Reconhecendo E Controlando Os Efeitos Colaterais Da Radioterapia
Trabalho Escolar: Reconhecendo E Controlando Os Efeitos Colaterais Da Radioterapia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: victorridolphi • 6/10/2014 • 329 Palavras (2 Páginas) • 721 Visualizações
Reconhecendo e controlando os efeitos colaterais da radioterapia
A cavidade bucal é um importante local de ocorrência de tumores malignos, e o carcinoma
espinocelular (CEC) é o tumor mais freqüente, correspondendo a aproximadamente 95% dos casos
(WINGO et al., 1995). O Ministério da Saúde divulgou, em 1991, o levantamento de câncer no
Brasil referente ao período de 1981 a 1985. Do total de 530.910 casos diagnosticados, 25.630
(4,8%) eram da região oral e perioral (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1991). Estima-se que, no Brasil,
5.000 casos novos de CEC são diagnosticados anualmente. Em outro levantamento, realizado pelo
Ministério da Saúde em 1996, foi relatado que o câncer de boca está entre os dez tumores mais
freqüentes em ambos os sexos. Analisando somente o sexo masculino, essa neoplasia figura, no
Brasil, entre os seis tumores mais incidentes. Em algumas regiões, como observado no Hospital
Aristide Maltez, na Bahia, foi o tumor mais freqüente no sexo masculino, correspondendo a 16,5%
dos diagnósticos registrados em 1990 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996). Em alguns países como
índia, Paquistão e Bangladesh, e em algumas regiões da França, o câncer de boca é o principal
tumor (LINE et al. 1995).
O tratamento desse tumor depende, de um modo geral, da localização, do grau histológico,
do estadiamento clínico e das condições físicas do paciente, e é realizado principalmente por meio
de cirurgia, radioterapia (RXT) e quimioterapia (QT). A cirurgia é o tratamento de escolha, e a
RXT pode ser utilizada associada à cirurgia ou exclusivamente nos casos em que esta não é
indicada. Geralmente, a QT é usada de forma paliativa nos casos avançados. Apesar dos benefícios
do tratamento do câncer bucal, a radioterapia provoca efeitos secundários nos locais irradiados.
Com relação à cavidade bucal, as principais alterações ocorrem em pele, mucosa, ossos, glândulas
salivares e dentes (VMITMYER 1997). Sendo assim, o cirurgião-dentista deve fazer parte da
equipe multidisciplinar que aborda o câncer bucal, tendo papel importante no diagnóstico, no
planejamento e no manejo das complicações oriundas do tratamento.
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