Saude
Ensaios: Saude. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: CARDES • 28/3/2015 • 1.569 Palavras (7 Páginas) • 231 Visualizações
O que é Desnutrição?
Desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes. Dependendo da gravidade, a doença pode ser dividida em primeiro, segundo e terceiro grau. Existem casos muito graves, cujas consequências podem chegar a ser irreversíveis, mesmo que a pessoa continue com vida. Entretanto, a desnutrição pode ser leve e traduzir-se, sem qualquer registro de sintomas, numa dieta inadequada.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a desnutrição contribui com mais de um terço das mortes de crianças no mundo, apesar de raramente ser listada como a principal causa. Nos anos 70, cerca de 30% das crianças entre 5 e 9 anos estavam com déficit de altura no Brasil, um forte indicador de desnutrição de longa data na infância.
Falta de acesso a alimentos com alto valor nutritivo é uma causa comum de desnutrição. Hábitos alimentares pobres, tais como amamentação inadequada, ingestão de alimentos pouco nutritivos e a falta de instrução sobre o valor nutricional dos alimentos contribuem para a desnutrição. Infecções frequentes ou persistentes, como diarreia, pneumonia e malária também são determinantes para o aparecimento da desnutrição.
Os nutrientes com maiores índices de deficiência são:
Ferro
Entre os problemas de saúde mais comuns na infância, a anemia representa uma das carências de maior prevalência em nível mundial, afetando especialmente os países em desenvolvimento. Crianças com excesso de peso também desenvolvem anemias por deficiência de ferro. Os mecanismos pelo qual a obesidade e a deficiência de ferro estão interligadas, ainda não estão totalmente esclarecidos. A baixa ingestão e o aumento das necessidades de ferro podem ser as principais causas da carência. A inflamação causada pelo excesso de gordura corporal promove desgaste das reservas de ferro no corpo. O ferro é um nutriente fundamental para todo o organismo e participa de processos vitais como o transporte de oxigênio. Um sintoma comumente reportado na deficiência de ferro é a fadiga. A sensação de cansaço e baixa energia impactam no bem-estar e prejudicam as funções cognitivas de memória e aprendizado da criança. Fontes de ferro são carnes, frutos do mar, nozes, castanhas, feijões, sementes e folhosos verdes escuros.
Zinco
Períodos de crescimento rápido, como na infância e adolescência, são particularmente mais vulneráveis à carência de zinco dietético. Estudos relatam a ocorrência de deficiência deste mineral em crianças com sobrepeso/obesidade. A baixa concentração de zinco pode ser causada por alguns fatores: alto consumo de alimentos ricos em cálcio (leite e derivados) ou simplesmente pela ingestão baixa de alimentos contendo zinco. O zinco é um mineral essencial para o desenvolvimento e crescimento. Ele também ajuda a manter o sistema imunológico para combater doenças infecciosas. Além disso, a deficiência de zinco pode aumentar ainda mais o depósito de gordura e reduzir a massa muscular corporal, favorecendo o sedentarismo e o ganho de peso. Deste modo, se faz necessária a ingestão de alimentos fontes de zinco como carnes, frutos do mar, aves, amendoim, semente de abóbora, nozes e castanhas.
Cálcio
Crianças obesas apresentam alta prevalência de deficiência de cálcio. A falta desse mineral na infância pode prejudicar o crescimento e levar a osteoporose na vida adulta. O consumo de refrigerante, principalmente do tipo cola, é uma das principais razões da redução do cálcio na dieta das crianças. Os refrigerantes são ricos de cafeína, sódio e fósforo que diminuem a quantidade dessa substância no corpo através do bloqueio da ação do cálcio e aumento de sua eliminação pela urina. Segundo pesquisas norte-americanas, 57% das crianças entre quatro e seis anos ingerem uma quantidade de cálcio abaixo do necessário. Boas fontes de cálcio são: sardinha, brócolis, laticínios, semente de abóbora, semente de linhaça, semente de gergelim, folhosos verdes escuros.
Vitamina A
A deficiência de vitamina A é considerada um problema grave e de acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 2,8 milhões de crianças em idade pré-escolar no mundo são clinicamente afetadas pela hipovitaminose A. A deficiência grave desta vitamina geralmente ocorre em crianças desnutridas com baixo peso, mas formas mais leves de deficiência podem ser vistas em crianças com sobrepeso. As causas da carência de vitamina A são a ingesta inadequada de vitamina A e os surtos infecciosos que consomem a vitamina pelo sistema imunológico. Produtos de origem animal são fontes de vitamina A, enquanto que frutas e hortaliças amarelas e vermelhas são fontes de pró-vitamina A.
Vitamina E
Estudos mostram a ocorrência de baixo consumo e reduzido níveis sanguíneos de alfa-tocoferol (vitamina E) em adultos e também em crianças e adolescentes obesos. E sabe-se que esta carência está associada ao maior risco de doenças cardíacas. Boas fontes de vitamina E são óleos vegetais como azeite de oliva e óleo de canola e sementes como linhaça, abóbora e girassol.
Vitamina C
Crianças acima do peso em geral tem alimentação deficiente em frutas e vegetais, principais fontes naturais de vitamina C. O ácido ascórbico é um micronutriente importante para o crescimento e desenvolvimento adequado da criança. Participa do bom funcionamento digestivo, do sistema imunológico e da formação de esqueleto, entre outras funções.
Ácidos graxos essenciais
Crianças com sobrepeso/obesas não tem o hábito de consumir peixes gordurosos, oleaginosas (como nozes, castanhas, amendoim e pistache) e sementes (como girassol, linhaça, chia e abóbora), que são fontes de gorduras importantes para o sistema nervoso e imunológico. Na infância seus efeitos estão sendo estudados e já se observaram efeitos positivos na asma brônquica, desordens neuropsiquiátricas e disfunções cerebrais. Alguns ácidos graxos essenciais como o ômega 3 são capazes de melhorar a ação da insulina e na sua deficiência esses efeitos benéficos são reduzidos.
Vitamina D
As crianças não estão tomando tanto sol quanto deveriam, elas não fazem mais atividades na rua. O sedentarismo faz as crianças permanecerem menos tempo sob o sol e possivelmente esse é um dos motivos pelo qual os obesos apresentam baixos níveis de vitamina D no sangue. A vitamina D pode ser produzida pelo próprio organismo pela exposição aos
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