Hpv Correlação com Câncer de Colo Uterino e Vacinação
Por: Joao Neto Ferraz • 6/11/2016 • Trabalho acadêmico • 2.834 Palavras (12 Páginas) • 497 Visualizações
FAHESA – Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína
ITPAC – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos
Curso de Medicina
HPV: Relação Com o Câncer de Colo de Útero e a Prevenção Vacinal
Semakley F. Gonçalves
Araguaína/TO
Novembro
Lukas A. Benevides e Semakley F. Gonçalves
HPV: Relação Com o Câncer de Colo de Útero e a Prevenção Vacinal
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Medicina da FAHESA/ITPAC.
Professor(a) Orientador (a): --------------
Araguaína/TO
Novembro
Sumário
Pág.
- Tema.......................................................................................................3
- Objetivos
2.1 Objetivo geral....................................................................................5
2.2 Objetivos específicos........................................................................5
3. Justificativa...............................................................................................5
4. Breve fundamentação teórica..................................................................6
5. Metodologia..............................................................................................7
6. Cronograma.............................................................................................8
Referências
1) Tema:
O papilomavírus humano (HPV) é uma doença sexualmente transmissível (DST), que atualmente tem tomado um grande papel na saúde pública no Brasil, pois sua infecção tem atingido mulheres sexualmente ativas de todas as idades, possuindo um alto potencial de indução tumoral.
“Lesões verrucosas e papilomatosas que comprometem a pele, são descritas desde a Grécia antiga. No começo do século XX, iniciaram-se as pesquisas sobre o papilomavírus(PV). No início dos anos 1980, houve um rápido crescimento das pesquisas, os HPV’s 16 e 18 foram identificados e sua relação com o câncer cervical foi estabelecida. Em 1987, o primeiro estudo epidemiológico sobre o Papilomavírus Humano (HPV) e câncer cervical foi publicado (Leto et al. 2011).
“O HPV é um vírus com ácido desoxirribonucleico (DNA) de dupla fita, com aproximadamente 8000 pares de base que codificam todas as funções virais. Não possui envelope lipídico e mede aproximadamente 55 nanômetros de diâmetro. São conhecidos mais de100 tipos de HPV e cerca de 30 tipos podem causar infecções anogenitais, dos quais aproximadamente quinze são oncogênicos. A maioria das doenças associadas ao HPV se deve aos isótopos 6, 11, 16 e18. Os isótopos 6 e 11, classificados como de baixo risco oncogênico, são responsáveis por cerca de 90% dos casos de verrugas genitais e parte dos casos de neoplasia intra-epitelial de baixo grau em colo uterino e vulva. As lesões que evolui para carcinoma são aquelas associadas aos vírus de alto risco oncogênico (Feitosa, Guimaraes. 2012)
A infecção por HPV pode se apresentar nas formas clínica, subclínica ou latente. A forma clínica tem como principal característica a presença de verrugas genitais.
Na forma subclínica, não existe lesão visível podendo somente ser identificada por métodos diagnósticos complementares, como a colposcopia, análise citológica e biópsia.
Na forma latente, é a mais frequente das três e caracteriza-se pela presença de DNA viral em áreas sem qualquer evidência clínica ou subclínica da infecção. Esta forma só é detectada quando se lança mão de tecnologias modernas de biologia molecular que permitem a detecção da sequência genética do DNA dos diferentes tipos de vírus.
Atualmente a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o HPV como o principal fator de risco para o câncer cérvico-uterino. Estima-se que 6,2 milhões de pacientes contraem esse tipo de infecção nos EUA a cada ano.
Alguns estudos comprovam que mais de 75% da população adolescentes e adultos com a idade entre 15 e 49 anos sexualmente ativos, durante sua vida podem adquirir ao menos um tipo de infecção pelo HPV. O genótipo do HPV e o que determina se a lesão é maligna.
Mulheres infectadas com os subtipos 18,31 ou 33 possuem o risco 50 vezes maior de desenvolver lesões malignas, enquanto os casos de infecção do subtipo 16 o risco é de 100 vezes mais de desenvolver lesões malignas.
O câncer cérvico uterino inicia-se a partir de uma lesão intra-epitelial que é formado em um epitélio metaplásico atípico, igual ao epitélio metaplásico fisiológico, exceto pelas alterações nucleares e morfológicas. Tais lesões podem evoluir para um câncer invasivo em 10 até 20 anos caso não seja iniciado o tratamento precoce.
A prevenção das doenças sexualmente transmissíveis como o HPV é o meio mais acessível para se evitar tais consequências como o câncer cervical. No caso do HPV deve se ressaltar que não existe de fato um tratamento que o cure. Os meios de prevenção mais acessíveis são: uso de preservativos que diminui o risco de contaminação pelo HPV, lembrando que não impede por completo, deixando claro que a abstinência sexual é o meio mais eficaz de se evitar a contaminação deste vírus. Exames como o citopatológico (papanicolaou) devem ser realizados anualmente sendo a forma de prevenção do câncer, ajudando na detecção precoce do câncer cervical já instalado. Diante dos fatores é necessário destacar a grande necessidade de maiores intervenções e esclarecimentos sobre o HPV e suas complicações principalmente em populações de baixo nível sócio econômico. Ficou claro que através da contaminação e exposição ao HPV pode-se acarretar em infertilidade em mulheres jovens. As orientações dos profissionais da saúde devem ressaltar o risco aumentado quando uso contínuo de anticoncepcionais orais como fatores hormonais, além do tabagismo acarretando em baixa imunidade, múltiplos parceiros, vida sexual precoce e exposições a radiações.
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