Principais etapas do exame neurológico
Resenha: Principais etapas do exame neurológico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lilnasros • 30/9/2013 • Resenha • 7.283 Palavras (30 Páginas) • 541 Visualizações
SEMIOTÉCNICA NEUROLÓGICA
TECHNIQUE OF THE NEUROLOGIC EXAMINATION
José Geraldo Speciali
Docentedo Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo.
CORRESPONDÊNCIA: Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Campus Universitário
- Ribeirão Preto - SP - CEP: 14048-900 - Fax: (016) 633.0866
SPECIALI JG Semiotécnica neurológica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 19-31, jan./mar. 1996.
RESUMO: O autor descreve, suscintamente, os principais passos do Exame Neurológico. Os
objetivos principais são iniciar os estudantes da área médica, especialmente os de Medicina, nas
técnicas do Exame Neurológico e padronizá-las no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
UNITERMOS: Anamnese. Diagnóstico Neurológico. Exame Físico. Exame Neurológico. Neurologia.
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Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: SEMIOLOGIA ESPECIALIZADA
29: 19-31, jan./mar. 1996 Capítulo II
I. Material necessário para realizar o exame
neurológico:
Para atender aos objetivos do ensino neurológico,
é necessário que os alunos disponham de instrumentos
adequados que serão exigidos, por serem indispensáveis
ao exame clínico. Consideramos essencial
que todo estudante tenha, para uso pessoal, o seguinte
material:
1. Abaixador de língua
2. Algodão
3. Alfinete
4. Estilete de ponta romba
5. Fita métrica
6. Lanterna de bolso
7. Martelo de reflexos.
8. Diapasão de 128 ou 256 Hertz
9. Oftalmoscópio.
II. Roteiro e Técnica do Exame Neurológico
1 - Anamnese:
1.1. Queixa e duração.
1.2. História da moléstia atual.
1.2.1. Início:súbito, insidioso.
1.2.2. Evolução: estacionária. Regressiva. Progressiva.
Paroxística. Recidivante Ondulante.
1.2.3. Tratamentos anteriores.
O início súbito deve ser comparado, para o paciente
entender bem, como sendo parecido com o estalar
de um trovão e deve ser diferenciado, por exemplo,
de um início rápido, mas que dure alguns segundos ou
poucos minutos. O primeiro caso lembra a ruptura de
um aneurisma cerebral, enquanto que o segundo lembra a
instalação de acidente vascular cerebral isquêmico.
O início insidioso lembra lesão expansiva ou
doenças, lentamente, progressivas como a Doença de
Parkinson e a Doença de Alzheimer.
O tipo de evolução ajuda no raciocínio do diagnóstico
etiológico.
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J. G. Speciali
A evolução estacionária indica uma doença que
deixa seqüela, como por exemplo um trauma medular
ou hemorragia cerebral. Se no decorrer dos meses
(dias), houver melhora dos sinais/sintomas, a evolução
é chamada de regressiva.
A evolução progressiva lembra patologias que
aumentam com o tempo, como as doenças degenerativas
e as lesões expansivas.
A evolução paroxistica e recidivante diferem apenas
na duração dos sintomas. No primeiro tipo, os sinais/
sintomas devem durar por minutos ou poucas horas
(ex. crise epiléptica, enxaqueca) enquanto no segundo
tipo, os sinais/sintomas poderão durar meses (ex. Esclerose
Múltipla) e depois regredir, total ou parcialmente.
A evolução ondulante caracteriza algumas
doenças que sofrem influência de fatores internos, como
a hipo ou hiperglicemia, uremia, amonemia ou externos
como o frio (afetando a circulação cerebral, por
exemplo).
1.3. Interrogatórios: Cefaléias. Vômitos. Alterações
visuais. Convulsões. Desmaios. Dor. Parestesias.
Anestesias. Fraqueza muscular. Paralisias. Atrofias.
Tremores. Movimentos involuntários. Alteração
de marcha. Fala. Escrita. Distúrbios psíquicos.
Alterações do apetite. Emagrecimento.
Alterações dos esfíncteres. Distúrbios sexuais.
1.4. Antecedentes Pessoais: Condições de gestação:
moléstias, febre, uso de medicamentos, traumas,
exames radiológicos, tratamentos por radiações.
Condições
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