Prevalência de Cândida, Trichomonas e Gardnerella em Amostra do Colo Uterino
Por: FRANCINELOPES • 20/11/2018 • Monografia • 5.859 Palavras (24 Páginas) • 357 Visualizações
Universidade regional de blumenau
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO de biomedicina
Francine lopes
ANÁLISE DA Prevalência de Candida sp, trichomomas vaginalis e Gardnerella vaginalis/mobiluncus sp em amostras do colo uterino
blumenau
2016
francine lopes
Análise da Prevalência de Candida sp, trichomonas vaginalis e Gardnerella vaginalis/mobiluncus sp em amostra do colo uterino
Projeto de pesquisa apresentado a disciplina de Pesquisa em Saúde do Curso de Graduação em Biomedicina do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Regional de Blumenau.
Orientador: Professor Mestre Marcello Bragança Figueiredo
Blumenau
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
1.2. OBJETIVO GERAL 6
1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO 6
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
2.1 ANATOMIA DA VULVA E VAGINA 7
2.2 FISIOLOGIA 8
2.3 MICROBIOTA 8
2.4 VULVOVAGINITES 9
2.5 CANDIDÍASE 9
2.6 GADNERELLA VAGINALIS/ MOBILUNCUS SP 11
2.7 TRICOMONIASE 12
2.8 COLPOCITOLOGIA 14
3 METOLOGIA 16
3.1 LOCAL DO ESTUDO 16
3.2 ASPECTO ÉTICO 16
3.3 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES 16
3.4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 16
3.5 ANÁLISE ESTATISTICA DOS DADOS 16
4. RESULTADOS 18
4. DISCUSSÃO 22
6. CONCLUSÃO 25
1 INTRODUÇÃO
O trato genital feminino é constituído pelos órgãos genitais externos e pela vulva; os internos, pela vagina, pelo útero, pelas tubas uterinas (trompas de falópio) e pelos ovários, que estão localizados no interior da cavidade pélvica (CONSOLARO, et al., 2012). A vagina é revestida por mucosa escamosa que sofre alteração hormonal, com o estrógeno e progesterona. (BOGLIOLO, BRASILEIRO FILHO., 2000)
A secreção vaginal é considerada uma resposta fisiológica do organismo feminino. Quando não apresenta processos patológicos, as características são de cor clara ou branca, variando no período do ciclo menstrual. (ZIMMERMMANN, et al., 2008).
A vagina possui uma microbiota rica em Lactobacillus sp, que são responsáveis pela determinação do pH vaginal (3,8 a 4,5). Os Lactobacillus sp são bacilos gram-positivos que produzem ácido lático, bacteriocinas e peróxido de hidrogênio, promovendo o pH vaginal ácido. (GIRALDO, et al., 2005) A mucosa vaginal é habitada por numerosas bactérias, que vivem em harmonia, sendo assim consideradas comensais, que em determinadas situações podem se tornar patogênicas. (GONDO, et al., 2010).
A colpite é uma inflamação no epitélio escamoso, tendo como os principais sintomas o corrimento vaginal. As colpites podem ser causadas por microrganismos, que podem ser classificados em colpites específicas e colpites inespecíficas. As colpites específicas podem ser causadas por vaginose bacteriana (VB), candidíase e tricomoníase. (FERRARI, et al., 2002).
As vulvovaginites podem ser definidas como inflamações ou infecção da vulva, da vagina, devido a alteração do pH vaginal. Em consultas ginecológicas correspondem cerca de 70% das queixas. As infecções mais frequentes são a vaginose bacteriana, representada em sua maioria por Gardnerella vaginalis, e as vaginites que são causadas por Candida sp e Thichomonas vaginalis, as quais são responsáveis pelas queixas de leucorréia. (ANDRADE, et al., 2014).
As incidências das infecções dependem de vários fatores, incluindo a idade, atividade sexual, números de parceiros, fase do ciclo menstrual e condições socioeconômicas, como diferença no padrão de vida e higiene pessoal. (RIBEIRO, et al., 2007).
A vaginose bacteriana é causada pela Gardnerella vaginalis, e caracterizada pela alteração na microbiota vaginal, isso ocorre devido à redução ou a ausência dos Lactobacillus sp. É uma das infecções que mais acomete as mulheres em idade reprodutiva. Podendo ser diagnosticada clinicamente pela presença de odor de aminas após adição de hidróxido de potássio a 10% e aumento do corrimento vaginal. (SANTOS, et al., 2006).
A candidíase é um processo infeccioso causado pelo fungo do gênero Candida sp, que devido ao grande número de mulheres acometidas, tem uma importância na clínica médica. Os sinais e sintomas que afetam o colo são: prurido, dor, edema, e hiperemia, além de secreção de cor esbranquiçada. (ANDRIOLO, et al. 2009). Cerca de 75% das mulheres adultas apresentam vulvovaginites fúngicas no decorrer da vida. Estudos indicam que 20 a 25% das mulheres que não apresentam sintomatologia, apresentam cultura de secreção vaginal positiva para Candida sp. (FERRAZZA, et al., 2005).
Os sintomas crônicos das vulvovaginites são comuns e os fatores predisponentes podem ser considerados importantes nas reinfecções. Dentre eles, o uso de antibióticos, reduzindo a microbiota vaginal, uso de contraceptivos orais que elevam a concentração de estrógeno, favorecendo o desenvolvimento de Candida sp. Outros fatores como gravidez, diabetes mellitus, imunossupressão, uso de roupas sintéticas são considerados os principais causadores de candidíase vulvovaginal. (BASTOS, et al., 2003).
A Tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível, representado pelo agente etiológico Trichomonas vaginalis. O protozoário coloniza os epitélios do trato genital feminino e masculino. No trato genital feminino, o Trichomonas coloniza a vagina e ectocérvice, causando inflamação acentuada, acompanhada por corrimento de cor amarelo-esverdeado com odor fétido e prurido vulvar. Na inspeção o colo e da vagina, podem apresentar edema, hiperemia e pontos hemorrágicos acompanhadas de dor abdominal. A doença está presente em 39% dos casos em mulheres com neoplasia intra-epitelial cervical, e provocando 20% dos casos de infertilidade. (LIMA, et al., 2013).
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