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Malária

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Por:   •  10/11/2013  •  Tese  •  1.386 Palavras (6 Páginas)  •  909 Visualizações

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RESUMO

A malária é uma das principais doenças parasitárias do mundo, acometendo importante contingente de pessoas. Por seu alcance epidemiológico e pela possibilidade de desenvolvimento de quadros graves – quase sempre devidos ao Plasmodium fqalciparum –, se faz necessário o conhecimento adequado de suas manifestações clínicas e da terapêutica, para otimização da conduta. Na malária grave a internação em unidade de terapia intensiva é mandatória para redução das complicações decorrentes da infecção. O início do tratamento deve ser o mais precoce possível, o qual tem impacto na sobrevida do paciente, e é baseado na combinação de drogas antimaláricas e medidas de suporte. Neste âmbito, o presente artigo destina-se à discussão da forma grave da malária por P. falciparum, com ênfase no quadro clínico e no tratamento.

Descritores: Malária/terapia; Malária/diagnóstico; Malária/patologia; Plasmodium falciparum

INTRODUÇÃO

A malária, doença causada por protozoários do gênero Plasmodium, é a protozoose de maior impacto no mundo, colocando sob risco aproximadamente 40% da população mundial (cerca de 2,4 bilhões de pessoas), em mais de 100 países.(1) Distribui-se por extensas regiões tropicais e subtropicais, flagelando expressivo contingente da população, sobretudo nas nações em desenvolvimento e subdesenvolvidas. O Brasil é o país que concentra o maior número de casos no continente americano, estimando-se a ocorrência de mais de 300.000 casos anuais.(2) É uma doença de notificação obrigatória, sendo também conhecida como paludismo, febre terçã (benigna ou maligna) febre quartã, tremedeira, batedeira ou, simplesmente, febre.

Ocorre, sobretudo, na África, na Região Amazônica da América do Sul e no Sudeste Asiático, sendo que sua maior incidência é no continente africano, mais precisamente ao sul do deserto do Saara.(3) No Brasil, incide predominantemente na Amazônia Legal, que engloba os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.(4)

Os turistas provenientes de regiões livres de malária, ao visitarem áreas onde existe transmissão da infecção, são altamente vulneráveis por ter pouca ou nenhuma imunidade. Quando expostos ao Plasmodium spp, podem desenvolver a doença e, se não adequadamente atendidos, haverá retardo ou não estabelecimento do diagnóstico no regresso ao país de origem, destacando-se, neste contexto, que a malária é a causa mais comum de morte prevenível entre as doenças infecciosas em viajantes, assim como a causa mais frequente de febre pós viagem.(5)

O agente etiológico da malária grave é o protozoário da classe Sporozoa, família

Andréia Patrícia Gomes1, Rodrigo Roger Vitorino2, Anielle de Pina Costa2, Eduardo Gomes de Mendonça3, Maria Goreti de Almeida Oliveira3, Rodrigo Siqueira-Batista1

1. Departamento de Medicina e Enfermagem, Universidade Federal de Viçosa (UFV) – Viçosa (MG), Brasil.

2. Curso de Graduação em Medicina, Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

3. Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa (UFV) – Viçosa (MG), Brasil.

RESUMO

A malária é uma das principais doenças parasitárias do mundo, acometendo importante contingente de pessoas. Por seu alcance epidemiológico e pela possibilidade de desenvolvimento de quadros graves – quase sempre devidos ao Plasmodium fqalciparum –, se faz necessário o conhecimento adequado de suas manifestações clínicas e da terapêutica, para otimização da conduta. Na malária grave a internação em unidade de terapia intensiva é mandatória para redução das complicações decorrentes da infecção. O início do tratamento deve ser o mais precoce possível, o qual tem impacto na sobrevida do paciente, e é baseado na combinação de drogas antimaláricas e medidas de suporte. Neste âmbito, o presente artigo destina-se à discussão da forma grave da malária por P. falciparum, com ênfase no quadro clínico e no tratamento.

Descritores: Malária/terapia; Malária/diagnóstico; Malária/patologia; Plasmodium falciparum

Conflitos de interesse: Nenhum.

Submetido em 11 de Fevereiro de 2011

Aceito em 11 de Agosto de 2011

Autor correspondente:

Andréia Patrícia Gomes

Universidade Federal de Viçosa

Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM)

Avenida P. H. Rolfs s/n, Campus Universitário

CEP: 36571-000 – Viçosa (MG), Brasil.

E-mail: andreiapgomes@gmail.com

ARTIGO DE REVISÃO

Malária grave por Plasmodium falciparum

359

Rev Bras Ter Intensiva. 2011; 23(3):358-369

Plasmodiidae, gênero Plasmodium e espécie Plasmodium falciparum (ainda que, eventualmente, outras espécies do gênero possam causar quadros graves). O complexo ciclo de vida do Plasmodium depende da expressão de inúmeras proteínas especializadas do hospedeiro, as quais determinam sua sobrevivência intracelular e/ou extracelular, a invasão de vários tipos celulares e a evasão das respostas imunológicas. A codificação do genoma do Plasmodium falciparum, em 2002, permitiu a construção de sólida base para a realização de estudos proteômicos comparativos sobre os mecanismos de patogenicidade envolvidos na infecção. Diversos trabalhos evidenciam o papel elucidativo da análise proteômica sobre os mecanismos fisiopatogênicos da moléstia e os possíveis avanços terapêuticos.(6-11)

A doença se mantém importante causa de mortalidade em diversos lugares do mundo. As formas graves, portanto, necessitam de ações no ambiente de terapia intensiva, visando o adequado cuidado dos pacientes.(12) Com base nessas considerações, o presente artigo tem por objetivo enfocar questões acerca da clínica e da fisiopatogenia da malária grave por P. falciparum a fim de auxiliar no diagnóstico e terapêutica destes doentes.

MÉTODOS

O

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