O lobo insular: a ilha escondida nas profundezas do côrtes cerebral
Por: Franciely Caldeira • 3/12/2017 • Resenha • 1.032 Palavras (5 Páginas) • 532 Visualizações
Resumo
Capitulo do livro Caçadores de Neuromitos II : 3 - O lobo insular: a ilha escondida nas profundezas do côrtex cerebral
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Discente: Franciely Caldeira RA: 51279
Prof.ª Chayrra Chehade Gomes
Termo: 2º Termo
Garça – São Paulo
2017
O córtex é dividido em lobos cerebrais, o lobo temporal, responsável pelo processamento auditivo, compreensão linguística e memória; o lobo frontal, pela programação, regulação e verificação do comportamento motor; o lobo parietal, pelo processamento das funções relacionadas à sensibilidade corpórea e ao reconhecimento espacial; e o lobo occipital, pelo processamento da visão. Temporal, frontal, parietal e occipital, os quatro lobos cerebrais. Eles são constituídos de neocórtex, estão na superfície do cérebro e são nomeados de acordo com sua proximidade em relação a determinado osso craniano. Mas o fato é que temos cinco lobos cerebrais e esquecer da ínsula pode ser considerado um neuromito. O lobo insular, diferentemente dos anteriores, é formado por mesocórtex e não possui relação direta com os ossos do crânio. Esses quatro lobos cerebrais são geralmente os mais mencionados e lembrados, pois estão na superfície do cérebro e, ao longo do processo evolutivo, foram as regiões desenvolvidas mais recentemente. Por essa razão também são conhecidos como os lobos neocorticais. O fato é que o córtex não é dividido em apenas quatro, mas sim em CINCO lobos cerebrais! O esquecimento do lobo insular, a quinta divisão cortical, pode acontecer com frequência, por estar escondido no tecido cerebral, muitas vezes pode ser esquecido. Mas ao contrário do que possa parecer, a ínsula tem uma posição estratégica que permite a interação com circuitos múltiplos que abrangem praticamente todas as partes do cérebro.
Uma das funções vitais para a subjetividade de um indivíduo encontra seus alicerces arraigados nas profundezas do lobo temporal, o ancoradouro no tempo de um organismo que navega pelos mares de uma trajetória de vida, e assim constrói a sua história, a sua tipografia. O lobo frontal é maior em comparação aos outros lobos cerebrais, ocupando cerca de um terço do volume cerebral total e também o que se desenvolve mais tardiamente, de um modo geral, é responsável pelo controle das ações e planejamento do comportamento, sendo de grande importância funcional, pois regula as funções superiores. Enquanto que a porção posterior está envolvida no controle preciso dos músculos corporais, a porção anterior dedica-se ao planejamento mental mais sofisticado do comportamento. O córtex frontal é, sobretudo, um componente essencial para o complexo fenômeno da consciência, e como tal, destaca-se dentro do contexto integrado, dinâmico e incrível do cérebro humano. É nos limites do lobo frontal que se encontram as principais áreas corticais, responsáveis pelo domínio do comportamento motor como: programação, regulação e verificação do comportamento motor. O lobo parietal, em sua totalidade, tem a função de manter estável a percepção de tempo e espaço. Ao longo de sua extensão cortical encontra-se uma espécie de mapa perceptual de si mesmo, o qual permite o reconhecimento e a apropriação dos eventos que transcorrem no interior, viabilizando o fenômeno da autoconsciência, em outras palavras, o estabelecimento de um sentido ao self individual, o córtex parietal posterior estabelece relações entre os registros codificados nos mapas corporais do córtex somatossensorial (percepção do self não consciente) e o mundo externo, atuando, para tanto, em conjunto corn informações provenientes de diversas áreas corticais. A atividade do lobo parietal parece estar, pois, estreitamente vinculada com a fusão fenomenológica de si mesmo, que implica no reconhecimento de quem se é e de qual espaço se ocupa no mundo. O lobo occipital, a porção mais posterior do hemisfério cerebral, a qual corresponde ao centro cortical do sistema visual, que é responsável por coordenar receptores específicos que levam a informação para o cérebro, que fazem parte de um sistema mais amplo, lesões nessa região provocam distúrbios no processamento da informação visual propriamente dita e nos processos mentais em que a análise e a síntese visual têm uma participação direta.
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