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Humanização em auxílio

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Por:   •  6/9/2014  •  Tese  •  2.217 Palavras (9 Páginas)  •  487 Visualizações

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Aula 1

Humanização na Assistência

Prof. Luciana

Objetivo geral

 Desenvolver no educando as habilidades e competência necessárias para uma prática reflexiva, tendo como balizador as dimensões que particularizam e singularizam as diversas relações de cuidar/cuidado nos variados contextos de assistência à saúde.

Objetivos específicos

 Entender o Homem como ser humano e centro das relações humanas, valorizando suas dimensões biológica, ética, sociocultural e biojurídica;

 Compreender o fenômeno do cuidado como essencialmente humano e complexo, reconhecendo as variadas formas de interpretação e suas implicações na prática da Enfermagem;

Objetivos específicos

 Explicar as relações existentes entre a Enfermagem e o cuidado;

 Descrever as dimensões ética e estética do cuidado na Enfermagem;

 Refletir sobre a arte e o conhecimento da Enfermagem e suas implicações no processo de cuidar;

 Distinguir os significados dos termos cuidar e cuidado de acordo com diferentes referenciais teóricos;

 Analisar criticamente o processo de humanização das relações de cuidado prestadas pelos profissionais de saúde no contexto do SUS;

 Identificar os impactos do movimento pela humanização da saúde na qualidade da assistência prestada aos indivíduos;

 Desenvolver a competência de ser elemento pró-ativo na busca pela qualidade da assistência.

Conteúdo Programático

O Homem: compreendendo-o como ser humano e centro das relações humanas. Fundamentos teóricos acerca do cuidado.

Enfermagem e o cuidado: uma relação. A dimensão ética e estética do cuidado. A questão da arte na Enfermagem. A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Formação profissional e a humanização da saúde. A humanização das relações no contexto das organizações de saúde. Práticas Integrativas e Complementares no SUS.

Contribuições das Artes na humanização do cuidado em saúde

Aula 2

HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA

Prof. Luciana

O HOMEM: COMPREENDENDO-O COMO SER HUMANO E CENTRO DAS RELAÇÕES HUMANAS

O que é o homem?

O problema mais importante da Antropologia filosófica surge ao perguntarmos: o que é o homem? O que constitui sua essência? O que o diferencia dos outros seres?

Esta problemática surge basicamente a partir de três fatores: o homem é capaz de observar os fenômenos que o envolvem; sente-se ameaçado de extinção por alguns destes fenômenos; questiona-se sobre o aparente absurdo da própria existência.

O homem pergunta pelo seu próprio ser. Quer compreender e ter consciência de si. Mas identifica também sua incapacidade de se compreender de modo total. Seu conhecimento sobre si é limitado e parcial. No entanto está inquieto, deve expor para si mesmo as razões de seu existir.

O que é o homem?

É uma interrogação que não cessa enquanto existe a capacidade de pensar. Na história identificamos inúmeras respostas dadas a ela, com variados enfoques e métodos. Destas investigações acerca do ser do homem surgiu a Antropologia Filosófica.

A Antropologia filosófica de certo modo engloba as demais ciências na compreensão do ser humano. Isto no sentido de que se serve dos conteúdos por elas oferecidos, relacionando-os com seus próprios dados. Identifica alguns problemas já de saída: como afirmar a essência do homem? Os dados científicos (empírico-objetivos) são capazes de dar conta da essência do homem?

Segundo Coreth uma antropologia científica não é capaz de colher a totalidade do homem.

As diversas ciências (medicina, psicologia, biologia, sociologia etc.) são capazes de fornecer dados, mas nunca de esgotar os interrogativos apresentados pela Antropologia Filosófica.

Isto se dá também com a própria história da evolução “suas investigações podem ser sumamente ilustrativas, porém, filosoficamente seria ingênuo tomá-las como base de uma antropologia” (CORETH, 1985, p. 35).

Ainda que compartilhe geneticamente com o homem sua composição biológica, um símio, por mais que seja evoluído, não é ser humano.

A Antropologia se pergunta pelo que é o homem com um objetivo: para que o mesmo possa chegar a desenvolver-se plenamente na concepção e na construção de sua existência.

Do contrário, fica-se sujeito a situações que menosprezam sua dignidade. É o que acontece, por exemplo, na tendência de algumas pessoas de se pautar pela conduta animal para tentar se explicar.

Ou ainda de compreender o que são os outros animais a partir de características humanas (inteligência, conhecimento, vontade). Ou seja, tanto é problema entender-se somente a partir da animalidade, quanto o é projetar-se nos animais as características que lhe são próprias.

A pergunta sobre a essência e existência do homem tem algo próprio: conhecer sua origem. Ele se percebe como uma unidade individual em relação com uma totalidade. Então, como demonstrar a totalidade do ser humano a partir desta relação?

Este é um dos interrogativos que orientam o percurso da Antropologia Filosófica.

O homem identifica em si uma pluralidade de dimensões que se harmonizam em uma unidade.

É um ser constituído das dimensões física, psíquica e transcendente (espiritual). Esta última constitui-se no suporte para as outras. Tal compreensão do ser humano foi construída ao longo da história do pensamento ocidental.

Através da dimensão transcendental o homem reflete sobre seu ser ontológico. Experimenta-se como um ser no mundo (fenomênico), mas que está voltado para algo que o transcende.

Não pode se compreender unicamente a partir do mundo experimentado por ele.

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