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Por:   •  12/3/2014  •  2.416 Palavras (10 Páginas)  •  831 Visualizações

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Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) e Farmacologia dos corticóides

AINTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS

Para entendermos os mecanismos de ação dos antiinflamatórios não esteroidais (AINES) vamos rever o processo de inflamação que ocorre em nosso organismo.

Inflamação:

A dor é um sintoma comum em muitos quadros clínicos e razão freqüente de procura de auxílio médico. Esta, muitas vezes é subtratada, por inúmeras razões, sendo essa subestimação de médicos e enfermeiros, uma das queixas dos pacientes.

Um dos fatores que podem contribuir para melhora nessa terapêutica é o conhecimento farmacológico das principais medicações envolvidas no processo de dor.

A dor é modulada por estímulos conduzidos através de mediadores (como prostaglandina, bradicinina), e neurotransmissores (substância P, GABA, colecistocinina, somatostatina, serotonina, encefalinas).

A inflamação é definida como resposta do organismo a estímulos etiopatogênicos de natureza diversa. Em algumas doenças a resposta inflamatória pode ser exagerada e sustentada sem qualquer benefício aparente.

As manifestações clínicas da dor são dor, hiperalgesia, eritema e edema. Pode ser classificada como aguda e crônica.

A aguda é seguida de:

• Edema.

• Aumento da permeabilidade na microvasacularização, por contração celular do endotélio venular.

• Migração de polimorfonucleares (quimiotaxia).

• Acúmulo de macrófagos no sítio da lesão nas 24 horas seguintes, influenciado pela capacidade de adesão de moléculas existentes em endotélio vascular, leucócitos e plaquetas.

A fase crônica proliferativa da resposta inflamatória, instalada 36 a48 horas após o estímulo, caracterizada por migração leucocitária com predomínio de monócitos, linfócitos, plasmócitos e fibroblastos, e sinais de regeneração e reconstrução de matriz conjuntiva.

As prostaglandinas estão envolvidas nesse processo, estas se formam a partir de ácido araquidônico, liberado de fosfolipídeos de membrana das células lesadas, por ação catalítica de fosfolipase A2, fosfolipase C e lípase diglicerídica.

As ciclooxigenases (constituídas COX-1 e induzida COX-2) e hidroperoxidase catalisam as etapas seguintes da síntese de prostanóides (prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxane) e as Lipooxigenas de leucotrienos.

www.scielo.br acesso em 18 julho 2010

No início da década de 1990, a descoberta dos dois subtipos de COX criou expectativas quanto à criação de novos fármacos que mantivessem as propriedades dos AINEs existentes e permitissem diminuir a incidência de efeitos colaterais. Com o aparecimento de fármacos que inibem especificamente a COX-2, designados por coxibs (o primeiro fármaco deste grupo foi o celecoxib), foi possível constatar uma quase completa redução dos efeitos laterais a nível gastro-intestinal.

Os antiinflamatórios pertencem a três grandes grupos: não-esteroidais, esteroidais e de longa ação, cada um deles com indicações bem definidas.

O uso de antiinflamatório se faz necessário em situações em que as manifestações inflamatórias suplantam o benefício da regeneração tecidual determinado pela reação inflamatória. Nas infecções a reação inflamatória representa um mecanismo de defesa imunitária, assim o uso de antiinflamatórios não se faz necessário, a não ser que indicados para alívio da dor e hipertermia.

Os AINEs possuem propriedades analgésica, antitérmica, antiinflamatória e antitrombótica.

Farmacocinética dos Aines:

Todos os AINES (exceto Paracetamol) são ácidos fracos facilmente absorvidos no estômago e intestino. A velocidade de absorção está aumentada com o uso de comprimidos de rápida dissolução ou efervescentes; ligam-se extensivamente às proteínas plasmáticas (95 – 99%) e são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins.

Mecanismo de ação dos Aines:

Inibição da síntese de prostaglandinas (PG).

Inibe a COX-1 ou COX-2 ou ambas, impedindo a formação de PG.

Também antagonizam os receptores das PG.

Inibem prostaciclinas I2 (PI2) e citocinas como IL-1 e IL-6 (interleucinas)

Inibem a liberação de histamina dos mastócitos.

Inibem a migração de leucócitos PMN (polimorfonucleares) e monócitos, reduzindo a quimiotaxia.

Redução da permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão.

Inibem a liberação da PGE1 na área pré-óptica do hipotálamo anterior, inibindo o mecanismo da FEBRE.

Alguns exemplos de AINES

1. Salicilatos: Ácido acetil salicílico:

1.1. Farmacocinética:

A forma não-ionizada é absorvida passivamente por difusão pelo TGI;

Mais de 50% ligam-se às albuminas plasmáticas;

São metabolizados pelas enzimas hepáticas;

Excretados pelos rins através da filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular;

São sensíveis ao pH da urina.

1.2. Indicações:

- Efeito uricosúria:

Nas doses acima de 5g/dia facilita a excreção de ácido úrico das articulações.

- Efeito cardioaspirina:

Na dose de 100mg/dia apresenta efeito antitrombótico usado assim para prevenir doenças tromboembólicas. Isso se dá por inibição de Tromboxane A2 plaquetário.

1.3. Efeitos

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