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Natureza Ciencia E Humanidade

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Por:   •  14/9/2014  •  488 Palavras (2 Páginas)  •  439 Visualizações

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Natureza, Ciência e Humanidades, simetrias e conflitos.

Análise resumida dos textos de Michel Foucault: “A Psicologia de 1850 a 1950”, Filosofia e Psicologia e “A Perspectiva Cientifica e a Psicologia”

Michel Foucault considera que as diferentes formas de fazer e pensar psicologia reúne-se em torno de um projeto comum. Nesses textos, e dentro do período pesquisado, ele analisa diferentes modelos existentes na psicologia, destacando que, as contradições entre seus objetivos e postulados, em vez de gerarem sua fragmentação, impulsionaram a construção de um projeto científico que a diferenciou de outras áreas da ciência.

Para Michel Foucault a psicologia ao perseguir sua especificidade a partir de um ideal de rigor e de exatidão ligados as ciências naturais e ao mesmo tempo reconhecer na realidade humana outra coisa que não um setor de objetividade natural criou para si uma enorme contradição. Para Foucault o problema da psicologia é o de saber em que medida ela consegue se desvencilhar da própria contradição que criou a partir dessa objetividade naturalista. Um caminho apontado pelo autor, que aprece ao final do século XIX, é o de retomar um exame mais rigoroso da realidade humana a partir de características mais específicas escapando as determinações de natureza. Aqui a psicologia sai dos determinismos amplo e geral de uma natureza objetivada para as especificidades de cada homem em sua cultura.

Usando uma citação de Dilthey contextualizada na fenomenologia de Husserl, para quem o vivido é o projeto das ciências, Foucault afirma que o surgimento das significações na conduta humana se faz igualmente a partir da analise de suas produções ao longo da história. Percebe assim, que o homem não é um elemento segmentar dos processos naturais ele é um ser pensante que acumula significações ao longo do tempo em sua lida com o mundo, de forma cristalizada ou silenciosa. Para poder emergir os sentidos é preciso operar uma analise dos produtos do espirito destinada a fazer emergir junto um cenário que dê acesso a gênese do conjunto psicológico.

Parece que a forma sob a qual a psicologia encontra a existência humana, acontece antes mesmo de se encontra com a ciência, o que sugere, portanto, uma projeção dessas contradições que são enunciadas pela própria psicologia na formulação de seu projeto. O texto ao enfatizar as contradições da psicologia demonstra como ela postula de um lado um homem “complexo”, fruto de determinações naturais e culturais, e de outro ela constata que o homem é um objeto complexo por ser “bio-psico-social”.

Para Foucault o confronto entre diferentes postulados e pressupostos criou, possibilidades para que a psicologia descobrisse seu próprio caminho, a especificidade de seu objeto de estudo e, portanto, o seu projeto enquanto ciência independente. O projeto que se apresenta em diferentes modelos psicológicos como a construção de conhecimentos sobre um homem concreto, sobre seus conflitos, sofrimentos e também patologias, define-se, ainda, como uma tentativa de “reapreender o homem como existência no mundo e caracterizar cada homem pelo estilo próprio a essa existência”

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