Processo Cuidar
Dissertações: Processo Cuidar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: emanuelly123 • 12/3/2014 • 2.416 Palavras (10 Páginas) • 846 Visualizações
Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) e Farmacologia dos corticóides
AINTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
Para entendermos os mecanismos de ação dos antiinflamatórios não esteroidais (AINES) vamos rever o processo de inflamação que ocorre em nosso organismo.
Inflamação:
A dor é um sintoma comum em muitos quadros clínicos e razão freqüente de procura de auxílio médico. Esta, muitas vezes é subtratada, por inúmeras razões, sendo essa subestimação de médicos e enfermeiros, uma das queixas dos pacientes.
Um dos fatores que podem contribuir para melhora nessa terapêutica é o conhecimento farmacológico das principais medicações envolvidas no processo de dor.
A dor é modulada por estímulos conduzidos através de mediadores (como prostaglandina, bradicinina), e neurotransmissores (substância P, GABA, colecistocinina, somatostatina, serotonina, encefalinas).
A inflamação é definida como resposta do organismo a estímulos etiopatogênicos de natureza diversa. Em algumas doenças a resposta inflamatória pode ser exagerada e sustentada sem qualquer benefício aparente.
As manifestações clínicas da dor são dor, hiperalgesia, eritema e edema. Pode ser classificada como aguda e crônica.
A aguda é seguida de:
• Edema.
• Aumento da permeabilidade na microvasacularização, por contração celular do endotélio venular.
• Migração de polimorfonucleares (quimiotaxia).
• Acúmulo de macrófagos no sítio da lesão nas 24 horas seguintes, influenciado pela capacidade de adesão de moléculas existentes em endotélio vascular, leucócitos e plaquetas.
A fase crônica proliferativa da resposta inflamatória, instalada 36 a48 horas após o estímulo, caracterizada por migração leucocitária com predomínio de monócitos, linfócitos, plasmócitos e fibroblastos, e sinais de regeneração e reconstrução de matriz conjuntiva.
As prostaglandinas estão envolvidas nesse processo, estas se formam a partir de ácido araquidônico, liberado de fosfolipídeos de membrana das células lesadas, por ação catalítica de fosfolipase A2, fosfolipase C e lípase diglicerídica.
As ciclooxigenases (constituídas COX-1 e induzida COX-2) e hidroperoxidase catalisam as etapas seguintes da síntese de prostanóides (prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxane) e as Lipooxigenas de leucotrienos.
www.scielo.br acesso em 18 julho 2010
No início da década de 1990, a descoberta dos dois subtipos de COX criou expectativas quanto à criação de novos fármacos que mantivessem as propriedades dos AINEs existentes e permitissem diminuir a incidência de efeitos colaterais. Com o aparecimento de fármacos que inibem especificamente a COX-2, designados por coxibs (o primeiro fármaco deste grupo foi o celecoxib), foi possível constatar uma quase completa redução dos efeitos laterais a nível gastro-intestinal.
Os antiinflamatórios pertencem a três grandes grupos: não-esteroidais, esteroidais e de longa ação, cada um deles com indicações bem definidas.
O uso de antiinflamatório se faz necessário em situações em que as manifestações inflamatórias suplantam o benefício da regeneração tecidual determinado pela reação inflamatória. Nas infecções a reação inflamatória representa um mecanismo de defesa imunitária, assim o uso de antiinflamatórios não se faz necessário, a não ser que indicados para alívio da dor e hipertermia.
Os AINEs possuem propriedades analgésica, antitérmica, antiinflamatória e antitrombótica.
Farmacocinética dos Aines:
Todos os AINES (exceto Paracetamol) são ácidos fracos facilmente absorvidos no estômago e intestino. A velocidade de absorção está aumentada com o uso de comprimidos de rápida dissolução ou efervescentes; ligam-se extensivamente às proteínas plasmáticas (95 – 99%) e são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins.
Mecanismo de ação dos Aines:
Inibição da síntese de prostaglandinas (PG).
Inibe a COX-1 ou COX-2 ou ambas, impedindo a formação de PG.
Também antagonizam os receptores das PG.
Inibem prostaciclinas I2 (PI2) e citocinas como IL-1 e IL-6 (interleucinas)
Inibem a liberação de histamina dos mastócitos.
Inibem a migração de leucócitos PMN (polimorfonucleares) e monócitos, reduzindo a quimiotaxia.
Redução da permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão.
Inibem a liberação da PGE1 na área pré-óptica do hipotálamo anterior, inibindo o mecanismo da FEBRE.
Alguns exemplos de AINES
1. Salicilatos: Ácido acetil salicílico:
1.1. Farmacocinética:
A forma não-ionizada é absorvida passivamente por difusão pelo TGI;
Mais de 50% ligam-se às albuminas plasmáticas;
São metabolizados pelas enzimas hepáticas;
Excretados pelos rins através da filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular;
São sensíveis ao pH da urina.
1.2. Indicações:
- Efeito uricosúria:
Nas doses acima de 5g/dia facilita a excreção de ácido úrico das articulações.
- Efeito cardioaspirina:
Na dose de 100mg/dia apresenta efeito antitrombótico usado assim para prevenir doenças tromboembólicas. Isso se dá por inibição de Tromboxane A2 plaquetário.
1.3. Efeitos
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