Introduçao DHEG

1 INTRODUÇÃO

É sabido que os níveis pressóricos limítrofes da pressão arterial sistêmica são 139x89 mmHg, se esses níveis forem ultrapassados caracteriza-se uma hipertensão arterial sistêmica e quando o mesmo acontece em uma gestante previamente normotensa acompanhada de proteinúria e edema é detectada a doença hipertensiva específica da gravidez.

A doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) é a principal causa de morte materna no nosso país. É uma doença incurável, exceto pela interrupção da gravidez. Caracterizada por uma desordem multissistêmica que surge a partir da vigésima semana de gestação tendo fim até a décima segunda semana pós-parto. Atinge com mais frequência gestantes nos extremos da vida reprodutiva, nulíparas e negras.

Classifica-se a DHEG em duas formas básicas: préeclampsia (forma convulsiva marcada pelo aparecimento da hipertensão arterial aguda a partir da vigésima semana de gestação) e eclampsia (forma convulsiva que incide entre a vigésima semana de gestação e a primeira semana pós-parto).

Embora os métodos de prevenção ainda não sejam conhecidos amplamente, sabe-se que o diagnóstico precoce e o suporte de saúde qualificado são determinantes para um melhor prognóstico. O acompanhamento pré-natal e puerperal desempenha importante papel no controle de intercorrências e nos cuidados efetivos da DHEG.

Devido a alta taxa de mortalidade e complicações materno-fetal a DHEG deve ser vista como um problema a ser solucionado.

O objetivo desse trabalho é acompanhar uma puérpera portadora de DHEG, visando entender a melhor forma de tratamento e suas possíveis complicações.