O CONCEITO DE ANATOMIA
Relatório de pesquisa: O CONCEITO DE ANATOMIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dilas • 25/10/2014 • Relatório de pesquisa • 2.561 Palavras (11 Páginas) • 337 Visualizações
1.1 - CONCEITO DE ANATOMIA
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e
microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American
Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a
função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e
ambientais. Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da
construção dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das várias
partes e a compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A
amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças a longo
prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudanças de duração intermediária
em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas
com fases diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura
estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos inteiros e/ou seus
órgãos até as organelas celulares e macromoléculas.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a
anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos
desta ciência.
Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização
humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos,
expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras.
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia
macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando
ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é
aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de
instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é
dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se
organizam para a formação de órgãos).
A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo
fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até
o nascimento. Embora não sejam estanques, a complexidade destes grupos torna necessária a
existência de estudos específicos.
1.2 - NORMAL E VARIAÇÃO ANATÔMICA
Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é
encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo
da função. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. Este é o padrão.
Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível da axila. Como não existe perda
funcional esta é uma variação.
Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma variação. Se a
anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do corpo, sendo, em geral,
incompatível com a vida, é uma monstruosidade.
1.3 - NOMENCLATURA ANATÔMICA 7
Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos
empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de
Nomenclatura Anatômica. Com o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século
passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália, França,
Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam denominações
diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. Em razão desta falta de metodologia e de
inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômicos chegaram a ser consignados (hoje
reduzidos a poucos mais de 5 000). A primeira tentativa de uniformizar e criar uma
nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos congressos de
Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi
aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris
Nomina Anatomica). Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a
nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada,
desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas em
Congressos Internacionais de Anatomia . A língua oficialmente
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