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METODOLOGIA O fenômeno do sangue em um assunto judicial

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Por:   •  23/1/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.409 Palavras (6 Páginas)  •  401 Visualizações

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Em quase todo local de crime contra a pessoa como homicídio, infanticídio, aborto, lesão corporal, maus-tratos e acidentes de um modo geral podemos encontrar manchas de sangue. Que podem ser usadas para investigação policial, através dessas analises podemos estimar o tamanho do fe¬rimento em relação ao volume de sangue encontrado no local do crime, a dinâmica do fato, a dosagem de algumas drogas, a identificação da vítima e/ou suspeito.

Mas nem toda mancha vermelha encontrada no local do crime é sangue, para saber se é sangue ou não, bastaria coletar um pouco do material e observar ao microscópio, se fossem visualizadas células típicas e facilmente reconhecí¬veis (como hemácias) tratar-se-ia de sangue, no entanto, um perito criminal necessita de uma forma mais rápida, simples e instantânea para determi¬nar se aquela mancha vermelha é sangue.

Para tanto, são realizados, testes de orientação como o teste de Kastle-Meyer e o teste com o reativo de benzidina, isso porque, o sangue se compõe basicamente de células vermelhas (hemácias), células brancas (leucócitos) e do plasma. As hemácias têm função vital nas trocas gasosas e no transporte de gases por todo o organismo e desempenham essa função por meio de uma mo¬lécula protéica que dá origem a sua cor: a hemoglobina. Essa molécula é composta por quatro subunidades polipeptídicas, cada uma das quais contendo um grupo heme que apre¬senta um átomo de ferro. E o sangue no seu estado férrico, possui atividades catalíticas e capacidade de participar em reações redox como um grupo de enzimas chamadas peroxidases. Essa atividade é empregada como base dos testes presuntivos para identificação de sangue

Para fazer a reação Kastle-Meyer é necessário pingar uma gota do reagente de Kastle-Meyer na amostra, seguido de uma gota de água oxigenada, e instantaneamente será possível visualizar a mudança de cor na amostra, pois ao se adicionar água oxigenada, a atividade catalítica das moléculas de hemoglobina entra em ação e decompõe o peróxido em água e oxigênio, esse último reage com a fenolftaleína, transformando-a em sua forma oxida¬da (vermelha). No entanto, alguns compostos como suco gás¬trico, sais de ferro, oxidantes em geral e qualquer substância capaz de de¬compor a molécula de H2O2 podendo dar um resultado falso positivo.

A reação com benzidina possui maior sensibilidade e também pode ser utilizada onde o princípio da técnica baseia-se na decomposição da água oxigenada (peróxido de hidrogênio) pela atividade da peroxidase do sangue. O oxigênio liberado oxida a benzidina, formando um composto de cor azul ou verde. Resultados falso-negativos para o teste da benzidina foram observados quando suco de limão foi adicionado a amostras de sangue. Isso pode ter ocorrido devido à presença de ácido ascórbico presente no limão, o qual é um forte agente redutor.

Na prática, a benzidina apresenta efeito deletério sobre os testes subsequentes, degradando o DNA das manchas de sangue e inibindo os testes imunológicos. Mas devido sua maior especificidade que os testes quimioluminescentes e ótima sensibilidade, seu uso não deve ser ignorado.

Apesar dos resultados positivos para os testes colori¬métricos, ainda que seja sangue, não necessariamente se trata de sangue humano. Todos os vertebrados e al¬guns poucos invertebrados possuem hemoglobina como metaloproteína responsável pelo transporte dos gases respiratórios e, portanto, o sangue de qualquer desses organis¬mos resultaria em cor avermelhada no teste. Daí a presunção do teste: o resultado positivo não descarta a possibilidade de ser sangue (humano ou não). Existem outros testes que são específicos para a constatação de sangue humano, como o teste imunocromatográfico, que utilizam anticorpos anti-hemoglobina humana, que se aplicados em amostra de material biológicos obtidas em investigação criminal podem indicar a presença de sangue humano, estes testes são feitos em uma tira ou dispositivo, onde a interpretação dos resultados é rápida, por meio da presença de cor em regiões especificas da tira.

METODOLOGIA

I EXTRAÇÃO DE SANGUE EM MATERIAIS FORENSES

Foram analisadas duas amostras de tecidos brancos com amostras de sangue suficiente, uma contendo manchas vermelhas (amostra A) e castanho avermelhado (amostra B), para tanto, as partes do tecido contendo manchas de sangue foram cortadas com o auxilio de uma tesoura e colocadas em tubos de ensaio, onde foi adicionado 1ml a 2ml de solução salina a 0,9%, para solubilizar o sangue contido no tecido. A partir dai outros testes foram realizados.

II. TESTE DE ORIENTAÇÃO COM FENOLFTALEÍNA

Para este teste foi foram utilizados algumas gotas do extrato concentrado da amostra obtido no item “I. Extração de Sangue em Materiais Forenses” a um tubo de ensaio, devidamente identificado, em sequência adicionamos 500µL do reativo de Meyer e posteriormente adicionamos 2 gotas de peróxido de hidrogênio 10 volumes.

Se positivo, é observado na amostra o desenvolvimento de coloração vermelha de imediato, caso o resultado der negativo não há alteração de cor.

III. TESTE DE ORIENTAÇÃO COM BENZIDINA

Para este procedimento usamos a fita reativa utilizada para analisar se existe ou não sangue na urina, no entanto, usamos para saber se a nossa amostra é definitivamente sangue, para tanto Encostamos a região da tira que contém o reativo de benzidina no extrato concentrado da amostra obtido no item “Extração de Sangue em Materiais Forenses”. E após 60 segundos observamos o desenvolvimento da cor.

IV TESTE DE CERTEZA COM IMUNOCROMATÓGRAFO

Foi utilizado a placa-teste que tem a fase sólida combinada com anticorpo monoclonal marcado e anticorpo policlonal anti-hemoglobina humana. A amostra de sangue foi colocada no coletor com liquido diluente e foi homogeneizado. Foi pingado 2 gotas da amostra na cavidade na placa-teste. E esperado alguns minutos para fazer a leitura.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao realizar vários testes de orientação podemos ver que as amostras testadas se tratavam

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