Pressão venosa central (CVP)
Trabalho acadêmico: Pressão venosa central (CVP). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: glaucyelle • 29/11/2014 • Trabalho acadêmico • 4.367 Palavras (18 Páginas) • 679 Visualizações
INTRODUÇÃO
A pressão venosa central (PVC) ou pressão do átrio direito refere-se à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole.
A PVC é uma medida hemodinâmica frequente na UTI. É determinada pela interação entre o volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica.
A pressão venosa central foi introduzida na prática médica na década de 60. (Machado, Moura e Figueiredo 2003)
Cintra (2003) reforça que o principal propósito de mensurar a PVC é estimar a pressão diastólica final do ventrículo direito. Em pacientes com reserva cardíaca e resistência vascular pulmonar normal, a PVC pode orientar o manuseio hemodinâmico global.
Outra grande utilidade da PVC é a possibilidade de colheita de exames laboratoriais com frequência sem incomodar o paciente com punções venosas.
A PVC é obtida através de um cateter locado na veia cava superior, o cateter central com uma ou duas vias; para mensurar a PVC o mais indicado é o cateter de duas vias (duplo lúmen).
As principais vias de acesso utilizadas são a braquial, subclávia e jugular. E assim como vimos na pressão arterial invasiva à mensuração da PVC é realizada através de uma coluna de água ligada a um transdutor de pressão ou manualmente a uma régua. A zeragem da linha de pressão venosa central é feita da mesma forma que a pressão arterial invasiva, alinhado a linha média axilar.
Caso a conexão escolhida seja continua, ou seja, com transdutor de pressão, após a passagem do cateter central, conexão ao transdutor de pressão e ao monitor multiparametrico, observamos na tela do monitor uma curva característica do átrio direito.
Não podemos esquecer que para pacientes intubados a medida da pressão venosa central deve ser realizada ao final da expiração, para pacientes em ventilação espontânea deve ser realizada no final da inspiração. (Machado, Moura e Figueiredo).
Os valores normais da PVC são 2-8 mmHg (uso de transdutor de pressão) ou 3-11 cmH2O (uso da régua com solução salina)
D’Arco, Costa e Laselva (2006) afirmam que valores abaixo do normal podem sugerir hipovolemia e valores mais altos podem sugerir sobrecarga volumétrica ou falência ventricular, mas devem ser avaliados com outros parâmetros.
Entretanto o uso da PVC apresenta algumas limitações e por isso não deve ser o único parâmetro de volemia. Esta entre as situações de que podem alterar a PVC:
- Vasoconstrição (hipovolemia)? PVC normal ou alta
- Alterações anatômicas da veia cava ? tumor, hematomas
- Alteração na complacência de ventrículo direito, doenças pulmonares, valvopatia de tricúspide
- Ventilação positiva com uso de PEEP
Assim como a pressão arterial invasiva, a pressão venosa central pode apresentar algumas complicações, que são:
- Hemorragia durante e após punção
- Arritmias atriais e ventriculares por irritação do cateter
- Infecções
- Sobrecarga hídrica acidental
- Embolia gasosa
- Complicações tromboembólicas
- Perfuração de câmaras cardíacas, pneumotórax e hemotórax (devido punção do cateter central)
Cuidados de Enfermagem:
• Preparo do material necessário e da solução de soro fisiológico.
• Auxiliar o médico no procedimento de cateterização venosa, oferecendo o material necessário.
• Realizar a zeragem do transdutor de pressão, alinhado a linha média axilar.
• Proceder à anotação de enfermagem no prontuário do paciente, descrevendo número de punções, e material utilizado.
• Estar atento a desconexão do sistema
• Estar atento a sangramento na inserção do cateter, e infecção do sitio de punção
• Manter curativo estéril.
• Manter a bolsa pressurizada a 300 mmHg, pressurização em valores de pressão menores não permitem a irrigação continua adequada que é de 3 ml/h.
• Realizar a troca do equipo com transdutor de pressão a cada 72h
• Realizar a troca da solução de soro fisiológico a cada 24h
• Para retirada do cateter, proceder com luva de procedimento, usar solução antisséptica, e tracionar o cateter vagarosamente, evitando lesão a intima do vaso. Comprimir o local da inserção do cateter com gaze dobrada por 5 minutos.
1.0- DESENVOLVIMENTO
Segundo Annie, S, M, C (0000) Acesso Venoso Central – Punção da Veia Subclávia Cateterização venosa central, também conhecida como acesso venoso central. Este procedimento pode ser definido como acesso vascular, cuja extremidade atinja as veias calibrosas do sistema venoso central. O sistema central inclui:
● As veias cava superior;
● Veias cava inferior;
● Subclávia;
● Jugular interna;
● Ilíaca;
● Braquiocefálica;
● Femoral
Os sítios de cateterização mais utilizado, levando em conta a facilidade de inserção, indicações e menor risco de complicações, são:
● Veias subclávia;
● Jugular interna;
● Femoral.
A veia subclávia (VSC) pode ser o método mais frequentemente utilizado em um acesso venoso central. Indicações para acesso venoso central:
● Uso de drogas vasoativas;
● Monitorização invasiva (PVC e ScvO2);
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