Síntese Reflexiva: Aspectos ligados a formação médica

                                  Sintese Reflexiva: Aspectos ligados a formação médica.

       Primeiro, é discutida a vocação do médico, que é um dos problemas mais intrincados da psicologia médica, afinal, é complicado ntender o motivo de alguem escolher viver tão próximo da morte, sendo que muitas vezes é o que mais se teme. Algumas razões como o interesse pela Biologia e a influência de pais são grandes explicações para escolha desse caminho. Além  disso, a busca por boa remuneração financeira e o status advindos com a profissão também influenciam. Há também, a escolha baseada na vivênvica da angústia e impotência em frente à morte. Entretanto, os verdadeiros determinantes, aliados a essas motivações, são os elementos de natureza inconsciente.

Ao decorrer do curso, as motivações iniciais passam por um processo gradual de transformação. A tentativa de salvação onipotente é substituída pelo exercício de atividades construtivas baseadas no conhecimento científico, que se encontra em desenvolvimento constante; assim, o desamparo e a morte deixam de ser ''resolvidos'' pela sua eliminação mágica.

A confiança dos recursos adquiridos através dos estudos traz a possibilidade de tratar e cuidar de uma pessoa enferma dentro do possível e de acordo com cada contexto.

A vontade de ser médico estaria, em parte, ligada ao desejo inconsciente de curar e tratar de si mesmo através da pessoa do outro. Seria uma projeção no paciente das próprias dificuldades ( aspectos regressivos infantis ). Além disso, relações do adolescente com seu meio social e familiar também adquirem importância na escolha profissional.

                                          Fase de Euforia

Após longo período de estudos, a faculdade é vista pelo aluno como o continente idealizado, onde não haverá mais angústia, insegurança ou exigências; pelo contrário, será o lugar onde suas expectativas serão satisfeitas e aquele desejo de ser médico, muitas vezes presente desde a infância, será fnalmente realizado. Também, ao entrar no curso, o aluno sente-se socialmente mais valorizado e orgulha-se deseu desempenho. Nessa fase, alguns acreditam, inclusive, que nem será necessário aguardar a passagem dos seis anos de curso e que por terem passado no vestibular já são médicos. Ou seja, esse fase é caracterizada pelo uso das chamadas defesas maníacas ( negação, controle onipotente e dissociação ), cujo objetivo é impedir que o aluno entre em contato com angústias muitos intensas que surgem diante de tantas novidades e mudanças.

                                           Fase de Desencanto

Nessa fase o aluno passa de fato a ter contato com o curso de Medicina através das aulas, matérias e professores. Surgindo queixas relativas à má didática, à longa duração das aulas, excessivo volume de estudo e à pouca utilidade dos cursos, vistos por ele como teóricos e afastados da Medicina em sí. O desencanto aumenta com as primeiras provas, pois as notas não costumam corresponder à alta expectativa do estudante que estava habituado a ser o primeiro aluno da classe, e assim ser caracterizado e reconhecido pelos outros e por si mesmo. A perda desse status pode provocar, em alguns casos, sentimentos de desvalia  e desejo de abandonar o curso e, em outros, uma verdadeira crise de identidade. Normalmente o aluno não consegue observar o momento de transição gigantesca a qual está passando. Na medida que surgem as dificuldades, os alunos começam a perceber que terão que reaprender a estudar, fazer valer mais o tempo, ou seja, aprender mais em menos tempo.

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