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Resenha

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Por:   •  12/5/2014  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  1.667 Visualizações

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RESENHA DO FILME: “A PRIMEIRA VISTA”

O Objetivo do presente trabalho é relacionar a história relatada no filme “À primeira Vista”, com os processos básicos sensação e percepção. A sensação, que é a recepção de informações do meio, coleta e recodificação inicial por parte das estruturas sensoriais, isto é, nos remete aos estímulos externos captados pelos nossos órgãos do sentido. E a percepção que diz respeito à interpretação das informações, uma visão de mundo subjetiva construída por nosso cérebro, diz respeito à forma de como nosso cérebro recebe, decodifica, interpreta e lê esses estímulos.

O filme é baseado em uma história real, gira em torno de um romance entre Virgil e Amy. Virgil é cego, porém ele vive bem e adaptado a essa condição. Com a influência e insistência de Amy, Virgil resolve fazer uma cirurgia, recuperando a capacidade de ver. Contudo, quando todos pensaram que isso seria o fim da história, na verdade revela-se um novo capítulo dramático para ela: Virgil consegue ver, mas não sabe entender o que vê. Gradualmente, a sensação foi se adaptando e ganhando corpo, contornos, formas e cores, porém a percepção não evoluiu da mesma forma tornado- se um grave problema, o qual tornou sua vida um verdadeiro caos e sofrimento. Amy muito dedicada em ajuda- lo resolve levar Virgil em um terapeuta visual. Virgil foi diagnosticado com um raro caso de agnosia visual, que significa a incapacidade de compreender o que vê, explicado por pura falta de treino. O cérebro de Virgil não tem defeito algum. E o terapeuta lhe profere a seguinte frase: "Você precisa aprender a ver, Virgil, assim como precisou aprender a falar". Apesar de poder ver os objetos, Virgil só consegue discriminá-los satisfatoriamente quando os toca. Seus comportamentos encobertos relacionados a compreensão do ambiente ainda são baseados fundamentalmente no sentido do tato. Em outro momento, Virgil não consegue discriminar uma maçã real de uma ilustração de uma maçã. O que consegue com exatidão apenas depois de tocar as duas. Isso ocorre porque Virgil não tem "vocabulário visual", isto é parte do repertório sensorial de comportamentos necessários para ver.

Conclui-se então, que o filme relata perfeitamente a diferença entre esses dois processos e a necessidade de todos nossos sentidos passarem pela experiência, pelo contato, pela prática, seja ela qual for, para que possamos desenvolver a percepção. No caso de Virgil ele ainda precisava muito do sentido do tato, que era a forma de como ele melhor compreendia o mundo.

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