PRP - Plasma Rico Em Plaquetas.
Trabalho Universitário: PRP - Plasma Rico Em Plaquetas.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nataliaalves • 11/9/2013 • 1.648 Palavras (7 Páginas) • 1.031 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Os atuais medicamentos utilizados nos tratamentos de lesões no tecido muscular e nos tendões tornam-se inviáveis uma vez que possuem diversos efeitos colaterais, resultados a médio-longo prazo e nem sempre são totalmente eficazes. Porém, não existindo alternativas tão práticas quanto esses medicamentos, eles são altamente utilizados. Para solucionar tal problema há a possibilidade do uso da técnica PRP (plasma rico em plaquetas) no tratamento de tais lesões. Para verificar a eficácia do método PRP no tratamento das lesões no tecido muscular e tendões abrindo a possibilidade para um tratamento menos evasivo, mais rápido, eficiente e de menor custo, pesquisamos e analisamos estudos científicos para verificar a eficácia deste método, o tempo de recuperação, a possibilidade de regeneração celular no tecido lesado.
Os estudos mostram que, o PRP (plasma rico em plaquetas) tem a capacidade de regeneração celular por meio de aumento de macrófagos (Sistema de defesas do organismo) onde os tecidos lesados têm, ao receberem o sangue processado, ou seja, centrifugado e, utilizado a parte branca (PLASMA), injetado no local da lesão; maior poder regenerativo com multiplicação celular e por conseqüência, produção de novas células e tecidos.
Contudo, fica devidamente registrado por meio de pesquisas já realizadas e, métodos já praticados, que, há a completa e devida regeneração celular tecidual seja de uma lesão muscular ou de tendões em usuários e praticantes de esportes que exigem de tração mecânica e, por conseqüência, esforços demasiados provocando rupturas e/ou lesões desses tecidos já aqui mencionados.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Estimulação na cicatrização óssea
O plasma sanguíneo autógeno com alta concentração de plaquetas obtido por centrifugação (plasma rico em plaquetas, ou PRP) tem sido utilizado na prática clínica para estimular a cicatrização óssea numa variedade de situações, sob alegação de que ele carrega uma elevada concentração de fatores de crescimento derivados da plaqueta e beta- transformadores, os quais sabidamente estimulam o crescimento e regeneração de diferentes tecidos.
Nos diferentes tecidos do corpo humano, incluindo o tecido ósseo, a reparação espontânea é mediada por variados fatores de crescimento, num processo que se dá início através da formação de um coágulo sanguíneo e segue pela degranulação subsequente das plaquetas, a qual libera os fatores de crescimento.
O processo reparativo do osso têm sido relacionados à vários fatores de crescimento, como: fatores de crescimento derivados das plaquetas (PDGFs), fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF), fatores de crescimento transformadores α e β (TGF-α e TGF-β), fatores de crescimento dos fibroblastos ácido e básico (aFGF e bFGF), fator de crescimento epidérmico (EGF), fatores de crescimento semelhantes à insulina I e II (IGF-I e IGF-II), fatores de crescimento derivados do cimento (CGF), proteínas relacionadas ao hormônio paratireoideano (PTHrP) e proteínas morfogenéticas do osso 1 a 12 (BMPs 1-12). Alguns desses fatores de crescimento, como os PDGFs (aa, bb e ab), TGFs β1 e β2, VEGF e EGF estão contidos dentro dos grânulos α das plaquetas.
Os Fatores de crescimento derivados das plaquetas (PDGFs), apesar de produzidos por elas, não são detectados normalmente no plasma sanguíneo e sua concentração cai rapidamente. De outro modo, os PDGFs, são muito fáceis de obter, pois sua concentração teoricamente aumenta juntamente com a concentração das plaquetas por centrifugação, no caso, o Plasma Rico em Plaquetas (PRP). (WILSON; BARBIERI; MAZZER, 2006).
Segundo Roldan (2004, p.130), “os fatores de crescimento são proteínas solúveis que agem nas células osteoprogenitoras diferenciando-as e estimulando a atuação dessas células.” Desde a década de 80, tem-se investigado a possibilidade utilizar estes fatores na modulação da reparação óssea.
De acordo com Wilson; Barbieri e Mazzer (2006, p.209), “o coágulo sanguíneo normal contém cerca de 95% de hemácias, 5% de plaquetas e menos de 1% de células brancas; no PRP, o quociente entre hemácias e plaquetas se inverte, estas últimas ocupando cerca de 95% do volume total.”
“O processo de preparação do PRP consiste da separação das plaquetas, cuja concentração pode aumentar até seis vezes por volume, em comparação com o sangue normal.” (WILSON; BARBIERI; MAZZER, 2006, p.209)
“O PRP já tem sido utilizado em várias especialidades médicas (cirurgia plástica reconstrutiva, otorrinolaringologia) e em odontologia para produzir hemostasia, estimular a cicatrização de tecidos moles e do osso, a adesão de enxertos de pele, integração de enxertos ósseos e a fixação de implantes nos ossos chatos do crânio e da face, mas, apesar das evidências de que o PRP pode ser útil nessas situações, não há unanimidade sobre o seu papel na cicatrização óssea.” (WILSON; BARBIERI; MAZZER, 2006, p.209)
Segundo Wilson; Barbieri e Mazzer (2006), ainda há poucos relatos sobre efeitos benéficos na cicatrização de ossos longos do aparelho locomotor, porém “substancial neoformação óssea”, maior invasão vascular e uma melhor remodelação do enxerto ósseo teriam sido demonstrados em ossos metatarsianos de animais, neste caso, ovelhas, nos quais foram produzidos um grande defeito, preenchido com uma combinação de enxerto homólogo, células-tronco e PRP.
Ainda não há um consenso sobre a concentração ideal de plaquetas que podem aperfeiçoar o processo de reparação tecidual, alguns in vivo e outros in vitro, porém há sugestões, não comprovadas, que uma PRP altamente concentrada pode até ser prejudicial para a reparação. (OLIVEIRA FILHO; NASSIF; MALAFAIA; RIBAS FILHO; RIBAS; CAMACHO; GIOVANINI, 2005)
Alguns estudos mostram resultados positivos sobre o PRP e sua concentração de plaquetas, enquanto outros trazem resultados negativos. Há uma preocupação em relação à capacidade de concentração das plaquetas, na qual também é importante não danificar as mesmas durante o processo. Assim, mais quantidades de experimentos in vivo e in vitro podem contribuir para a clareza dos aspectos na utilização de PRP e na sua eficácia. (OLIVEIRA FILHO; NASSIF; MALAFAIA; RIBAS FILHO; RIBAS; CAMACHO; GIOVANINI, 2005)
De acordo com Candini (2001), o tecido ósseo exibe grande potencial regenerativo, tendo, o mesmo, a capacidade de reparação de fraturas e defeitos locais
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