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SEMIOLOGIA DA ATM

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Por:   •  30/11/2014  •  2.332 Palavras (10 Páginas)  •  1.063 Visualizações

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Semiologia da Articulação Têmporo Mandibular

A mandíbula é considerada o osso do corpo humano que mais se movimenta: mastigação, fonação e deglutição.

Os músculos são responsáveis pela funcionalidade da mandíbula e nesta ação não só mo-vem esse osso, como orientam a direção dos movimentos dentro das limitações impostas pelos ligamentos.

A ATM e seus ligamentos provêm do aparelho mecânico mastigatório, que pode, clini-camente, funcionar quando uma organização especializada do sistema muscular produz o movimento.

Então, os problemas de disfunção de ATM estão relacionados com a sua neuromuscula-tura e estão ligados à má oclusão, à perda dos dentes posteriores(porque ocorre diminui-ção da dimensão vertical da face, determinando pressão sobre a inervação auriculotempo-ral e corda do tímpano) e ao espasmo da musculatura mastigadora(excessiva tensão dos músculos). Os sintomas constantes provenientes dessa disfunção são a dor e a limitação do movimento, mas outros podem também estar presentes.

Morfofisiologia:

A ATM é um conjunto de estruturas anatômicas, que com a participação de grupos mus-culares especiais, possibilita que a mandíbula execute vários movimentos durante a mas-tigação.

Possui inter-relação dental e revestimento de fibrocartilagem. É uma articulação móvel que fica entre a mandíbula e o temporal fazendo articulação da mandíbula com o crânio. É diartrose, bicondiliana e bilateral.

Ela é constituída de:

- Elementos ósseos: cavidade glenóide e tubérculo articular, ambos no temporal, e côndilo da mandíbula na mandíbula.

- Cartilagem articular: recobre a cabeça da mandíbula e insere-se no processo zigo-mático do temporal, no colo do côndilo mandibular e fixa-se ao disco articular.

- Disco ou menisco: placa fibrocartilogênea, que recobre a cartilagem articular. Entre ela estão os espaços supra-meniscal e infra-meniscal compostos de líquido sinovial que é pobre em energia e tem a função apenas de lubrificar as superfícies articula-res.

- Ligamentos:

O principal é o temporomandibular que parte do tubérculo articular no temporal e vai até o côndilo da mandíbula. Os acessórios são o esfenomandibular que começa na espinha esfenoidal e insere-se na língula da mandíbula, o estilomandibular, que vai do processo estiloide no temporal à face posterior do ramo da mandíbula, e o pterigomandibular que vai do processo pterigóide no osso esfenóide até o trígono retro molar da mandíbula.

Os músculos elevadores e abaixadores da mandíbula, bem como os que intervêm nos movimentos de lateralidade, protrusão e retrusão da mandíbula fazem parte da ATM, se não topograficamente, pelo menos fisiologicamente; são músculos mastigadores.

Em suma, a ATM se constitui em um sistema em que as partes estão de tal forma inti-mamente ligadas que o distúrbio ou a má função de qualquer uma delas provoca o dese-quilíbrio de todo este sistema.

Semiotécnica da ATM:

O exame detalhado da ATM deve obedecer a uma sequência rigorosa, pois os sinais e os sintomas podem variar desde um simples desconforto até a dor intensa. A limitação dos movimentos também são um dado clínico constante. E outros sinais e sintomas podem ou não estar presentes.

Os sinais e sintomas das disfunções da ATM podem ser classificados em:

1-Dor e seqüelas

2-Sons articulares

3-Movimentos mandibulares alterados

Dor e seqüelas

A natureza da dor pode ser melhor descrita como surda. Sua extensão, duração e intensi-dade variam de um indivíduo para outro. É geralmente unilateral. Quando bilateral, não é simétrica. Talvez a sua intensidade não incomode tanto quanto sua presença inflexível.

Há alguns intervalos sendo a dor perceptível ao acordar, após as refeições(mastigação mais rigorosa) e no final e um dia cansativo.

A dor centraliza-se na ATM e nos músculos, principalmente no masseter, no supra-hióideo nos pterigóideos, no milohióide no genioglosso e nos músculos cervicais. Essa dor localizada é chamada “área de gatilho” ou “trigger área". Porém, grupos musculares mais afastados são dolorosamente envolvidos, e a dor pode ocorrer também, com menor freqüência, em áreas onde não há ação muscular, como arco zigomático, espaço subman-dibular.

As seqüelas mais freqüentes são a parestesia, vertigem e alteração da audição. A má po-sição dos côndilos nas fossas articulares ou a pressão exercida por eles nas paredes poste-riores pode causar a perda de equilíbrio, porque esta pressão pode ser transmitida ao ou-vido médio,causando transtornos ao labirinto e ao sistema neuromuscular.

A parestesia pode ser descrita como alteração transitória da sensibilidade. Nota-se o a-dormecimento de uma região facial,podendo não estar associada com a dor. Quando esti-ver associada, a parestesia pode preceder a dor ou excede-la em duração.

A parestesia pode envolver uma sensação térmica ou de queimadura, principalmente na parte posterior do conduto auditivo, quando são realizados os movimentos de abertura da mandíbula. A dor “ardente”, que freqüentemente é descrita como sintoma bucal isolado, envolve o rosto, a língua ou a gengiva e é uma constante nas alterações da ATM, geral-mente associada a problemas de má oclusão.

Movimentos mandibulares

A limitação do movimento mandibular é um sinal constante. Isso ocorre devido à contra-ção dos músculos mastigadores, em conseqüência dos estímulos dolorosos. Além da limi-tação, os movimentos se tornam irregulares provocando um desvio da mandíbula, tanto em relação à oclusão,como durante sua abertura e fechamento.Devido a isso é mais apro-priado considerar esta limitação mandibular como um sinal clínico. Observa-se geral-mente que a limitação do movimento,quando não associada à dor,deve-se a uma obstru-ção mecânica no interior da articulação e se sucede a um episódio de estalido sem limita-ção.

O desvio da mandíbula numa posição de oclusão tem sido observado com o paciente a-dormecido. Esta posição pode ser mantida por longos períodos e deve-se ao espasmo do pterigóideo lateral do lado envolvido. A oclusão pode ser mantida em alguns poucos con-tatos,

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