Jayernilson Silva Paim
Tese: Jayernilson Silva Paim. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: adilson.magella • 7/6/2014 • Tese • 1.029 Palavras (5 Páginas) • 338 Visualizações
Jairnilson Silva Paim: Graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1972) e mestrado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1975). Doutorado em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (2007). Atualmente é professor titular da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: Política de Saúde, Planejamento em Saúde, Reforma Sanitária Brasileira, Sistema Único de Saúde, Recursos Humanos em Saúde, Modelos Assistenciais, Vigilância da Saúde, Analise da Situação de Saúde, Mortalidade Infantil, Violência e Saúde.
Naomar de Almeida Filho: Professor Titular de Epidemiologia no Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Médico, Mestre em Saúde Comunitária, Ph.D. em Epidemiologia. Doctor of Science Honoris Causa McGill University, Canadá. Professor Visitante nas seguintes universidades: Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, Universidade da Califórnia em Berkeley, Universidade de Montreal e Universidade Harvard. Atividade científica: epidemiologia de transtornos mentais, particularmente o efeito de raça, racismo, gênero e classe social sobre a saúde mental. Foi Reitor da Universidade Federal da Bahia de 2002 a 2010. Desde então, tem focalizado sua produção acadêmica nos estudos sobre a universidade e sua relação com a sociedade.
O desenvolvimento socioeconômico que marcou a segunda metade do século XX, realizou transformações que marcaram a humanidade. Surgiu o conceito da responsabilidade em garantir a “Saúde para Todos no ano 2000”. A partir da década de 80 com o corte nos gastos públicos, constata-se uma crise da saúde pública. Fez-se necessário discutir a questão da saúde no âmbito público-coletivo-social. Especificamente na América Latina, surge um campo designado como Saúde Coletiva que permite a identificação de encontros com os movimentos de renovação da saúde pública institucionalizada. Encontra-se a necessidade de construção de um marco teórico-conceitual capaz de reconfigurar o campo social da saúde.
O autor cita textos de outros autores que situam os movimentos no campo social da saúde. Terris prescreve quatro tarefas de uma “Nova Saúde Pública”: prevenção das doenças não infecciosas,prevenção das doenças infecciosas, promoção da saúde, melhoria da atenção médica e da reabilitação(p.301). Frenk considera como campo de aplicação da “Nova Saúde Pública” as condições e as repostas assentadas nas bases científicas das ciências biológicas, sociais e comportamentais, tendo como áreas de aplicação populações, problemas e programas (p.302). Testa denomina “atenção primitiva à saúde” aquela adotada nos países que dispõem de serviços diferenciados para distintos grupos sociais e que estão preocupados, em reduzir os gastos em saúde organizando serviços de segunda categoria para uma população considerada inferior (p. 302).
No contexto histórico, a área da saúde tem passado por movimentos de recomposição das praticas sanitárias decorrentes das articulações entre sociedade e o Estado, respondendo as necessidades e os problemas de saúde. As bases doutrinárias sobre os discursos sociais sobre a saúde surgem na segunda metade do século XVIII, na Europa Ocidental. No século seguinte, os países europeus avançam na Revolução Industrial, que produz um impacto sobre as condições de vida e de saúde das populações. Entre 1830 e 1880, surgem, nesses países, propostas de compreensão da crise sanitária que recebem a denominação de Medicina Social. O movimento da medicina social gera importante produção doutrinaria e conceitual que fornece as bases para os esforços de pensar a questão da saúde na sociedade.
Na Inglaterra e nos Estados Unidos, em resposta a esta problemática, constitui-se o movimento conhecido como Sanitarismo. Os sanitaristas produzem um discurso e uma prática baseados em aplicação tecnológica e em princípios de organização para a expansão de atividades profiláticas destinadas principalmente aos pobres e setores excluídos da sociedade.
O Relatório Flexner, desencadeia nos Estados Unidos uma reavaliação das bases cientificas da medicina, o modelo flexneriano reforça a separação entre individual e o coletivo, o privado e o público, o biológico e o social, o curativo
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