Malária
Exames: Malária. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sheilamiguez • 4/10/2013 • 9.562 Palavras (39 Páginas) • 1.554 Visualizações
Introdução:
Provavelmente, a malária surgiu no continente africano. De lá se espalhou por vários países da Europa e da Ásia e, talvez, tenha chegado às Américas nos navios dos descobridores. Embora pareça ser uma doença tão antiga quanto a humanidade, foi só no século V a.C. que Hipócrates descreveu-a pormenorizadamente. Antes dele, a moléstia era atribuída ao castigo dos deuses ou aos maus espíritos.
O nome malária deriva de “mal aire” (“mau ar”, em italiano) e surgiu no século XVIII, porque se acreditava que a causa da enfermidade estivesse no ar insalubre de certas regiões pantanosas. Foi só no final do século XIX, começo do século XX, que se descobriu o papel dos insetos na transmissão do parasita que causa a doença e as alterações mórbidas que provoca no organismo infectado.
A malária é uma enfermidade prevalente em todos os países de clima tropical e subtropical.
Já desapareceu da Europa e da América do Norte, onde vicejou até a metade do século XX. Na última década, apenas cerca de 400 casos anuais de malária foram registrados no Canadá, e 900 nos Estados Unidos. Porém, a grande maioria destes casos eram importados; apenas uma dezena se originando no próprio país, a maioria resultante de transfusões de sangue.
A África é o continente com maior número de casos, muitos deles fatais, quase 3 mil crianças morrem por dia de malária na África. Os custos diretos e indiretos da malária para a África são da ordem de US$2 bilhões por ano. A doença mata, anualmente, duas vezes mais que a AIDS e muito mais que qualquer outra doença infecciosa.
Atualmente, pelo menos 300 milhões de pessoas contraem malária por ano em todo o mundo. Destas, cerca de 1,5 a 2 milhões morrem. A malária está presente, também, em mais de 90 países, embora com prevalência diferente. Os mais comprometidos são Índia, Brasil (cerca de 300 mil casos/ano, , a Amazônia é a área mais sujeita à transmissão da doença, especialmente depois que o homem invadiu o habitat do mosquito), Afeganistão e países asiáticos, incluindo a China.
Todo esse sofrimento a humanidade deve a dois inimigos que se aliaram há milênios para seviciar a espécie humana: um protozoário e um mosquito.
Descrição da Doença:
É uma doença infecciosa causada por um protozoário unicelular do gênero Plasmodium, que aniquila os glóbulos vermelhos do sangue, tornando as pessoas anêmicas.
A doença é conhecida como: impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, febre quartã, febre palúdica, maleita, sezão, tremedeira, batedeira, mãe das febres ou, simplesmente, febre.
Apesar de todas essas designações, o nome mais difundido, inclusive no meio médico, é malária. As demais expressões se relacionam com os sinais e sintomas da doença, condições climáticas e áreas mais acometidas pela doença.
Origem da Doença:
Certamente o Plasmodium, parasita que produz a malária, é tão antigo ou mais antigo do que o homem na Terra, e a doença já faz parte da história da humanidade. Acredita-se que ela tenha sido responsável pelas febres que acometiam os trabalhadores das plantações de arroz no rio Nilo e a causa da morte de vários faraós do Egito. Segundo consta, Cleópatra teve malária e Alexandre Magno morreu por causa dessa doença. E mais: a malária exerceu papel decisivo em vários conflitos bélicos. Só para ter uma noção do que significou, na Guerra de Secessão dos Estados Unidos, apesar da carnificina que marcou a luta entre os ianques e a população do sul, dois terços das mortes foram causados pela malária e, no Vietnã, o número de americanos que tiveram a doença foi tão grande que os Estados Unidos foram obrigados a construir Pattaya, uma cidade balneária na Tailândia, para enviar os doentes no período de recuperação da doença.
Existe muita especulação sobre o lugar em que surgiu a malária, mas sinais obtidos em fósseis antigos indicam que a malária originou-se na África, especificamente na África Sub-Saariana.
Tipos do parasita causador da malária:
Existem mais de cem Plasmodium, mas boa parte é causa da doença em macacos, aves e roedores, animais que acabam servindo para experimentação, para testar medicamentos.
No homem, só quatro espécies produzem a moléstia:
1) Plasmodium vivax (Grassi & Feletti; 1890)
2) Plasmodium falciparum (Welch; 1897)
3) Plasmodium malariae (Laveran; 1181)
4) Plasmodium ovale (Stephens; 1922)
A forma de malária provocada pelo vivax é a mais frequente e ocorre na maior parte do mundo; pelo falciparum predomina na África onde é responsável por grande número de casos fatais. Já a malária provocada pelo Plasmodium malariae é menos grave e, pelo ovale, só ocorre na África. No Brasil não existe Nenhum caso de malária ovale. Parece que os mosquitos vetores brasileiros são incompetentes para transmitir essa forma da doença. Na época da guerra de Angola, o Brasil recebeu alguns refugiados com malária ovale. Colocaram esses pacientes perto dos insetários e os anofelinos não se infectaram com esse tipo de plasmódio.
Morfologia do parasita:
Seu estudo deve ser feito no inseto vetor e no invertebrado, realizado separadamente em cada espécie de Plasmodium. A morfologia é muito variável, depende da fase do ciclo biológico que o parasita atinge, também existem diferenças morfológicas entre as espécies de Plasmodium. As formas desde farasita são:
*Esporozoíto: é a forma infectante em humanos, presente nas glândulas salivares do mosquito que as inocula no homem. Possui núcleo central e extremidades afiliadas apresentando na extremidade anterior o complexo apical ou aparelho de penetração.
*Esquizonte pré-eritrocítico: é a forma presente no hepatócito após a ocorrência da reprodução assexuada tissulas (esquizogonia tissular).
*Trofozoíto jovem: é uma forma encontrada dentro de hemácias, com aspecto de anel, sendo o aro formado pelo citoplasma e a pedra representada pelo núcleo do parasito (cromatina).
*Trofozoíto maduro ou amebóide: é uma forma presente dentro de hemácias, na qual o citoplasma se apresenta irregular e vacuolizado e o núcleo ainda está indiviso.
*Esquizonte: também dentro de hemácias, na qual o citoplasma é irregular e vacuolizado,
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