O Trabalho de Psicologia
Por: Matilde ramos • 16/7/2022 • Trabalho acadêmico • 1.741 Palavras (7 Páginas) • 134 Visualizações
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Legenda:
- 4 amigos [pic 13][pic 14][pic 15][pic 16]
- grupo de futebol [pic 17]
- afilhado [pic 18]
- cunhado (João) [pic 19]
- pai (José) [pic 20]
- Madrinha [pic 21]
- Mãe (Aurora) [pic 22]
- Irmã (Sandra) [pic 23]
Genograma
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De acordo com a teoria de Erik Erickson, sabemos que a teoria deste designada por desenvolvimento da personalidade têm 8 estádios, que compõem o ciclo da vida. Relativamente ao Caso do Rui, podemos realçar que este, têm vertentes negativas sobre o estádio 4º (Indústria VS Inferioridade), no estádio 5º (identidade VS Difusão ou confusão) e no estádio 6º (Intimidade VS Isolamento).
No que se refere à vertente negativa, inferioridade, no estádio 4º, Rui menciona que “o pai o tratava como um ignorante, um incompetente e que a irmã seria melhor que ele”, onde acabou por desenvolver uma crença de inferioridade, devido à falta de incentivo, apoio, e de atenção que gera descrença quanto às suas capacidades, mesmo tendo referido que era um aluno médio.
A vertente negativa, no 5º estádio, relaciona-se com as inseguranças referentes ao seu próprio aspecto, onde menciona que “não gosta das orelhas,dos seus olhos e da imensa transpiração das mãos, definido-se como um “hipercrítico de si mesmo e do seu meio envolvente”, afirmando que “está atento a tudo”. Devido a isto acredita que sua aparência seria um dos motivos para não ter relacionamentos amorosos. Ainda neste estádio quando não conseguiu ingressar no Ensino Superior, perdeu o seu sentido de referência levando a um confusão de identidade relativamente aquilo que ele queria ser e fazer, não sabendo qual papel de alduto se adequadava a si. Em consequência de ausência da sua realização pessoal, sente-se desvalorizado no seu círculo de amigos mais próximo, comparando os seus fracassos às conquistas dos mesmos.
Já no estádio 6º, desenvolve um afastamento do seu grupo de amigos sentindo-se decepcionado o que desencandeou um isolamento social devido à desvalorização que sentia pela falta de atenção dos mesmos. Devido à junção de certos acontecimentos, o Rui isolou-se em casa não tendo interação social com outros indivíduos. Após 7 anos e com bastante insistência por parte da progenitora, Rui decidiu concorrer para a fase de maior de 23 anos para engenharia mecânica, sustentando que “não sabia o que queria ser não se importava de ser engenheiro.”, sendo assim, possível afirmar, como em estádios anteriores, a crise de identidade nele presente. Este curso duraria 2 anos, mas o Rui frequentou apenas dois dias, pois no primeiro sentiu “muita vergonha, que era um estranho e sentiu muitas dificuldades em falar.”, o que releva as suas inseguranças perante si mesmo e das suas capacidades. Já na segunda vez não entrou no estabelecimento, tendo um ataque de pânico descrevendo com sensações falta de ar, medo e sentia que ia morrer, voltando a excluir-se do quotidiano, saindo apenas do seu quarto para realizar as compras da casa sem intereção social. Todas as resoluções de crises negativas foram um elo para este acontecimento, pois fez com que este se senti-se desajustado tendo estes sentimentos de ansiedade e fracasso.
De acordo com Paradigma Lifespan de Baltes, podemos relacionar as influências não-normativas com a doença mental da mãe e a doença oncológica da madrinha do Rui como também o alcoolismo do progenitor. Já nas influências normativas com a idade somos capazes de destacar as inseguranças que o Rui tem com a sua aparência. Por fim as influências normativas de acordo com a história podemos salientar a ingressão no Ensino Superior aos 26 anos de idade.
Diagnóstico:
Em conformidade com os Instrumentos de avaliação da sintomatologia, BSI (Brief Symptom Inventory) e BDI (Beck Depression Inventory) é possível constatar que o Rui padece de uma Perturbação Depressiva Major, que no instrumento de avaliação BDI afirma-se que apresenta uma depressão severa com 32 pontos de pontuação geral.
Para além do instrumento de avaliação, apresenta traços de Depressão Major tais como humor deprimido, durante a maior parte do dia, quase todos os dias (Instrumento de avaliação BDI – número do item: 1, 2 e no Instrumento de avaliação BSI: número do item: 6,16,17 ), diminuição clara interesse ou prazer em todas ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (Instrumento de avaliação BDI – número do item: 12 e no Instrumento de avaliação BSI: número do item 18), agitação ou lentificação psicomotoras quase todos os dias (Instrumento de avaliação BSI – número do item: 49), fadiga e perda de energia quase todos os dias (Instrumento de avaliação BDI – número do item: 20), sentimento de desvalorização ou culpa excessiva ou inapropriada, quase todos os dias Instrumento de avaliação BDI – número do item: 5 e 6 e no Instrumento de avaliação BSI: número do item 52), diminuição da capacidade de pensar ou de concentração, ou indecisão, quase todos os dias (Instrumento de avaliação BDI – número do item: 13,19 e no Instrumento de avaliação BSI: número do item: 15,27,36).
Perante este diagnóstico pode afirmar-se que perduram esquemas cognitivos precoces desadaptativos que se desenvolvem quando o meio não atende às necessidades básicas da criança. Conforme isto, existem esquemas ativados onde podemos realçar primeiramente sobre o domínio Instabilidade e desligamento o abandono que se refere à perceção de instabilidade ou de indisponibilidade das pessoas que poderiam ser fonte de suporte, onde podemos salientar a postura da mãe perante o filho quando o pai está em Portugal e que tal mal comunica com o filho podemos também neste domínio falar do esquema defeito/vergonha pois desde sempre era tratado como um incompetente por parte do pai, sentindo-se inferior. Seguidamente sobre o domínio Indesejabilidade podemos realçar o fracasso em referencia ao facto de não ter entrado no Ensino Superior depois de concluir o 12º ano. Em relação ao domínio Influência dos outros podemos relevar Procura de Aprovação ou Reconhecimento quando este utilizava o “humor negro” para receber a atenção dos amigos sentindo-se desvalorizado quando esta não era dada querendo ser sempre o centro das atenções. Por último no domínio Vigilância Excessiva e Inibição falamos em relação à Inibição emocional devido ao seu isolamento que o inibi-o de ter interceções sociais como a inibição de ter ações espontâneas.
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