NORMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO EM LABORATÓRIO MICROBIOLÓGICO
Tese: NORMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO EM LABORATÓRIO MICROBIOLÓGICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: PHNS • 9/9/2014 • Tese • 4.869 Palavras (20 Páginas) • 476 Visualizações
NORMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
As aulas práticas de Microbiologia têm como objetivo ensinar ao acadêmico os princípios gerais e métodos utilizados no estudo de microbiologia. Nestas aulas utilizaremos uma variedade de bactérias, sendo algumas patogênicas para o homem, portanto é essencial que as normas sejam seguidas, a fim de se evitar contaminações acidentais.
01- O uso do guarda-pó é obrigatório.
02- Cabelos longos devem ser amarrados de forma a não interferir com reagentes e equipamentos.
03- Limpar e desinfetar a superfície das bancadas antes e depois de cada aula prática.
04- Lavar e sanificar as mãos ao iniciar a análise, ao sair do laboratório e sempre que for necessário. Se for portador de algum ferimento nas mãos, procurar não tocar no material.
05- Identificar as amostras, bem como o material a ser utilizado antes de iniciar a análise.
06- Utilizar exclusivamente material estéril para a análise.
07- No caso de derramamento do material contaminado, proceder imediatamente a desinfecção e esterilização. O mesmo procedimento deverá ser repetido se ocorrer ferimentos ou cortes.
08- Não comer, beber ou fumar no laboratório.
09- Manter canetas, dedos e outros longe da boca.
10- Não utilizar material de uso pessoal para limpar os objetos de trabalho.
11- Avisar ao professor em caso de contaminação acidental.
12- Depositar todo o material utilizado em recipiente adequado, jamais deixando-os sobre a bancada.
13- Flambar as alças, agulhas e pinças antes e após o uso.
14- Os cultivos após a leitura devem ser esterilizados, portanto não os colocar na estufa ou despejar na pia.
15- Ao acender o Bico de Bunsen, verificar se não há vazamento de gás ou substâncias inflamáveis por perto.
16- Trabalhe sempre próximo ao fogo.
OBS: A utilização do Bico de Bunsen é essencial pois visa a diminuição de microrganismos no campo de trabalho através do calor. Para isso ele apresenta uma regulagem que torna possível selecionar o tipo de chama ideal para o trabalho. No caso da Microbiologia deve ser utilizada a chama azul porque esta atinge maior temperatura e não forma fuligem. É importante ressaltar que a chama apresenta diferentes zonas, e tal fato é importante para que o processo de Flambagem seja executado adequadamente, já que certas zonas da chama devem ser evitadas. As zonas da chama são: Zona Neutra (é uma zona fria e, portanto, não deve ser utilizada para Flambagem), Zona Redutora e Zona Oxidante (são zonas onde já ocorre a combustão e, portanto, já podem ser usadas para a Flambagem). (fig. 1).
Aula Prática II: Desinfecção e Esterilização
ESTERILIZAÇÃO: Processo que visa a destruição total de todas as formas de vida de um material ou ambiente, através de métodos físicos ou químicos.
DESINFECÇÃO: Consiste na destruição, remoção ou redução dos microrganismos presentes num material inanimado. Visa eliminar a potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local.
ASSEPSIA: Procedimentos que visam evitar o retorno da contaminação a um objeto, superfície ou local.
ANTI-SEPSSIA: Desinfecção de tecidos vivos, como pele e mucosas. Pode ser feita, por exemplo, através do Clorexidine a 0,12% para anti-sepsia intra bucal.
LIMPEZA: Remoção de sujidades que indispensavelmente antecede os procedimentos de desinfecção ou esterilização.
I- ESTERILIZAÇÃO:
A esterilização é o processo que inativa todos os microrganismos presentes em determinado material ou ambiente, portanto é o método indicado para uso em itens que de forma alguma podem ser usados quando houver qualquer tipo de contaminação, classificados como “críticos”, ou seja, aqueles que durante o atendimento odontológico penetrarão em pele e mucosa, ou serão introduzidos diretamente na corrente sangüínea, sendo portanto de alto risco (p. ex. sonda exploradora, sonda periodontal, gaze, fios, campos, tesouras, etc.)
A melhor maneira de garantirmos a destruição de microrganismos presentes em instrumentos e equipamentos é mediante o uso do calor. A maioria dos microrganismos que causam infecções em seres humanos desenvolvem-se em temperaturas próximas a do corpo, ou seja, 37ºC. Assim, ao serem expostos a altas temperaturas, são destruídos; o que não acontece quando os colocamos em contato com baixas temperaturas, pois nesse caso o microrganismo fica apenas inibido, e não é destruído.
Alguns microrganismos produzem esporos, que são formas de resistência, podendo permanecer inativos por longos períodos e depois voltar ao estágio inicial de infectividade. Portanto as técnicas de esterilização devem destruir tanto a célula bacteriana, como os esporos.
Existem diversos métodos de esterilização: Físicos ou Químicos. Mas definitivamente os métodos de esterilização mais empregados em odontologia são os que utilizam o calor, seja este úmido (autoclave) ou seco (estufa, ou forno de Pasteur), sendo que o desempenho do calor úmido (autoclave) é melhor.
I.1- Esterilização por calor seco (Estufa ou forno de Pasteur)
Este tipo de esterilização é realizado a temperaturas de 140ºC a 180ºC, com tempo de exposição de 60 a 120 minutos em estufas elétricas equipadas com termostatos. O calor seco ou ar quente em temperatura suficientemente alta levam a desnaturação e oxidação das proteínas, que resultam na morte dos microrganismos.
A utilização do calor seco leva mais tempo que o calor úmido, mas como existem materiais que não podem ser esterilizados no calor úmido, o calor seco é o preferido. É indicado para esterilizar vidrarias, instrumentos de corte ou de ponta, os quais podem oxidar na presença do vapor da autoclave, e materiais impermeáveis como ceras, pomadas e óleos.
Para ser eficiente, este processo depende de:
- Aquecimento da estufa até a temperatura desejada antes
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