INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL: ORIGENS, DEFINIÇÕES E CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL E O PROCESSO DE SOLUÇÃO
Tese: INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL: ORIGENS, DEFINIÇÕES E CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL E O PROCESSO DE SOLUÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Amandagluz • 20/11/2014 • Tese • 1.649 Palavras (7 Páginas) • 477 Visualizações
Pesquisa Operacional (PO) é uma área da Engenharia de Produção que proporciona aos profissionais, que têm acesso ao seu escopo, um procedimento organizado e consistente que o auxiliará na difícil tarefa de gestão de recursos humanos, materiais e financeiros de uma organização. De fato, a Pesquisa Operacional oferece um elenco interessante de áreas, modelos e algoritmos que permitem ao gestor tomar decisão em problemas complexos, onde deve ser aplicada a ótica científica.
PESQUISA OPERACIONAL: ORIGENS, DEFINIÇÕES E ÁREAS A PESQUISA OPERACIONAL E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Um profissional que assume uma função em uma empresa logo se depara com situações onde deverá tomar algum tipo de decisão. À medida que este profissional vai ascendendo na carreira, os problemas e as decisões vão se tornando mais complexas e de maior responsabilidade. De fato, tomar decisões é uma tarefa básica da gestão, nos seus vários níveis, estratégico, gerencial (tático) ou operacional, devendo ser entendido que o ato de decidir significa fazer uma opção entre alternativas de solução que sejam viáveis de serem aplicadas à situação.
Apesar de cada gestor ter o seu próprio procedimento de análise e solução de problemas, pode-se, em geral, estabelecer algumas etapas que, necessariamente, devem ser observadas, configurando o que se denomina de papel do decisor: a) Identificar o problema – talvez seja a etapa mais difícil, pois, diferentemente dos livros, os problemas na prática não estão, inicialmente, claros, definidos e delimitados. Aqui é importante perceber quais são os demais sistemas que interagem com o sistema onde se insere o problema a ser tratado. É fundamental se ter uma equipe de analistas multidisciplinar para o problema seja visto de prismas diferentes e isso seja incorporado na sua solução; b) Formular objetivo (s) – nesta etapa devem ser identificados e formulados (muitas vezes matematicamente) quais são os objetivos que deverão ser atingidos quando da solução do problema. Em alguns casos, podem-se ter vários objetivos que podem ser qualitativos (por exemplo, satisfação do cliente), quantitativos (custo ou lucros) ou ainda conflitantes; c) Analisar limitações – na seqüência deve-se levantar quais são as restrições que limitarão as soluções a serem propostas. Comumente, essas limitações dizem respeito ao atendimento de tempo/prazo, orçamento, demandas, capacidades (transporte, produção e armazenamento), tecnologia (equipamentos e processos), inventários (matéria-prima, subconjuntos, work in process e produtos acabados), entre outros; d) Avaliar alternativas – aqui, o decisor, após identificar quais são suas alternativas de ação, deverá, utilizando algum procedimento, escolher a “melhor solução” que poderá ser aplicada. Destaque-se que, muitas vezes a solução ótima pode não ter uma relação custo-benefício que permita sua adoção pela empresa, e uma outra solução que atende esse s requisitos pode vir a ser a escolhida. Nesse processo de avaliação de alternativas, o decisor poderá utilizar uma abordagem qualitativa ou quantitativa: – A abordagem qualitativa se aplica em problemas simples, corriqueiros, repetitivos, com pouco impacto financeiro ou social, onde é fundamental a experiência do decisor (ou de sua equipe de analistas) em situações anteriores semelhantes. Nestes casos, adota-se uma solução similar àquela já utilizada com sucesso num problema semelhante; – Já a abordagem quantitativa é a recomendada quando os problemas são complexos, novos, envolvem grande volume de recursos humanos, materiais e financeiros, têm alto impacto no ambiente onde se insere (empresa ou sociedade). Aqui, recomenda-se o uso dos preceitos da ótica científica e os métodos quantitativos (algoritmos) disponíveis a obtenção de uma solução. Neste contexto é que a Pesquisa Operacional se insere, colaborando na formação de um profissional que deverá desenvolver um procedimento coerente e consistente de auxílio à tomada de decisão a ser adotado no decorrer da sua carreira.
O QUE É A PESQUISA OPERACIONAL?
Pode-se considerar que o nome Pesquisa Operacional (PO) é de origem militar, tendo sido usado pela primeira vez na Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial. Em termos científicos, a PO é caracterizada por um campo de aplicações bastante amplo o que justifica a existência de várias definições, algumas tão gerais que podem se aplicar a qualquer ciência, e outras tão particulares que só são válidas em determinadas áreas de aplicação: “É o uso do método científico com o objetivo de prover departamentos executivos de elementos quantitativos para a tomada de decisões com relação a operações sob seu controle”; “Propõe uma abordagem científica na solução de problemas: observação, formulação do problema, e construção de modelo científico (matemático ou de simulação)”; “É a modelagem e tomada de decisão em sistemas reais, determinísticos ou probabilísticos, relativos à necessidade de alocação de recursos escassos”. A PO é uma ciência aplicada que utiliza técnicas científicas conhecidas (ou as desenvolve quando necessário), tendo como ponto de referência a aplicação do método científico. A PO tem a ver, portanto, com a pesquisa científica criativa em aspectos fundamentais das operações de uma organização. Pelo que foi dito antes, podem-se resumir os principais aspectos da PO como se segue: – Possui um amplo espectro de utilização, no governo e suas agências, indústrias e empresas comerciais e de serviço; – É aplicada a problemas associados à condução e a coordenação de operações ou atividades numa organização; – Adota um enfoque sistêmico para os problemas; – Busca a solução “ótima” para o problema; – Usa uma metodologia de trabalho em equipe (engenharia, computação, economia, estatística, administração, matemática, ciências comportamentais).
ORIGENS DA PESQUISA OPERACIONAL
Como descrito por Lóss (1981), desde o século III a.C.
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