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Resenha - Capítulo 10, 11, 12 - Livro: Microeconomia - Pyndick e Rubinfield

Por:   •  6/7/2017  •  Resenha  •  2.042 Palavras (9 Páginas)  •  787 Visualizações

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RESUMO – CAPÍTULOS 10, 11 e 12 – LIVRO: MICROECONOMIA – PYNDICK E RUBINFIELD

Capítulo 10

O monopólio é exatamente o oposto da ocorrência da concorrência perfeita. Diferentemente de um mercado competitivo, — onde o equilíbrio entre a oferta agregada e a demanda agregada determina o preço — os preços no monopólio são controlados por um agente. Em outras palavras, uma firma tem o controle completo do mercado, onde os monopolistas pareiam os preços ao redor da demanda pelos produtos ou serviços, podendo alterá-lo quando acharem necessário em vista da maximização dos lucros, caracterizando um elevado poder de mercado.

Apesar de possuírem poder sobre os preços, os monopolistas não os elevam demasiadamente. Isso levaria a uma queda de demanda na maioria dos mercados devido à existência dos bens substitutos, levando a uma queda de produção e minimizando o lucro da firma. Como o objetivo de toda a firma é justamente o oposto os preços devem ser norteados pelo custo marginal e pela receita marginal, mais precisamente quando os dois forem iguais, quando é revelada a quantidade que se produzida maximiza o lucro.

Como mercados monopolistas não possuem curva de oferta, é a elasticidade da demanda que determina o poder de monopólio da empresa que possui a completa fatia do mercado. Assim, quando existe apenas uma empresa no mercado de um determinado produto, ela poderia aumentar o preço acima do custo marginal quando a demanda for inelástica, pois gera aumento de receita, já que a quantidade demandada continua constante. Dito isso, é possível concluir que a elasticidade da demanda de mercado que caracteriza as capacidades de poder de monopólio do produtor, ou, no caso de um monopólio não puro, dos produtores.

As empresas monopolistas, com o intuito de permanecerem exercendo seu poder de monopólio, podem se envolver em um processo conhecido como captura de renda, no qual elas despendem importâncias para adquirir ou manter sua capacidade de controle da oferta de bens. Essas importâncias geralmente são usadas para lobbys políticos, como por exemplo financiamentos de campanhas para receber em troca apoio em possíveis leis que impeçam a entrada de outras empresas no mercado ou um relaxamento nas leis antitruste.

Por ser uma atividade extremamente prejudicial para o andamento de um mercado e para o consumidor, as ocorrências do monopólio puro são coibidas pelo governo através de leis antitruste, que procuram evitar que empresas se fundam com o objetivo de dominar a oferta de determinado produto, inflando seu poder de monopólio.

Entretanto, nem todos os tipos de monopólio são desvantajosos para o consumidor. As empresas de monopólio natural, por exemplo, podem despender toda a oferta necessária para o mercado a um custo inferior ao que existiria caso outras empresas estivessem em concorrência com elas.

Análogo ao monopólio, no monopsônio há várias empresas ofertando determinados bens ou serviços para um só comprador. Numa ocorrência pura desse fenômeno, o poder de monopsônio — capacidade do comprador monopsonista de tornar o preço mais baixo que o valor marginal — é norteado pela elasticidade da oferta. Em praticamente todas as suas propriedades, o monopsônio — que pode ser um oligopsônio, caso haja poucos compradores — é correlativo ao monopólio, com as diferenças sendo localizadas apenas com as inversões provindas da unicidade do comprador e não do ofertante.

Quando o monopólio e o monopsônio acontecem juntos em um mercado, denomina-se monopólio bilateral. Quando é apenas um comprador e um vendedor, os dois encontram-se em condições de barganhar, dificultando uma previsão. Já quando são poucos compradores e poucos vendedores, os poderes se contrabalanceiam, deixando o mercado com ares de totalmente competitivo. Entretanto, um dos poderes tende a se sobressair, tornando o monopólio ou o monopsônio mais forte.

Capítulo 11

As empresas com poder de mercado são mais complicadas de administrar, pois os preços de seus produtos não são automaticamente estabelecidos pelo equilíbrio de mercado. Assim, os administradores têm que se preocupar com as flutuações das demandas e o quanto a produção extra, por exemplo, afeta a curva da demanda. A partir dessas análises, eles chegam ao preço maximizador de lucros.

Porém, há estratagemas conhecidos como estratégias de preços, onde os administradores usam de artimanhas para tornar a empresa ainda mais lucrativa. Uma dessas formas é o trânsito de excedente do consumidor para excedente do produtor, consequência da cobrança distinta de preços de diferentes compradores, dependendo de onde estejam localizados na curva de demanda, base da discriminação de preços. Em caso de sucesso, essa política aumenta ainda mais o lucro da empresa, pois faz com que cada tipo de comprador pague o que tem condições por determinado produto, a partir das análises feitas da curva de demanda.

A discriminação de preços é dividida em três graus; o primeiro grau é definido pela prática de cobrar de cada cliente o seu preço de reserva, ou seja, o preço máximo que ele está disposto a pagar. Na prática, a discriminação de primeiro grau é quase impossível, primeiramente porque é improvável que a empresa consiga cobrar preços diferentes de cada cliente, e em segundo lugar, uma empresa não tem meios de saber o preço de reserva de cada cliente, além de, é claro, pergunta-lo, o que não seria confiável, já que o cliente pode não ser honesto para conseguir pagar menos. No caso de trabalhadores autônomos, é mais alcançável a discriminação de primeiro grau, como no caso de um médico que pode cobrar menos de um paciente de baixa renda e mais de um com renda mais alta.

O segundo grau é determinado pela discriminação do preço de acordo com a quantidade consumida, onde se cobra preços diferentes para quantidades diferentes da mesma mercadoria ou do mesmo serviço. O principal exemplo dessa discriminação é o desconto por quantidade, quando um consumidor, por exemplo, pode escolher entre pagar cinco centavos em uma unidade de chiclete ou um real em uma caixa com vinte, que custaria dois reais se fosse computado o preço da unidade.

O terceiro e mais comum grau é praticado dividindo os consumidores em dois ou mais grupos, com curvas de demanda separadas para cada grupo — a diferença entre as tarifas aéreas de primeira e segunda classe é o exemplo mais usual do terceiro grau.

Outra estratégia de preço é a chamada discriminação de preço intertemporal, no qual a empresa divide os consumidores em grupos de alta e baixa demanda por meio da cobrança de preços altos no início e mais baixos depois. Há também o preço de pico, que também é relacionado a preços diferentes em momentos diferentes. Nele, é cobrado um preço próximo do custo marginal, com o objetivo de aumentar a eficiência econômica.

Para capturar o excedente do consumidor, as empresas também utilizam a tarifa em duas partes. Isto é, a empresa exige que o consumidor pague uma taxa inicial para ter o direito de adquirir um determinado produto. Um exemplo é o parque de diversões, onde é pago pelo direito de adentrar à área do parque e para a utilização do brinquedo.

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