OBESIDADE INFANTIL, NO ADULTO E ADOLESCENTE
Tese: OBESIDADE INFANTIL, NO ADULTO E ADOLESCENTE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elianemotam • 27/9/2013 • Tese • 5.247 Palavras (21 Páginas) • 796 Visualizações
OBESIDADE INFANTIL, NO ADULTO E ADOLESCENTE.
TRABALHO DE SAÚDE PUBLICA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS E SAÚDE
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 2013
Ana Paula Martins Randis - RA: B06ICC-0
Eliane Cristina Mota Fernandez - RA: A93GAJ0
Ester Bazanini – RA: T648FC-9
Laura de Jesus Duarte - RA: B040AE2
Lucimar Vieira – RA:
Maria do Carmo Suguita - RA: A74GFB8
Paloma Moraes - RA:
TRABALHO DE SAÚDE PÚBLICA
OBESIDADE INFANTIL, NO ADULTO E ADOLESCENTE.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 2013
RESUMO
Nas últimas décadas a população brasileira experimentou intensas transformações nas suas condições de vida, saúde e nutrição. Dentre as principais mudanças destaca-se a ascensão da obesidade. Estudos nacionais têm constatado o comportamento pouco uniforme do agravo no país. Dessa forma, diferenças regionais e entre grupos populacionais são evidenciadas. A obesidade avança em todas as faixas etárias e classes sociais, com impacto significativo nas mulheres inseridas nos estratos de menor renda. Nota-se, ainda a difusão da obesidade em todas as regiões geográficas, especialmente, no meio urbano. Tais resultados descrevem a magnitude da obesidade nos países em desenvolvimento e ressaltam a complexidade do perfil nutricional dessas populações. O Brasil tem seguido tendência semelhante à verificada nos países latino-americanos. Todas essas transformações têm imposto ao campo da saúde pública inegável desafio na atualidade.
A obesidade é uma doença crônica definida como um acúmulo excessivo de tecido adiposo num nível que compromete a saúde dos indivíduos (WHO, 1997).
Atualmente a obesidade tem se apresentado como um agravo importante para as sociedades modernas em face de seu avanço em diferentes partes do mundo. Os danos acarretados pela obesidade são extensos.
Relacionam-se a diferentes enfermidades incluindo as cardio e cerebrovasculares, a diabetes Mellitos II, a hipertensão arterial sistêmica e certos tipos de câncer. Somam-se, ainda, prejuízos psicossociais relacionados à questão da discriminação a indivíduos sob esta condição patológica.
Estima-se que os gastos públicos com a enfermidade consumam de 2% a 7% dos orçamentos de saúde nos países desenvolvidos (WHO, 1997). De forma semelhante ao constatado nesses países verifica-se nas últimas décadas a evolução do excesso de peso no Brasil. Notadamente observa-se a inversão dos indicadores nutricionais no país caracterizado pelo declínio substancial da desnutrição e em contrapartida pela ascensão da obesidade.
De tal forma, que hoje a obesidade se apresenta como o maior problema alimentar da população brasileira.
Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho propõe descrever o perfil da obesidade no Brasil e como tal problema afeta a saúde pública no Brasil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A obesidade é uma doença de etiologia não totalmente esclarecida. No entanto, existe certo consenso na literatura de que ela é causada pela interação de diferentes fatores. O que confere a essa enfermidade uma natureza multifatorial (Stunkard, 2000; Pena e Bacallo, 2000). Operacionalmente, a obesidade é diagnosticada pelo parâmetro estipulado pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1997) — o Body Mass Index (BMI) obtido por intermédio do cálculo da relação entre peso corpóreo (kg) e estatura (m)² dos indivíduos. Através deste parâmetro são considerados obesos os indivíduos cujo Body Mass Index (BMI) encontra-se num valor superior ou igual a 30 kg/m².
A evolução da obesidade no Brasil situa-se dentro do corrente processo de transição nutricional no país. Nesta perspectiva, intensas transformações no panorama alimentar brasileiro são evidenciadas. A comparação dos resultados obtidos nos dois inquéritos nutricionais realizados no país: o Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF) realizado no período de 1974-1975 com os levantados pela Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN) realizada no ano de 1989 (Brasil. Ministério da Saúde, 1975; 1989) confirma a tendência progressiva do declínio da desnutrição e a evolução da obesidade no Brasil. A melhoria das condições de vida, a maior cobertura de saúde e o declínio da fecundidade favoreceram a redução da desnutrição no país. Em contrapartida, a urbanização e seu impacto nos padrões de alimentação e atividade física contribuíram para a evolução do excesso de peso e, consequentemente, para as mudanças dos indicadores nutricionais. Essa inversão, num intervalo relativamente curto, coloca a obesidade como um dos problemas prioritários para o campo da saúde pública no Brasil. Esses dados corroboram para desmistificar a ideia predominante de que os agravos relacionados à subnutrição têm maior impacto nos países em desenvolvimento, e que os problemas alimentares associados ao excesso dietético predominam entre os países desenvolvidos.
CONCEITO DE OBESIDADE
A obesidade pode ser definida, de forma resumida, como o grau de armazenamento de gordura no organismo associado a riscos para a saúde, devido a sua relação com várias complicações metabólicas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1995). A base da doença é o processo indesejável do balanço energético positivo, resultando em ganho de peso. No entanto, a obesidade é definida em termos de excesso de peso. O índice de massa corporal (IMC) é o índice recomendado para a medida da obesidade em nível populacional e na prática clínica. Este índice
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