Riscos Ocupacionais
Dissertações: Riscos Ocupacionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TiagoAmaral • 28/3/2015 • 3.616 Palavras (15 Páginas) • 682 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Segurança no trabalho tem sido um dos assuntos mais discutidos atualmente, devido a grande ocorrência de acidentes e diversas situações na qual o funcionário acaba lesado de alguma forma devido a falta de segurança. Todas as profissões têm riscos ocupacionais, independente de qual seja.
A palavra risco origina-se do latim risicus, do verbo resecare - cortar; significa perigo, inconveniente, dano ou fatalidade eventual, provável, às vezes até previsível. No ambiente de trabalho podem ser ocultos, quando o trabalhador não suspeita de sua existência; latentes, quando causam danos em situações de emergência; reais quando conhecidos por todos, mas com pouca possibilidade de controle, quer pelos elevados custos exigido, quer pela ausência de vontade política para solucioná-los (BULHÕES, 1994).
Os riscos ocupacionais são fatores nocivos do ambiente e as condições físicas, organizacionais, administrativas ou técnicas existente nos locais de trabalho, que propiciam a ocorrência de acidentes de trabalho e/ou adoecimentos (HAAG, 2001).
A questão envolvendo a segurança, a higiene e a medicina do trabalho foi definida no Brasil como matéria de direito constitucional: é direito do trabalhador exercer sua função em ambiente de trabalho seguro e sadio, conforme o inciso XI do artigo 7º da Constituição Federal vigente que prevê ainda a proteção ao trabalhador em face da automação, através do inciso XXVII daquele artigo. Desta forma busca-se garantir a redução dos riscos por meios de normas de saúde, higiene e segurança.
Esse problema ocasiona aos profissionais de enfermagem o afastamento de suas atividades, elevando o índice de absenteísmo nas instituições, com repercussões na qualidade de vida do trabalhador, na organização dos serviços e no atendimento ao usuário. As ocorrências de doenças ocupacionais constituem um dos principais problemas que acometem os trabalhadores de instituições hospitalares em geral e os de enfermagem em particular (MENDES, 1999).
2. OBJETIVO
Realizar, uma proposta de educação simulada sobre o tema “Riscos ocupacionais para trabalhadores de enfermagem”, visando orientar e conscientizar todos os profissionais da área sobre os benefícios destes conhecimentos para sua biossegurança.
3. METODOLOGIA
3.1 Delineamentos do estudo
Este será um estudo não experimental do tipo descritivo.
3.2 Local do estudo
O estudo foi realizado na Universidade Paulista – UNIP – Campus JK em São José do Rio Preto, em abril de 2014 no período noturno.
3.3 População e amostra
A população do estudo foi composta pelos alunos matriculados na disciplina Biossegurança e Ergonomia, contemplando o curso de Enfermagem e Nutrição do período noturno da Universidade Paulista – UNIP – Campus JK em São José do Rio Preto.
3.4. Procedimento
Foi realizada uma explanação oral, através de apresentação com banner (anexo), do tema proposto, visando orientação e conscientização dos profissionais da área sobre os benefícios deste s conhecimentos para sua biossegurança.
4. DISCUSSÃO
O presente trabalho procurou-se abordar os riscos ocupacionais para o profissional de enfermagem enfatizando os riscos biológicos. Os temas serão apresentados a seguir:
4.1 Riscos ocupacionais e a enfermagem
A preocupação dos profissionais da saúde com a sua própria saúde é recente, pois estes concentram a sua atenção em assuntos relacionados ao aperfeiçoamento de sua atividade, no sentido de adquirir novos conhecimentos técnicos, uso de novos equipamentos e fármacos, entre outros, visando à melhoria na assistência aos pacientes, esquecendo-se do seu próprio cuidado, principalmente em relação aos riscos, aos quais está exposto na realização de suas ações (NUNES et al., 2010). A partir da década de 40, o Brasil passou a dar atenção aos problemas relacionados com o exercício profissional (GUGLIELMI, 2010). Historicamente os trabalhadores da área da saúde não eram considerados como categoria de alto risco para os acidentes de trabalho. A preocupação com os riscos biológicos surgiu somente a partir dos anos 80 quando foram estabelecidas normas para as questões de segurança no ambiente de trabalho (SILVA; ZEITOUNE, 2009).
A enfermagem exerce papel central e de grande importância no atendimento ao paciente/cliente, estando assim exposta aos fatores de riscos, acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, entre outras situações, pelo fato de permanecer maior parte de seu tempo ao lado do cliente e em contato íntimo com a insalubridade ambiental (SILVA, 1998). Porém, muitos profissionais de enfermagem não se dão conta destes riscos e não têm o conhecimento e qualificação necessários para a atuação ou muitas vezes são negligentes deixando de realizar os procedimentos de maneira correta e padronizada. Além disso, existe a falta de treinamento de equipe, supervisão inadequada, falta de equipamentos adequados, falta de normas ou falta da aplicação das mesmas e ainda a jornada de trabalho que por muitas vezes leva o funcionário a exaustão e/ou estresse que faz com que diminua a produtividade e a atenção.
Figura 1.1 : Estatísticas referente a acidentes dos profissionais de enfermagem. Fonte: http://www.scielo.br/ - Riscos ocupacionais entre trabalhadores de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva (UNICAMP), 2001
4.2 Normas Regulamentadoras
No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, 8 de junho de 1978, são de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras
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