácido) do estomago e também da mucosa colônia e duodenal. Se a maior parte da gastrina endógena for removida cirurgicamente através de ressecção do antro gástrico, esses tecidos se atrofiam. Pacientes que possuem altos níveis séricos de gastrina, devido à liberação continua do hormônio por um tumor, tem hiperplasia e hipertrofia da porção ácido-secretora do estômago. As ações tróficas da gastrina e de outros hormônios gastrintestinais. (Margarida de Melo, 1999).
Além dos efeitos fisiológicos da gastrina, muitos outros efeitos podem ser produzidos administrando – se altas doses farmacológicas. Existem vários critérios para determinar se um efeito de um hormônio gastrintestinal é fisiológico. A ação deve ocorrer em resposta ao hormônio endógeno liberado por um estímulo normal. O hormônio exógeno deve, então, produzir resposta, sem elevar os níveis séricos do hormônio acima dos níveis observados durante uma refeição. .(Margarida de Melo, 1999).
Em resposta a uma refeição, a gastrina é liberada, fisiologicamente das células G da mucosa do antro e em grau menor da mucosa duodenal. Os liberadores mais importantes são produtos da digestão de proteínas, pequeno peptídeo e aminoácidos. A fenilalanina e o triptofano são os aminoácidos com maior atividade de liberar gastrina. A liberação de gastrina requer contato luminal com a mucosa do antro, já que aminoácido intravenoso é ineficaz. A ativação do vago e reflexos colinérgicos locais também libera a gastrina. O mediador vagal de liberação de gastrina e a bombesina (também chamada peptídeo liberador da gastrina, GRP). A gastrina também é liberada pela distinção física da parede do estômago. Inflar um balão no antro, por exemplo, inicia a liberação reflexa da gastrina. Essa resposta é disparada durante uma refeição pela pressão do alimento ingerido. .(Margarida de Melo, 1999).
A liberação de gastrina é inibida pela acidificação, abaixo de pH3, do conteúdo gástrico luminal. Essa é uma inibição por feedback da liberação de gastrina e garante que gastrina adicional não seja liberada, quando o estômago já estiver acidificado. É importante perceber que, por si só, aumentar o ph, neutralizando o conteúdo ácido, não estimula a liberação de gastrina. Isso permite que os outros estímulos sejam eficazes. .(Margarida de Melo, 1999).
Além dos estímulos já discutidos, a gastrina pode ser liberada por cálcio, café sem cafeína e vinho. Álcool puro na mesma concentração da do vinho, estimula a secreção ácida sem elevar os níveis de gastrina. (Margarida de Melo, 1999).
1.5 Colecistocinina (CCK)
A colecistocinina (CCK) está relacionada, estruturalmente, à gastrina, os 5 aminoácidos C-terminais da CCK, são idênticos aqueles da gastrina.
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