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INSEMINAÇÃO ARTICIAL EM CAPRINOS

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Por:   •  3/10/2013  •  2.772 Palavras (12 Páginas)  •  607 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Inseminação Artificial é um ato realizado pelo homem, que tem por finalidade a formação do zigoto. Faz –se pela introdução do sêmen nas vias genitais da fêmea caprina, in natura, diluído, resfriado ou congelado-descongelado por meio de instrumentos.

GONÇALVES et al (2001) afirmam que a I.A. é a técnica mais importante para o melhoramento genético de animais, se tornando possível porque poucos reprodutores altamente selecionados produzem espermatozóides suficientes para inseminar milhares de fêmeas por ano. Além disso, ela perpetua genes desejáveis, acelerando assim o melhoramento genético. Nessa espécie, faz-se necessário o uso de programas de sincronização do ciclo estral, já que os caprinos são animais estacionais.

1. VANTAGENS E LIMITAÇÕES

 1.1 Principais vantagens:

 Sêmen pode ser adquirido em centrais com melhoramento genético garantindo boa procedência.

 Diminui, ou até elimina, machos no rebanho, diminuindo gastos.

 Previne transmissão de doenças venéreas.

 Mesmo fora da época da estação de monta natural pode ser utilizado com a mesma eficácia desde que se usem manejos adequados.

 Permite o uso de reprodutores de elite e grande valor, para os pequenos criadores que não poderiam manter mais de um bode no rebanho.

 1.2 Limitações:

 Necessita de conhecimento e infra-estrutura para bons resultados.

 o inseminador deve conhecer perfeitamente as técnicas de inseminação que serão utilizadas, a fim de se obter sucesso; além do conhecimento do aparelho genital da cabra e do momento correto de se efetuar a I.A;

 custo

2. FISIOLOGIA E CICLO ESTRAL DA CABRA

A cabra é um animal poliestrico estacional caracterizado por apresentar estros nos períodos em que os dias vão ficando mais curtos, ou seja, nos meses de Janeiro à Julho; isso se deve provavelmente a uma relação entre a duração do dia e a função da glândula pineal que diminui a secreção de melatonina com o aumento da luminosidade. O controle fotoperiódico da reprodução atua via secreção de melatonina pela glândula pineal que culmina estimulando o eixo hipotálamo–hipofisário, desencadeando o ciclo estral; nas condições de luminosidade da região sul do Brasil, o efeito inibitório do fotoperíodo resulta em um anestro fisiológico nos meses de Julho à Dezembro.

A duração média do ciclo estral em caprinos é de 21 dias, onde o estro é o período em que a fêmea aceita o macho e está apta a ser fecundada; em média o estro tem duração de 36 a 42h, onde as fêmeas em cio apresentam características como: inquietas; montam nas companheiras ou aceitam ser montadas pelo macho ou por outras fêmeas; cauda com movimentos rápidos e laterais; berram freqüentemente; apresentam vulva inchada, avermelhada e vagina úmida.

No início do cio, apresentam secreções mucocristalinas, creme-claro durante o cio e no final, secreção viscosa com aspecto de pús. Já os machos caprinos são relativamente precoces, podendo atingir a puberdade em torno dos 4 a 5 meses de idade e serem colocados para reprodução entre 6 e 8 meses de vida e, para isso, serão submetidos a um rigoroso exame clínico-andrológico levando em conta vários fatores, entre eles: não ser portador de doenças específicas da reprodução; ter boa libido, bem como, ausência de defeitos hereditários. Um reprodutor pode atuar ativamente no rebanho até os 8 anos de idade.

3. SINCRONIZAÇÃO E INDUÇÃO DO CIO

 3.1 Efeito macho:

Consiste na introdução de machos rufiões em um lote de fêmeas, as quais estejam totalmente isoladas de reprodutores por mínimo 4 semanas. As fêmeas apresentarão sintomas de estro (em muitos casos anovulatórios) em cadeia no período de 5 a 10 dias, após a sua exposição aos rufiões.

Por ter uma baixa taxa ovulatória em geral esse método é utilizado como auxiliar.

 3.2 Flushing alimentar:

Consiste no aumento do plano nutricional pelo menos 30 dias antes do início da estação sexual. Pode ser pelo fornecimento de ração concentrada balanceada, na quantidade de 500 a 800g/cabeça/dia. Este método não sincroniza os estros mas proporciona um aumento de 20 a 30% na taxa de ovulação portanto pode ser utilizado como método auxiliar aos demais.

 3.3 Luz artificial:

No outono / inverno durante 60 dias: 16 horas de luz e 8 horas de escuro. Depois conclui-se com o efeito macho. Resultados: 70 a 80% de fêmeas com cios férteis na primavera, assim, parindo no outono subsequente.

 3.4 Métodos hormonais:

Os Progestágenos, aqueles que permitem controlar o momento de aparecimento do estro e da ovulação através de um mecanismo de “bloqueio” (retroalimentação negativa sobre as gonadotrofinas) seguido por um “desbloqueio” (resposta hipofisária algum tempo após o final do tratamento). Os utilizados em cabras são a progesterona, o acetato de fluorogesterona (FGA), o acetato de medroxiprogesterona (MAP) e o norgestomed. Estes são encontrados sob a forma de esponjas vaginais, CIDR ou implantes subcutâneos. Os progestágenos sintéticos têm uma atividade de inibição gonadotrófica muito mais elevada que a da progesterona. A administração de um progestágeno exógeno durante o ciclo estral, bloqueia a secreção hipofisária de gonadotrofinas sendo assim bloqueiam o estro e a ovulação. Desde que o tratamento o tratamento progestágeno é utilizado com o objetivo de obter simultaneidade das ovulações, em fêmeas tratadas em diferentes fases do ciclo estral, a duração mínima do tratamento deve ser igual à duração da fase luteal. Um dos métodos é usar esponjas vaginais

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