Resenha do Capitulo 4 do Livro Psicossomática
Por: Giullia Rodrigues • 25/3/2020 • Resenha • 2.910 Palavras (12 Páginas) • 194 Visualizações
Resenha do capítulo 4: Informar e motivar o paciente. Cap.4
Aluna: Giullia Rocio Rodrigues.
CAPÍTULO 4 – ENTREVISTA CLÍNICA
- Conselhos explícitos ou mensagens unidirecionais são eficazes(de forma limitada mas suficiente).
Entrevista semiestruturada para a parte resolutiva
– Informar sobre a natureza do problema. Enunciação.
– Propor um plano de ação em um clima de diálogo.
– Explicar o tratamento e a evolução previsível.
– Comprovar a compreensão e/ou o consentimento do paciente.
– Tomar precauções e concluir a entrevista.
Aspectos formais na emissão da informação:
- É importante educar nosso modo de falar, evitando uma voz inaudível e monótona;
- Frases curtas e pausadas;
- Evitar termos médicos;
- Evitar termos com alta carga emocional(p. ex., “câncer”, “agressivo”, “incurável”, por si sós esses termos já desencadeiam uma resposta emocional);
- Complemento visual-tátil;
- Utilização de termos mais neutros.
Enunciação do problema de saúde
- Enunciação simples: “O senhor tem uma bronquite crônica. Sabe o que isso significa?”
- Enunciação múltipla: “O senhor tem vários problemas: está com a pressão alta, com uns 10 quilos de sobrepeso e com o fígado um pouco infl amado. Além disso, como o senhor mesmo diz, está submetido a muito estresse no trabalho. De todos esses problemas, o mais urgente e no qual vamos nos concentrar hoje é a pressão arterial.”
- Enunciação autoritária: pode ser adequada para provocar uma ancoragem diagnóstica (ex: paciente com alcoolismo e sintomas físicos que o indicam, e nega ingerir excesso de bebida alcóolica)
- Enunciação parcimoniosa x Enunciação autoritária 🡪 casos de divergência com a expectativa do paciente: autoritária é necessária em casos graves
- Em casos de discordância com a situação proposta na enunciação autoritária (“insistência do paciente em negar que o sintoma é origem do hábito de beber em excesso”) 🡪Resposta avaliativa (entender o ponto de vista do paciente);
- Geralmente profissionais atuam com a resposta justificativa (apenas confirmar seu diagnóstico e pedir que o paciente deixe de negar);
Proposta de ação
Na entrevista que analisamos, o profissional propõe um tratamento. Às vezes, existem várias opções válidas e, nesse caso, expressaremos isso com toda a honestidade. Também pode ser oportuno acrescentar: “o senhor tem mais algumasugestão?”. Se o paciente propor uma medida claramente inadequada, (“gostaria de fazer uma TC”), daremos uma resposta avaliativa seguida de uma cessão intencional: “anotei” a sua opinião, mesmo que não coloquemos de maneira imediata a ideia em prática. Com essa técnica, o paciente sente que foi escutado, e sua ansiedade diminui. Se de qualquer modo insistisse em sua solicitação de radiografia, estaríamos diante de uma entrevista de negociação.
Confirma a assimilação (se o paciente compreendeu), toma precauções e encerra a entrevista
- Assimilação não deve assumir tom de censura (“Vai lembrar de todos os conselhos que dei ao senhor? Às vezes, não é fácil”);
- Silêncio para facilitar que o paciente relembre as instruções;
- Deixar claro que voltar em outra consulta (dúvidas, casos em que não há melhora)não trata-se de um incômodo;
- O contato por telefone pode ser importante e auxiliar, desde que com limitações (de horários, assuntos mais graves que carecem resolução presencial) 🡪 ACESSIBILIDADE
Prescrição de um fármaco: elementos de segurança
- Anotar medicamentos preferidos pelo paciente e os que fizeram mal
Técnicas de informação
– Investigar quais são as áreas de interesse e as expectativas do paciente.
– Informar sobre a natureza do problema.
– Procurar a participação.
– Realizar uma “venda” adequada da opção terapêutica escolhida. Criar confiança.
– Explicar o tratamento e a evolução previsível.
– Conferir a compreensão e/ou consentimento do paciente.
– Tomar precauções.
OBS! Tipos de pacientes 🡪página 126
Investigar as áreas de interesse
- Muitos pacientes não têm grande interesse em saber “o que é essa doença” ou sua fisiopatologia e, em compensação, podem estar muito interessados em aspectos mais práticos, como a dieta, quando tomar os remédios, prognóstico, complicações, etc.
Informar sobre a natureza do problema
- Comparar a doença do paciente com algo relacionado ao cotidiano (ex: hipertensão arterial com o encanamento da casa) 🡪técnica de exemplificação
Procurar a participação do paciente
- Ocupação verbal🡪medir a porcentagem de tempo ocupado pela fala do paciente e do profissional
- Falsa bidirecionalidade 🡪entrevistador tem um estilo tão reativo que praticamente não permite que o paciente participe
“Vender” adequadamente a opção terapêutica escolhida. Criar confiança
- Depende de vários fatores, entre eles a assertividade(expressar-se com segurança, moderar as reações emocionais do paciente sem cair na agressividade nem na passividade)
- Não tratar o problema do paciente como algo banal
- Racionalidade da medida terapêutica 🡪explicar ao paciente como funciona o tratamento que recomendamos
- Explicar a evolução previsível🡪importante para aumentar a controlabilidade do paciente(ou seja, a sensação de que controla seu processo terapêutico) e evitar que retornem poucos dias depois
- Técnica estereognóstica: enche-se o braçal do esfigmomanômetro até a pressão sistólica do paciente, e então se diz: “Observe a força do braçal sobre seu braço, e agora, por favor, compare com essa outra...” E o braçal é esvaziado até 120. “Toda essa força a mais o seu coração faz a cada batida; controlar sua pressão significa aliviar o senhor de todo esse desgaste diário.”
- Outra técnica muito importante é detalhar as instruções e as mudanças comportamentais e dar as instruções por escrito.
Educar e motivar para a adesão terapêutica (cumprimento)
– Suspeitar ou detectar deficiências ou erros no cumprimento terapêutico.
– Apoiar a boa predisposição do paciente.
– Ser realista e priorizar os objetivos terapêuticos: um passo depois do outro.
– Procurar o apoio dos profissionais de enfermagem.
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