PROTEÇÃO CARDÍACA EM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

CURSO SUPERIOR DE BIOMEDICINA

Débora Viana Saúde

Geisiane Morelo

Jeniffer Raiane Neres
Kátia Regina César

Larissa Junia Oliveira

Matheus Palmer de Lima

Patrícia Janes Izabel

Rafaela Cristina

Sérgio Benevenuto Ribeiro

PROTEÇÃO CARDÍACA EM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

Contagem

2019

PROTEÇÃO CARDÍACA EM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

Trabalho da disciplina de Perfusão Extracorpórea no qual solicita uma elaboração de um artigo de revisão bibliográfica sobre as principais   formas de proteção miocárdica.

                                                     Orientador: Profº Sérgio Luis de Jesus

Contagem

2019

RESUMO

O trabalho descreve a história da proteção miocárdica em circulação extracorpórea e respectivamente as cardioplegias: sanguínea, cristalóide, Del Nydo, Custodiol e ST. Tomas, relatamos a importância da cardioplegia, pois, através da parada cardíaca com cardioplegia propicia um método seguro para induzir e manter o repouso cardíaco eletromecânico. O coração sem contração diminui a possibilidade de embolia aérea durante procedimentos abertos realizados no lado esquerdo do coração e fornece um campo ainda cirúrgico.

Palavras chaves:,Circulação extracorpórea,  Cardioplegia Sanguínea , Cardioplegia Cristalóide,  Cardioplegia Del Nydo,Cardioplegia Custodiol , Cardioplegia ST. Tomás,Coração.

ABSTRACT

The paper describes the history of myocardial protection in cardiopulmonary bypass and respectively the cardioplegia: blood, crystalloid, Del Nydo, Custodiol and ST. However, we report the importance of cardioplegia, because cardiac arrest with cardioplegia provides a safe method to induce and maintain electromechanical cardiac rest. The uncontracted heart decreases the possibility of air embolism during open procedures performed on the left side of the heart and provides a still surgical field.

Key words:, Cardiopulmonary bypass, Blood Cardioplegia, Crystalloid Cardioplegia, Del Nydo Cardioplegia, Custodiol Cardioplegia, ST Cardioplegia. Thomas, Heart.

1. INTRODUÇÃO

Desde o princípio, após o vasto crescimento e avanço gerado com a inserção da circulação extracorpórea (CEC), em 1953 por Gibbon, a cirurgia cardíaca vem ganhando contribuições inovadoras e grandes avanços tecnológicos permitindo que um maior número de pacientes pudesse se beneficiar da cirurgia cardíaca (CRESSONI, 2008).

Sempre que for necessária a interrupção completa dos batimentos cardíacos para a realização de uma cirurgia cardíaca, torna-se necessário o uso do sistema de circulação extracorpórea, que produz uma resposta inflamatória sistêmica com liberação de substâncias que prejudicam a coagulação e a resposta imune, caso não sejam tomadas medidas profiláticas específicas, sua recuperação pode não ser possível ao final do procedimento ou aumentar a morbimortalidade pós-operatória e o risco do desenvolvimento de contratura isquêmica do coração ou fibrose miocárdica tardia. Diante disso a necessidade da adequada proteção miocárdica durante procedimento com circulação extracorpórea (GUARACY, 1997).

A utilização das técnicas de cardioplegias para proteção do miocárdio contra o dano isquêmico durante cirurgia cardíaca com CEC iniciou-se na década de 50, através de Melrose que lançou as bases da cardioplegia. Desde então, vieram novas técnicas de proteção do miocárdio como pinçamento intermitente, cardioplegia cristalóide e cardioplegia sangüínea, podendo ser quente, normotérmica, fria ou tépida. A técnica é utilizada em 84,3% das cirurgias com circulação extracorpórea. (SILVA, 2016)

Nesse contexto, o presente trabalho tem o objetivo de compreender e abordar as variantes cardioplegias através de uma revisão bibliográfica de artigos científicos e acadêmicos.

2. METODOLOGIA

O presente trabalho se trata de uma revisão bibliográfica de artigos científicos e acadêmicos. As plataformas utilizadas foram a do PubMed, Google Acadêmico e scielo. Com o objetivo de compreender as cardioplegias foi abordado as principais referências sobre a história da proteção miocárdica em circulação extracorpórea, cardioplegia sanguínea, cardioplegia cristalóide, cardioplegia Del Nydo, cardioplegia Custodiol, cardioplegia ST. Tomas.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 História da proteção miocárdica em circulação extracorpórea

As primeiras técnicas de cardioplegia datam na década de 50. Em 1950, Bigelow, Lindsay e Greenwood, em estudo animal determinaram o conceito da proteção miocárdica com resfriamento de superfície, quando perceberam a diminuição da oxigenação pela hipotermia, já em 1951 Boerema, divulgou seus experimentos com hipotermia. Em 1953, Lewis e Taufic, mencionou resultado na correção da falha do septo atrial usando resfriamento de superfície. No mesmo ano, Swan divulgaram diversos pacientes com resultados tratados com os mesmos procedimentos. Em 1955, Melrose, publicaram uma comunicação preliminar intitulada “Parada Cardíaca Eletiva”, lançando as bases da cardioplegia. A técnica de Melrose detalhou a parada cardíaca eletromecânica induzida ao se influir altas dosagens de citrato de potássio, na aorta ascendente, prontamente iniciou-se o uso clínico tendo ampla difusão e aceitação, mas, surgiram estudos posteriores apresentando a possibilidade de necrose celular resultado da alta concentração de potássio e foram abonadas no início da década de 1970. Sucedeu-se disposição para estudos em buscar soluções nas cardioplégicas apropriadas. Em 1956, Lillehei obteve sucesso realizando valvuloplastia aórtica e mitral com circulação extracorpórea. Em 1958 Scott Jr. utilizava perfusão coronária seletiva. Em 1959, nos experimentos, usando circulação extracorpórea e ventilação assistida¸ com hipotermia e parada circulatória a 15°C. (DALLAN, 1987)