LEIOMIOMA UTERINO
Exames: LEIOMIOMA UTERINO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dayrana • 25/10/2014 • 849 Palavras (4 Páginas) • 344 Visualizações
DAYRANA ALVES LUCENA
LEIOMIOMA UTERINO: UMA REVISÃO DE LITERATURA
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2012
INTRODUÇÃO
Os leiomiomas uterinos, também conhecidos como fibromas, são os tumores pélvicos sólidos mais frequentes do trato genital feminino. Apesar de várias sinonímias, são popularmente chamados de miomas uterinos. (BOZZINI, 2004)
Os miomas uterinos, na maioria dos casos assintomáticos, estão presentes entre 20 a 30% das mulheres em idade fértil, como também em mais de 40% das mulheres acima dos 40 anos. Estima-se que 50% das mulheres serão acometidas em alguma fase da vida. São também dependentes de hormônios para o seu crescimento e, portanto, podem ocorrer após a puberdade, atingindo o seu pico de incidência na quarta década de vida, regredindo na menopausa. (PARKER, 2007)
Esses tumores benignos que se desenvolvem a partir das células musculares lisas do miométrio, podem ser classificados como intramurais, submucosos ou pedinculados. (SILVA, SEIBEL, et al., 2005) e, quando presentes, os principais sinais e sintomas encontrados são menorragia e/ou metrorragia, massa pélvica, efeitos compressivos (sintomas urinários e intestinais), dor e infertilidade. (SILVA, SEIBEL, et al., 2005)
Entre os fatores de risco, se destacam raça negra; menarca; história familiar (antecedentes de leiomioma em parentes de primeiro grau aumenta o risco da doença em 4 a 5 vezes) e índice de massa corpórea – IMC (mulheres obesas com IMC > 30kg/m²).
Dentre os fatores considerados protetores, citam-se o uso habitual de anticoncepcionais orais; paridade (multíparas apresentam risco menor em relação as nuligestas); idade de primeira gestação (entre 25 e 29 anos de idade provê proteção, quando comparada a gestação abaixo dos 25 anos e acima dos 30 anos) e tabagismo acima dos 19 anos. (PARKER, 2007)
O diagnóstico geralmente é feito pela anamnese, exame ginecológico e complementado por exames de imagem que podem nortear a conduta terapêutica. O diagnóstico definitivo é feito pelo estudo anatomopatológico, tendo como principal diferencial o leiomiossarcoma uterino (0,2 a 0,7% dos casos). (BOZZINI, 2004)
O tratamento de miomas depende dos sintomas provocados e dos objetivos terapêuticos. É consenso que a conduta expectante tende a ser a melhor abordagem para mulheres com miomas assintomáticos. Várias técnicas vêm sendo desenvolvidas e testadas para o tratamento de miomas uterinos. (CORLETA, CHAVES, et al., 2007). Agentes antifibrinolíticos, pílulas anticoncepcionais, progesteronas e antiinflamatórios não hormonais são a primeira linha no tratamento dos leiomiomas. Entre as novas medicações conhecidas e em desenvolvimento, os análogos do GnRH, até o momento, constituem a opção de eleição no preparo do paciente para o tratamento cirúrgico minimamente invasivo, conservador ou radical do leiomioma uterino. (BOZZINI, 2004)
O tratamento cirúrgico definitivo na abordagem de miomas é a histerectomia. Para pacientes inférteis ou sintomáticas que desejam engravidar ou conservar o útero, uma boa opção é a miomectomia. Após esse procedimento, observa-se resolução da menorragia e da anemia em cerca de 80% dos casos. (SILVA, SEIBEL, et al., 2005)
A embolização de vasos uterinos tem sido utilizada desde o início dos anos 90. Ela é baseada no fato de que os miomas são particularmente suscetíveis à degeneração, pois seu rápido crescimento exige um aumento proporcional de seu suprimento sanguíneo, o qual nem sempre é suficiente. As taxas de sucesso terapêutico relatadas variam de 87% a 90%, com redução do volume do mioma dominante em 40% a 65%. (SILVA, SEIBEL, et al., 2005)
Ainda como uma futura opção de tratamento, pode-se citar a terapia gênica. Essa técnica baseia-se na
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