Patologia Reprodutor feminino
Por: Cinthia Piedade • 25/4/2016 • Trabalho acadêmico • 6.469 Palavras (26 Páginas) • 458 Visualizações
TRATO GENITAL FEMININO (TGF)
INFECÇÕES DO TRATO GENITAL FEMININO
→ Candida, Trichomonas e Gardnerella, são comuns podendo causar desconforto significativo sem sequelas sérias.
→ Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia, são causas importantes de infertilidade feminina;
→ Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma hominis, estão implicadas em partos pré-termo.
→ Vírus: herpes simples (HSVs)=> causam ulcerações genitais dolorosas; Papilomavírus humanos (HPVs) => estão envolvidos na patogenia de cânceres cervicais, vaginais e vulvares.
Infecções do Trato Genital Inferior (colo uterino, a vagina e a vulva)
→ Herpes simples (HSV) envolve, por ordem de frequência, o colo uterino, a vagina e a vulva. São vírus DNA que incluem dois sorotipos:
- HSV-1 tipicamente resulta em infecção orofaríngea
- HSV-2 geralmente envolve a mucosa genital e a pele
→ Aos 40 anos de idade, 20% das mulheres são soropositivas para anticorpos contra HSV-2.
→ Sintomas clínicos são observados em 1/3 dos indivíduos infectados.
→ Lesões iniciais: 3 a 7 dias após a transmissão sexual
=> pele e na mucosa vulvar: pápulas vermelhas que progridem para vesículas e então para úlceras coalescentes e dolorosas (cicatrizam espontaneamente em 1 a 3 semanas, porém, o vírus migra para os gânglios do nervo lombossacral regional, estabelecendo uma infecção latente → estados de imunossupressão: estresse, trauma, radiação ultravioleta e alterações hormonais → reativação do vírus e a recorrência das lesões);
=> cérvice ou vagina: secreção purulenta intensa e dor pélvica.
→ Lesões ao redor da uretra: dor ao urinar e retenção urinária.
→ Infecção inicial => sintomas sistêmicos como febre, mal-estar, e linfonodos inguinais sensíveis.
→ Infecções por HSV-2 têm maior chance de recorrência que por HSV-1
→ Vesículas e úlceras contêm numerosas partículas virais => elevada taxa de transmissão durante a infecção ativa. A transmissão pode ocorrer nas fases ativas e latentes, menos provável em portadores assintomáticos.
→ Preservativos => proteção limitada devido a grande área genital que pode ser afetada pelo vírus.
→ Mulheres são mais suscetíveis à transmissão que os homens
→ Transmissão ao recém-nascido durante o parto => consequência grave e o risco é maior se a infecção estiver ativa durante o parto e se for uma infecção primária na mãe => Cesariana é justificada.
→ Diagnóstico: Achados clínicos, detecção do HPV em exsudato purulento, PCR, ensaios imunoabsorventes enzimáticos e teste de anticorpos para imunofluorescência direta (infecção primária em fase aguda não possuem anticorpos séricos anti-HSV, presença do anticorpo é indicativa de infecção latente/recorrente.
→ Tratamento: não há tratamento eficaz para HSV latente; Aciclovir ou fanciclovir (antivirais) podem reduzir a duração da fase inicial sintomática e recorrente.
→ Molusco contagioso (MCVs) => infecção por poxvírus da pele e das membranas mucosas.
→ 4 tipos: MCV-1 a 4 (MCV-1 => mais prevalente; MCV-2 => mais comum transmissão por contato sexual)
→ Comum em crianças entre 2 e 12 anos de idade => transmissão por contato direto ou artigos compartilhados (fômites) => afeta mais comumente tronco, braços e pernas.
→ Adultos => transmissão sexual => afeta genitais, porção inferior do abdômen, nádegas e parte interna das coxas.
→ incubação: 6 semanas.
→ Infecções fúngicas (Candida) => leveduras fazem parte da microflora vaginal normal.
→ Desenvolvimento de candidíase sintomática =>perturbação no ecossistema microbiano (Diabetes mellitus, antibióticos, gravidez e comprometimento da imunidade) vaginal.
→ Sintomas: prurido vulvovaginal, eritema, tumefação e secreção vaginal (“leite coalhado”). Casos graves => ulcerações da mucosa.
→ não é considerada DST.
→ Trichomonas vaginalis protozoário ovoide flagelado identificado em montagens úmidas de secreção vaginal ou no esfregaço de Papanicolaou.
→ Transmitida por contato sexual.
→ Desenvolve dentro de 4 dias a 4 semanas.
→ Infecção assintomática ou sintomática (secreção vaginal amarela e espumosa, desconforto vulvovaginal, disúria, e dispareunia);
→ Mucosa vaginal e cervical => aspecto vermelho vivo, com acentuada dilatação dos vasos da mucosa cervical (aspecto colposcópico de “colo uterino em morango”).
→ Gardnerella vaginalis => bacilo Gram-negativo.
→ principal causa de vaginose bacteriana (vaginite).
→ Secreção vaginal fina, verde-acinzentada, com odor desagradável (peixe).
→ Papanicolaou => células escamosas superficiais e intermediárias cobertas por um revestimento grosseiro de múltiplos cocobacilos.
→ vaginose bacteriana em grávidas => risco de trabalho de parto prematuro.
→ Ureaplasma urealyticum e Micoplasma hominis
→ vaginite e cervicite implicadas em corioamnionite e parto prematuro em pacientes grávidas.
→ Chlamydia trachomatis => A maioria das infecções assume a forma de cervicite.
→ Em algumas pacientes sobe até o útero e tubas de Falópio, resultando em endometrite e salpingite sendo uma das causas de doença inflamatória pélvica (DIP).
Infecções Envolvendo o Trato Genital Inferior e Superior
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
→ Infecção ascendente => começa na vulva ou na vagina e se espalha para cima envolvendo a maioria das estruturas do sistema genital feminino
→ Dor pélvica, sensibilidade dos anexos, febre e secreção vaginal.
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