Saude Do Idoso
Exames: Saude Do Idoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ingridsaude • 14/10/2013 • 9.994 Palavras (40 Páginas) • 651 Visualizações
INTRODUÇÃO
O crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos é um fenômeno mundial e está ocorrendo a um nível sem precedentes. Entre 1950 e 1998 houve um crescimento de quase 8 milhões de pessoas idosas por ano. As projeções indicam que, em 2050, a população idosa será de 1,9 bilhão de pessoas. (ANDREWS, 2000, p. 247).
O Brasil passa por uma mudança em sua estrutura etária, com aumento da população de idosos e da expectativa de vida. A perspectiva de crescimento da população acima de 60 anos colocará o Brasil, dentro de 25 anos, como a 6ª maior população de idosos no mundo em números absolutos. Atualmente, contamos com o número de 16 milhões de indivíduos com 60 anos ou mais, que passará a ser 32 milhões em 2025, representando 15% de nossa população total. (IBGE).
“O envelhecimento traz vulnerabilidades decorrentes de perdas biológicas que são diferenciadas por gênero, idade, grupo social e regiões geográficas, entre outros, que podem ser reforçadas ou atenuadas pelo contexto sociocultural.” (CORTE, 2006).
O conceito de saúde nessa faixa populacional é abrangente e não se restringe à presença ou ausência de doença ou agravo e é estimada pelo nível de independência e autonomia. Um grande desafio no cuidado ao idoso é conseguir uma longevidade maior, integrando qualidade de vida com preservação da capacidade funcional.
OBJETIVOS
1. Sistematizar a metodologia de assistência à saúde do idoso nas unidades, com foco nos cuidados gerais e na reabilitação física, mental e social;
2. Avaliar os fatores que influenciam a independência e autonomia dos idosos, identificando-os e propiciando dados sistematizados e mensuráveis que definam metas assistenciais e objetivos relativos ao cuidado e à reabilitação;
3. Definir metas, parâmetros de avaliação e objetivos do cuidado e da reabilitação do paciente idoso, elaborando o plano terapêutico individual.
4. Orientar as ações da Equipe Saúde da Família e NASF na atenção à Saúde da Pessoa Idosa nas Unidades de Atenção Básica.
1 CONHECENDO O CLIENTE
1.1 ENVELHECIMENTO E VELHICE
No Brasil, é definida como idoso a pessoa que tem 60 anos ou mais. Assim como Brasil, na cidade de São Paulo, a população idosa tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais, chegando a 11,9% da população total (IBGE, 2010).
O rápido crescimento da população idosa, em poucos anos irá mudar completamente o atual quadro demográfico, trazendo efeitos significativos em todos os níveis da sociedade, principalmente na saúde pública e consequentemente para os profissionais da saúde, requerendo cada vez mais qualificação
e excelência no atendimento deste segmento etário.
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - tem afirmado que o contingente populacional da pessoa idosa tem indicadores expressivos em termos absolutos e de crescente importância no conjunto da sociedade brasileira, demandando novas exigências de políticas públicas de saúde e inserção ativa das pessoas idosas na vida social. A saúde pode exercer forte impacto na qualidade de vida das pessoas idosas na medida em que se oferece um maior acesso aos serviços de saúde.
Além dos aspectos demográficos e epidemiológicos devemos destacar a questão cultural, pois, cada sociedade vive de forma diferente, esta fase da vida. O envelhecimento é definido como a mudança na estrutura etária da população, o que produz um aumento relativo do número das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice. Os incontáveis modos de envelhecer podem ou não, garantir o envelhecimento saudável e ativo. A velhice possui também a dimensão existencial, definida pela relação que o sujeito tem do mundo e com a sua própria história. Viver é envelhecer e envelhecer é viver.
O processo de envelhecer é sem dúvida algo natural e gradual no ciclo de vida, diferindo de um ser para outro, refletindo uma experiência heterogênea. O envelhecimento, a velhice e as pessoas idosas, revelam a necessidade de discussões mais aprofundadas. Envelhecer com dignidade é um direito humano fundamental. Toda a sociedade deve reunir esforços para a garantia desse direito. Para tanto, torna-se necessário o processo contínuo de formação dos profissionais da área de saúde para que a melhoria da qualidade da assistência possa ser garantida.
COMO DEVEMOS CHAMAR O SEGMENTO ETÁRIO
Há várias palavras e expressões para designar as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Nas políticas públicas tem sido praxe designá-las como PESSOAS IDOSAS. Não existe nenhuma resolução formal que oriente esta iniciativa. A expressão Pessoa Idosa atende as discussões de gênero, contemplando dessa forma, homens e mulheres que se encontram nesta faixa etária, garantindo o respeito à diversidade dos papéis sociais conquistados ao longo da trajetória histórica dos cidadãos e cidadãs que vivem o envelhecimento.
Outra expressão que foi muito utilizada e que tem perdido espaço é “Terceira Idade”. Trata-se uma expressão traduzida do francês e que foi na última década muito utilizada nos serviços públicos, a mesma exclui as pessoas que se encontram na quarta idade (80 a 100 anos), ou na quinta idade (acima de 100 anos).
Há vários profissionais que designam as pessoas idosas de “Melhor Idade”. A expressão pode representar um eufemismo para suavizar ou desconsiderar as situações desiguais que muitas pessoas idosas vivem. Ao mesmo tempo, a expressão pode representar uma avaliação de um determinado grupo e não se pode generalizar para todas as pessoas idosas brasileiras, que em inúmeras situações não se encontram na sua melhor idade.
Há vários mitos sobre o envelhecimento. Um dos mitos bastante absorvido pelos profissionais é aquele que afirma que as pessoas idosas voltam a ser crianças. Por
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