Substância citológica
Tese: Substância citológica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wellmap • 2/11/2014 • Tese • 965 Palavras (4 Páginas) • 206 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – ES
Curso de Farmácia
Matéria de citologia
Atividade Interativa e Complementação de Carga Horária
Perfil microbiológico e alterações citológicas associadas em material cérvico-vaginal
Cachoeiro de Itapemirim – ES
Novembro / 2014
A citologia esfoliativa é de grande auxílio no diagnóstico das lesões neoplásicas que acometem as mulheres. Porém o diagnóstico de câncer ainda se apresenta cercado por medos, incertezas e tabus, interferindo profundamente nas estruturas individual e familiar. Esta realidade pode ser explicada conforme fatores relacionados à altamortalidade, mesmo diante de pesquisas e avanços terapêuticos nessa área.(LUIZ, 2010).
Existem também, algumas particularidades que não satisfazem plenamente os clínicos como, por exemplo, não apresentar correlação direta entre a sua classificação citológica e a conduta a ser instituída. Além disso, separa lesões com o mesmo potencial de evolução para o carcinoma invasor do colo em categorias distintas. Diante disso, o Instituto Nacional do Câncer doRio de Janeiro (National Cancer Institute - NCI), em 1988, patrocinou a criação de nova e atualizada terminologia a ser utilizada nos laudos da colpocitologiaoncótica, a "Classificação de Bethesda" (TBS), que visava corrigir essas falhas. O sistema Bethesda, permite aclassificação de lesões pré-cancerosas e cancerosas da cérvice.O câncer do colo uterino ainda hoje permanece como o segundo tumor maligno mais comum em mulheres, correspondendo a 15% de todos os cânceres femininos (INCA 2010).
A citologia cérvico-vaginal ou exame de Papanicolaou é apenas um teste de rastreamento do câncer de colo, embora seja um componente crítico na sua detecção. Este teste apresenta uma baixa taxa de erro, porém chega a ser significante. Os clínicos devem ficar atentos ao falso senso de segurança gerado por um resultado negativo. Os resultados negativos não garantem a ausência de câncer cervical e o exame não substitui os cuidados clínicos. O médico deve decidir como seguir ou tratar o paciente de acordo com os achados clínicos e o grau de risco da doença As lesões visíveis e suspeitas devem ser biopsiadas e os sintomas clínicos não devem ser ignorados mesmo se o resultado do exame for absolutamente normal. Na verdade, a citologia cérvico-vaginal é comprovadamente eficaz no seu papel de reduzir a mortalidade associada ao câncer cervical. Não foi inventado até hoje outro teste que seja capaz de erradicar o câncer embora se saiba que este não é perfeito. É virtualmente impossível evitar os diagnósticos falso-negativos, mesmo porque 10% dos cânceres cervicais são indetectáveis.
Infelizmente algumas mulheres irão desenvolver a doença embora tenham se submetido sistematicamente ao teste de rastreamento. Entretanto muitas destas mulheres podem ter passado por processos inadequados de rastreamento e o exame citológico pode não ter sido adequadamente examinado. Existem alguns cuidados que podem ajudar a prevenir este desenrolar trágico. Primeiramente e talvez o mais importante é que todas as mulheres devem se submeter a exames citológicos regulares, mesmo possuindo uma longa história pregressa de exames normais. As mulheres devem ser informadas que o teste apresenta falhas. Elas devem possuir pelo menos três testes consecutivos anuais, satisfatórios e negativos antes de passarem para a etapa de acompanhamento de acordo com critérios clínicos adotados por seu médico. Pacientes de alto risco, incluindo aquelas que apresentam múltiplas infecções e processos reativos e; ou inflamatórios acentuados devem ser acompanhados mais de perto.
A detecção de inflamações e dos agentes causais é de extrema importância, principalmente porque a taxa de mulheres infectadas por algum tipo de microrganismo é frequentemente elevada. Muitos autores relatam a prevalência de microrganismos que mais causam inflamação em exames citopatológicos e
dentre eles, os achados sugestivos de Gardnerella vaginalis, Trichomonas
vaginalise Candidasp, são os mais comuns (MUSIAL, 2009; LESSA, 2012; CARDONA, 2012). A literatura apresenta que a infecção por Gardinerella/Mobiluncusem níveis elevados pode causar inflamação (LESSA,
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