Radioterapia
Pesquisas Acadêmicas: Radioterapia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: carenjp • 15/7/2014 • 1.322 Palavras (6 Páginas) • 951 Visualizações
Radioterapia
Radioterapia, ou Rádio-oncologia, é uma especialidade médica focada no tratamento oncológico utilizando radiação ionizante. Há duas maneiras de utilizar radiação contra o Câncer (tumor):
Radioterapia externa: utiliza uma fonte de radiação externa com isótopos radioativos (césio, cobalto) ou aceleradores lineares;
Braquiterapia: é o tratamento através de isótopos radioativos inseridos nos tecidos alvo dentro do corpo do paciente, onde a radiação é administrada.
Radioterapia Externa
É um tratamento de radioterapia em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa. Ou seja, a radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento a radiação também atinge todas as estruturas (tecidos e órgãos) que estiverem no trajeto do feixe de radiação até o tumor.
Nesse caso a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 80 cm no caso das antigas máquinas de cobalto a 1m da região a ser tratada como acontece nos aceleradores lineares. Os equipamentos utilizados na radioterapia externa podem ser quilovoltagem, de megavoltagem e de teleisotopoterapia.
Equipamentos de Quilovoltagem
Uma mulher em tratamento radioterápico.
São tubos convencionais de raios X. A voltagem aplicada entre os eletrodos é no máximo de 250 kV. Por essa razão, esses equipamentos são usados principalmente no tratamento de tumores superficiais (lesões malignas da pele), devido à maior parte da energia do feixe ser depositada a apenas alguns milímetros de profundidade (possuem um pequeno fall-off). As doses administradas neste tipo de técnica são muito variáveis, podendo ir até algumas dezenas de Grays (Gy).
Equipamentos de Megavoltagem
Nessa classe situam-se os aceleradores de partículas como aceleradores lineares e bétatrons. Num caso típico em que os electrões atingem uma energia de 22 MeV, a dose máxima dos a raios-x ocorrerá entre 4 e 5 cm de profundidade, decresce para 83% a 10 cm e para 50% a 25 cm. Portanto, na terapia de tumores nos órgãos mais profundos, como pulmão, bexiga, próstata, útero, laringe, esôfago, etc, usam-se radiações de energias mais elevadas para que se consigam poupar os tecidos sãos mais superficiais.
Braquiterapia
A Braquiterapia é uma forma de radioterapia na qual a fonte de radiação é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente. Materiais radioativos, geralmente pequenas cápsulas, são colocadas junto ao tumor liberando doses de radiação diretamente sobre ele, afetando ao mínimo os órgãos mais próximos e preservando os mais distantes da área do implante.
No quadro abaixo estão relacionadas as diversas fontes usadas na radioterapia e os seus tipos de radiação gerada, energias e métodos de aplicação.
Fonte Tipo de radiação Energia Método de aplicação
Contatoterapia Raios X (superficial) 10 - 60 kV Terapia superficial
Roentgenterapia Raios X (ortovoltagem) 100 - 300 kV Terapia semiprofunda
Unidade de cobalto Raios gama 1,25 MeV Teleterapia profunda
Acelerador linear Raios X de alta energia e elétrons* 1,5 - 40 MeV Teleterapia profunda
Isótopos radioativos Raios gama e/ou beta Variável conforme o isótopo utilizado Braquiterapia
* Os feixes de elétrons, na dependência de sua energia, podem ser utilizados também na terapia superficial
As unidades internacionalmente utilizadas para medir as quantidades de radiação são o röentgen e o gray. O röentgen (R) é a unidade que mede o número de ionizações desencadeadas no ar ambiental pela passagem de uma certa quantidade de radiação. Já o gray expressa a dose de radiação absorvida por qualquer material ou tecido humano. Um gray (Gy) corresponde a 100 centigrays (cGy).
A Radioterapia pode ocorrer em diversas etapas do tratamento contra o câncer: antes, durante ou após a cirurgia e/ou a quimioterapia
Devido ao quadro específico e ao tipo de tumor de cada paciente, existem diversas formas de utilização da Radioterapia. Entre elas, podem ser destacadas:
Radical/Curativa: É conhecida por esses dois nomes e tem a finalidade de controlar o tumor com doses radicais – tentar curar o paciente.
Remissiva: Usada para reduzir o tamanho das células cancerígenas.
Profilática: Utilizada de maneira preventiva, quando não há nenhum tipo de volume tumoral presente, mas detecta-se a existência de possíveis células neoplásicas dispersas.
Paliativa: Quando se busca a diminuição dos sintomas, tais como dor intensa, sangramento, compressão dos órgãos e da parte neurológica e óssea.
Ablativa: Quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração.
Radioterapia: passo a passo:
Consulta médica para avaliação: é o primeiro passo para iniciar o tratamento. O médico radioterapeuta irá avaliar, verificando o estágio da doença e se existe ou não necessidade de realizar a Radioterapia. A partir daí, poderá solicitar exames complementares para definir melhor as áreas comprometidas e que deverão ser irradiadas e orientar quanto ao tratamento (se ele estiver indicado).
Simulação e planejamento: nessa etapa, com o auxílio de um equipamento chamado Simulador, a equipe médica (formada também por físicos e técnicos de radioterapia) irá estudar o melhor posicionamento (do corpo e do local que a radioterapia vai agir) para receber o tratamento. Com
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