PATOLOGIA DA MAMA
Artigo: PATOLOGIA DA MAMA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcioabreu • 3/2/2015 • 1.406 Palavras (6 Páginas) • 432 Visualizações
1 HISTÓRICO
O controle do câncer de mama é uma prioridade da política de saúde do Brasil e foi incluído como uma das metas do Pacto pela Saúde (2006), cujo objetivo é o fortalecimento, a integração e a resolutividade do Sistema Único de Saúde, através de estratégias de co-responsabilização dos gestores federal, estadual e municipal.
Desde 2004, quando foi divulgado o Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso, as ações governamentais têm se orientado para oferecer à população o acesso a procedimentos de detecção precoce dessa doença em quantidade e qualidade adequadas. O Projeto Piloto de Garantia de Qualidade de Mamografia, iniciado em 2006, é uma dessas ações e assume importância estratégica para a organização bem sucedida do rastreamento populacional do câncer de mama.
Nos dias de hoje, a utilização de mamógrafos de alta resolução dotados de foco fino para ampliação, de combinação adequada filme/écran e de processamento específico tem proporcionado a detecção de um número cada vez maior de lesões mamárias, principalmente lesões pequenas, quando ainda não são palpáveis.
De acordo com a literatura, a mamografia tem sensibilidade entre 8% e 93,1% e especificidade entre 85% e 94,2%, e a utilização desse exame como método de rastreamento reduz a mortalidade em 25%.
Para garantir o desempenho da mamografia, a imagem obtida deve ter alta qualidade e, para tanto, são necessários: equipamento adequado, técnica radiológica correta, conhecimento, prática e dedicação dos profissionais envolvidos.
2 DEZ PATOLOGIAS DA MANA
2.1 Fibroadenoma: é muito comum em adolescentes e mulheres em torno dos 20 anos. É um aumento do lóbulo da mama. Estes caroços podem ter todo o tipo de forma e tamanho, desde pequenos como uma ervilha até grandes como um limão. São tumores indolores, elásticos, móveis, de crescimento lento, sem flutuação ao longo do ciclo menstrual. É hormonodependente em relação à estrogenémia, embora essa relação não esteja claramente definida.
2.2 Cistosarcoma Filoide: Este é um tumor predominantemente de mulheres adultas, com muitos poucos exemplos relatados em adolescentes. As pacientes tipicamente apresentam uma massa palpável firme, móvel, de consistência duro-elástica e com limites bem definidos. Estes tumores crescem muito rapidamente, podendo aumentar muito de tamanho em poucas semanas. A ocorrência é mais comum entre os 40 e 50 anos, antes da menopausa. O tumor acontece geralmente 15 anos mais tarde do que a idade típica dos pacientes com fibroadenoma, uma condição com a qual o tumor filóide pode ser confundido por ser clinicamente indistinguível deste. Obs: 10% são malignos com metastização precoce. Histologicamente: caracterizado por uma elevada densidade celular com numerosas mitoses ao nível do estroma mamário.
2.3 Doença Fibroquística: Embora ainda não se conheçam totalmente as verdadeiras causas, considera-se que a origem desta perturbação está relacionada com os factores hormonais que regem as modificações sofridas pelas estruturas mamárias ao longo dos ciclos menstruais e durante a etapa reprodutora feminina. Os sintomas mais frequentes são: sensibilidade dolorosa, mastodínia (dor mamária) e nódulos palpáveis. O diagnóstico é feito através de exames físicos, mamografia, ecografia, de acordo com os resultados apresentados.
2.4 Papiloma intraductal: É um pequeno tumor benigno que se desenvolve no interior dos ductos terminais da mama, causando um derrame papilar, em geral sanguinolento. A conduta nestes casos é uma pequena cirurgia através da aréola que retira o ducto comprometido.
2.5 Lipoma: Nódulo benigno constituído pela proliferação das células lipídicas ou gordurosas, que apresenta consistência amolecida. Às vezes podem atingir grandes volumes. A conduta pode ser conservadora ou cirúrgica.
2.6 Mastite: é uma inflamação da mama que às vezes pode se transformar (bem rápido) em infecção bacteriana. Os seios podem apresentar áreas vermelhas, sensíveis e quentes, que ficam inchadas. É o chamado "leite empedrado" na verdade, um ducto mamário entupido. Como o leite não consegue passar, ele se acumula e causa inflamação e inchaço no local. Na maioria dos casos, esses sintomas não se devem a uma infecção por bactérias, e sim pela entrada do leite nos vasinhos sanguíneos dos seios, fazendo com que o corpo trate a substância como uma "proteína estranha", que precisa ser combatida. Os casos de mastite não são raros: afetam cerca de 10 por cento das mulheres que amamentam e até aquelas que decidiram não amamentar.
2.7 Abscesso mamário: Em geral é uma complicação da mastite. Estão presentes todos os sinais de mastite, além de apresentar uma área de flutuação. A pele costuma ficar brilhante e descamativa. O tratamento consiste em incisão e drenagem, além de terapia antibacteriana. Deve ser realizado também esgotamento mamário através de bombas de sucção ou manualmente. Não há contra-indicações para a amamentação na mama afetada.
2.8 Carcinoma da mama: É a 2ª causa de morte por cancro na mulher (a seguir ao cancro do pulmão). É mais comum no quadrante superior externo da mama. 90% têm origem no epitélio ductal e o restante tem origem no epitélio glandular lobular.
Classificação:
- Não invasivo (In situ)- Limitados aos ductos e lóbulos, com ausência de fibrose o que dificulta a detecção por palpação;
- Invasivo (Infiltrativo)- as células tumorais atravessam a membrana basal e podem metastizar (para os gânglios e à distância: metásteses axilares, hepáticas, ósseas). Na altura do diagnóstico 50% já têm metásteses. São o tipo mais comum e incluem:
- Carcinoma ductal invasivo (mais comum - 70-80%): usualmente associado a carcinoma ductal in situ, que se estende normalmente para os gânglios linfáticos.
- Carcinoma Lobular invasivo (5-10%): tem prognóstico semelhante ao carcinoma ductal invasivo.
- Carcinoma inflamatório mamário (1-3%): muito agressivo. Mau prognóstico.
Estadios:
Estadio I- doença em estado inicial: tumor está confinado à mama (nódulos-negativo). Cerca de 95 a 98% sobrevivem 5 anos após tratamento.
Estadio
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