Psico-poesia

Psicocirurgia

A psicocirugia caracteriza-se por ser uma forma de neurocirurgia funcional designado ao tratamento de distúrbios psiquiátricos. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a psicocirugia é voltado para retirada cirúrgica seletiva ou destruição de vias neurais com a finalidade de atuar no comportamento das pessoas com doenças psiquiátricas. A discussão sobre o tema esta voltando aos debates científicos e éticos graças aos avanços tecnológicos e no conhecimento da anatomia do sistema nervoso central. A estereotaxia (latin: stereo, tridimensional; taxis, arranjo) é uma técnica moderna da neurocirurgia que permite a localização e o acesso preciso de estruturas intracranianas através de apenas um pequeno orifício no crânio.

A apesar de atualmente ser considerada uma técnica segura, com letalidade relativamente baixa e morbidade pós-operatória, e ser temporária,apsicocrugia só é utilizada quando os métodos convencionais não surtem mas efeito,como psicofarmacos e terapias. Além disso é prudente rever o diagnostico, excluir qualquer outra morbidade psiquiátrica como dependência de drogas e psicose e afastar estressores psicosocias. Alguns efeitos colaterais podem ocorrer após a cirurgia como hemorragia, epilepsia e a síndrome do lobo frontal, caracterizada por apatia, impulsividade dentre outros.

Há cerca de quatro técnicas utilizadas para as psicociugias são elas: cingulotomia, capsulotomia, tractomia do subcaudado e leucotomia límbica. A cingulotomia anterior, é realizada com anestésico local ou geral com pequena tricotomia(raspagem de pelos na região da cirurgia para evitar infeção).Essa técnica é bem favorável pois 25% encontra-se bem um mês depois,e 31% apresentam grande melhora em 8,6 anos. Os efeitos colaterais dessa pratica restringi-se a 1% de casos de epilepsia controlada por medicamentos. A Capsulotomia por sua vez se divide em duas técnicas a lesão por radiofreqüência e a lesão por radiocirugia. A lesão por radio freqüência é feita com anestesia local e sedação local com pequenas trepanações implantando eletrodos monopolares na área-alvo. A parti daí são produzidas lesões térmicas com temperaturas próximas a 75 graus. Este método apresenta comprometimento da iniciativa e comando mental nos primeiros dois meses. A lesão por radiocirugia diferencia-se pelo modo pela qual as lesões são causadas, nesse tipo as lesões são ocasionadaspor um feixe estreito de irradiação de raios gama, sendo desnecessária a tricotomia e craniotomia. Uma vantagem é que não é necessária a internação do paciente. A Tractomia do subcaudado atualmente, as lesõessão feitas por meio da utilização de ressonância magnética como guia na introdução estereotáxica da sonda de radiofreqüência. A Leucotomia límbica trata-se de uma combinação entre cingulotomia bilateral e tractotomia do subcaudado, sendo as menos utilizadas dentre os procedimentos realizados em psicocirurgia.

Para que a psicocirurgia seja eficaz e possa ter validade alguns medidas devem ser analisadas como: A técnica e alvos cirúrgicos,primeiramente por causa da limitação dos fármacos, seguido de técnicas moderna como esteriotaxia, Indicação e seleção de candidatos, o sucesso depende da escolha de pacientes com maior probabilidade de resposta terapêutica (Doença crônica com os seguintes sintomas-alvo: ansiedade, depressão, obsessões, compulsões, e tiques na síndrome de Torrette), preparar o paciente e garantir o acompanhamento pós-cirúrgico e fundamentos teóricos.

Tipos de Psicocirurgia

Lobotomia ou Leucotomia

Foi considerada a técnica pioneira e de maior sucesso da psicocirurgia. Era mais utilizada em pessoas com problemas de ezquisofrenia e depressão profunda. Foi realizada pela primeira vez pelo neurologista português Antonio Caetano Abreu Freire em 1935. . Era utilizado um tipo de agulha para chegar até a área do lobo frontal e lá essa área era estimulada. 6% das pessoas que ele realizou a lobotomia morreram e os que sobreviviam ficavam com alteração disacerbada de personalidade.

Nos EUA o médico Walter Freeman criou uma variante dessa cirurgia onde se utilizava de um picador de gelo que era colocado pelo canal lacrimal até o cerebro com a ajuda de um martelo, para destruir as fibras nervosas ali presente. Essa cirurgia ficou famosa e era mais utilizada em pessoas que estavam em hospícios e que incomodavam, foi utilizada também em crianças que apresentavam problemas de comportamento. Essa ténica foi proibida depois do aparecimento dos primeiros psicofármacos. Essa fase é conhecida como um dos episódios mais bárbaros da história da psiquiatria. Esses métodos foram proibidos porque são irreversíveis e causam grandes sequelas nos pacientes. Atualmente essa técnica só é utilizada em casos de dores cronicas intratáveis, neurose obcessiva, ansiedade cronica ou depressão profunda prolongada.

A lobotomia e leucotomia foram utilizadas em pacientes de instituiçöes asilares brasileiras, entre 1936 e 1956. No Brasil, a técnica foi adotada até 1956, passando a ferir o Código de Nuremberg, de 1947, concebido para regulamentar e conter os abusos da experimentaçäo médica em seres humanos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial (AU).

Topectomia

Com o aparecimento de fármacos eficazes contra a ansiedade, depressão e psicoses, nos anos 50, e com a evidência do abuso e danos colaterais, a lobotomia e leucotomia foram abandonadas e hoje em dia, não é mais executada. (Sabbatini, 1997).

Mas este não foi o fim de psicocirurgia. Com o avanço de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como é o caso da neurocirurgia estereotáxica funcional (ou topectomia), os médicos puderam dispor de um novo método para destruir com alta precisão muitas áreas menores do cérebro envolvidas no controlo emocional. O conhecimento científico sobre o sistema que controla o comportamento também foi se tornando mais extenso. Estas lesões pequenas não têm virtualmente nenhum efeito noutras esferas intelectuais ou emocionais, e geralmente são muito eficazes em controlar comportamento violento causado por tumores intracranianos ou por um foco epiléptico irritativo na “parte emocional” do cérebro. Depressão severa intratável e ansiedade, ou dor crónica causada por cancro terminal através de danos ao sistema nervoso, podem ser beneficiados pela cingulectomia estereotáxica (a lesão do córtex de cingular) ou amigdalectomia (a lesão dos corpos amigdalóides).

Transplante Cerebral

É uma cirurgia muito discutida, principalmente sobre questões éticas são os transplantes de tecido cerebral, que podem