Programa Nacional de Controle da Tuberculose
Tese: Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: elietebizerra • 20/11/2013 • Tese • 2.977 Palavras (12 Páginas) • 601 Visualizações
H I S T Ó R I A
Existem evidências de que a tuberculose existe desde os tempos pré-históricos. A doença já foi encontrada em esqueletos de múmias do antigo Egito (3000 A.C) e, mais recentemente, numa múmia pré-colombiana no Peru.
A doença disseminou-se na Europa, com a urbanização crescente e no século XVIII tornou-se conhecida como a peste branca. Durante a revolução industrial, a mortalidade era muito alta.
Nos últimos anos do século XVIII, tuberculose era considerada uma "doença romântica", idealizada nas obras literárias e artísticas e identificada como uma doença de poetas e intelectuais. Nesta mesma época, no ano de 1882, Robert Koch anuncia a descoberta do agente causador da tuberculose, o bacilo de Koch, cientificamente denominado Mycobacterium tuberculosis. Esta descoberta foi um marco fundamental para o conhecimento da doença e impulsionou várias tentativas de controle e tratamento da enfermidade. Em fins do século XIX, a doença passou a ser qualificada como um "mal social" e passou a ser relacionada às condições precárias de vida, em que estão presentes inúmeros fatores, entre eles as moradias pouco ventiladas e pequenas para o número de moradores, a má qualidade de alimentação e a falta de higiene.
Desde o século XIX, o tratamento higieno-dietético prevaleceu como terapêutica para a tuberculose. Acreditava-se que a cura do doente acontecia quando se dispunha de boa alimentação, repouso e podia-se viver no clima das montanhas, este último considerado um fator fundamental no tratamento. O tratamento envolvia o isolamento dos pacientes, viabilizando-se por meio dos sanatórios e preventórios.
Já no século XX, a década de 30 foi marcada por avanços científicos que questionaram o "fator clima" na cura da tuberculose, e a hereditariedade na etiologia da doença. A descoberta da medicação específica, a partir da década de 1940, promoveu uma queda acentuada dos índices de mortalidade da doença e a comprovação da eficácia desses medicamentos na cura da tuberculose, descobertos ao longo das décadas de 1950 e 1960, fez com que o tratamento se tornasse primordialmente ambulatorial, tornando desnecessária, em sua maioria, a internação do paciente. Como conseqüência, nas décadas seguintes foram, os sanatórios foram paulatinamente sendo desativados.
A emergência e a propagação da Síndrome da lmunodeficiência Adquirida (AIDS), o empobrecimento da população, a urbanização caótica e a ausência de controle social vem dificultando o controle da doença.
O Q U E É T U B E R C U L O S E
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que atinge principalmente os pulmões. Ela existe desde a antigüidade e até em múmias do antigo Egito foram encontradas lesões características da TB. Mas só em 1882 o médico alemão Robert Koch conseguiu identificar o tipo de micróbio que causa esta doença.
O micróbio responsável pela tuberculose é uma bactéria em forma de pequenos bastões. Seu nome científico é Mycobacterium tuberculosis, mas popularmente, é conhecida e chamada de Bacilo de Koch (B.K.), em homenagem ao seu descobridor.
Na maioria dos casos, as lesões da TB se localizam nos pulmões, mas a doença também pode ocorrer nos gânglios, rins, ossos, meninges ou outros locais do organismo.
Programa Nacional de Controle da Tuberculose
O PNCT tem como propósito fundamental promover o controle da tuberculose no Brasil. Busca a interrupção da transmissão da doença e a conseqüente diminuição dos riscos de adoecer e morrer por ela. Para isso, procura identificar de maneira oportuna todos doentes de tuberculose, e principalmente os da forma pulmonar bacilífera (principais transmissores da doença), garantindo seu tratamento até o final.
Toda a população brasileira tem direito ao diagnóstico e tratamento gratuitos no Sistema Único de Saúde. A maioria dos casos ocorre em pacientes do sexo masculino e em idade produtiva, prejudicando ainda mais as condições de vida das famílias carentes, maiores vítimas da tuberculose. A pobreza gera a tuberculose, que gera mais pobreza.
Metas:
O objetivo do PNCT é cumprir a metas mundiais de controle da tuberculose, ou seja, localizar no mínimo 70 % dos casos estimados anualmente para tuberculose e curar no mínimo 85% destes.
Um Problema no Brasil e no Mundo
A tuberculose é uma das enfermidades mais antigas e conhecidas do mundo. Mas não é uma doença do passado como todos pensam. Está em estado de emergência decretado pela Organização Mundial de Saúde, como enfermidade reemergente, desde 1993. Um terço da população mundial está infectada pelo M. tuberculosis e, por ano, ocorrem 8,5 milhões de casos e 3 milhões de mortes causadas pela doença. A maioria em países em desenvolvimento.
Anualmente notifica-se no Brasil perto de 100 mil casos de tuberculose sendo que, destes, 85 mil casos são novos. Morrem cerca de 6 mil pacientes no País. Os principais fatores que contribuem para a manutenção e agravamento do problema são a persistência da pobreza em nossa sociedade e a ocorrência da Aids nos grandes centros. O aumento da ocorrência da resistência medicamentosa e da Multidrogaresistencia (MDR) é outra preocupação do programa.
Transmissão:
Existem várias formas de tuberculose (pulmonar, meníngea, miliar, óssea, renal, cutânea, genital, etc). A forma mais freqüente e mais contagiosa é a pulmonar. Um paciente pulmonar bacilífero, se não tratado, em um ano pode infectar de 10 a 15 pessoas. Uma vez iniciado o tratamento, o paciente normalmente pára de transmitir a doença em no máximo 15 dias. A via aérea é a principal via de transmissão da tuberculose. Dessa forma, aumentar a ventilação do ambiente e cobrir a boca e o nariz quando de tosse ou espirro são medidas que ajudam a reduzir a transmissão.
Quando suspeitar?
Todo paciente com tosse há mais de três semanas e expectoração (sintomático respiratório) deve ser considerado um suspeito de tuberculose e encaminhado ao serviço de saúde para confirmação ou descarte do diagnóstico. Podem ocorrer outros sintomas como: dispnéia (sensação de falta de ar), dor no peito (tórax), hemoptise (tosse com sangue), suor (sudorese), febre, dor de cabeça, falta de apetite e apatia e prostração
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