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TETANO

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Por:   •  28/3/2013  •  2.801 Palavras (12 Páginas)  •  2.846 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O tétano é caracterizado por rigidez muscular e morte por parada respiratória e convulsões. Pelo fato da doença na maior parte dos casos ser causada por contaminação de ferimentos da pele ou mucosas por terra, é chamada de doença telúrica, ou seja, originária da terra.

Não é somente transmitido por pontas de pregos enferrujados, como muitos imaginam, está presente no ambiente a bactéria Clostridium tetani, agente causadora da moléstia, não sobrevive na presença de oxigênio e encontra-se em locais como terra, areia, espinhos de plantas, fezes, agulhas de injeções não esterilizadas, poeira de rua, apenas aguardando uma ferida aberta que lhe dê a oportunidade de se manifestar

Uma vez no organismo humano, a Clostridium germina, assume uma forma vegetativa e passa a produzir uma poderosa toxina chamada Tétanospasmina que ataca o sistema nervoso central, causando rigidez muscular em diversas regiões do corpo.

Clinicamente, a doença manifesta-se por febre baixa ou ausente, espasmos, contrações musculares, em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

2. OBJETIVO

Tem por objetivo, contextualizar as características do tétano, suas causas, como se da o processo dos sintomas, diagnóstico, epidemiologia, tratamento, prevenção e cuidados de enfermagem.

3. JUSTIFICATIVA:

O alto risco que a bactéria Clostridium tetani trás, suas complicações são graves e a pessoa infectada necessita de cuidados imediatos, portanto a população deve ser ensinada de que todos os ferimentos sujos, fraturas expostas, mordidas de animais e queimaduras devem ser bem limpos e tratados adequadamente para não proliferar a bactéria pelo organismo.

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4. METODOLOGIA

Trata-se de um trabalho descritivo que contém aspectos conceituais e históricos do Tétano, ao qual busca através de levantamento de artigos científicos coletados em revistas especializadas e dados da internet, selecionados da Biblioteca Virtual, Scielo Brasil, Google.

5. TÉTANO

Doença infecciosa grave que frequentemente mata, causada pela neurotoxina tetanospasmina (toxina responsável pelos espasmos musculares) que é produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium tetani. (Veronesi, 1991). Esta bactéria existe normalmente no solo e no trato intestinal dos herbívoros (cavalo, coelhos), encontrada sob forma de esporos em fezes, na terra e plantas que são introduzidas no homem através de feridas e cortes na pele, assim como através da zona do corte do cordão umbilical em recém-nascidos de mães não imunizadas e em fracas condições de higiene. Uma vez inserida no corpo, a bactéria não se desloca do local de entrada, permanecendo aí.

A toxina liberada age principalmente nas células motoras do sistema nervoso central após o período de incubação que varia de 03 a 21 dias, bloqueando a transmissão dos impulsos inibidores dos neurônios resultando em espasmos musculares (contrações musculares involuntárias).

O tétano pode ser:

Tétano acidental - decorrente de acidentes, geralmente, é adquirido através da contaminação de ferimentos (mesmo pequenos) com esporos do Clostridium tetani, que são encontrados no ambiente (solo, poeira, esterco, superfície de objetos - principalmente quando metálicos e enferrujados). O Clostridium tetani, quando contamina ferimentos, sob condições favoráveis (presença de tecidos mortos, corpos estranhos e sujeira), torna-se capaz de multiplicar-se e produzir tetanospasmina, que atua em terminais nervosos, induzindo contraturas musculares intensas.

Tétano neonatal - as gestantes que nunca foram vacinadas, além de estarem desprotegidas não passam anticorpos protetores para o filho, o que acarreta risco de tétano neonatal para o recém-nato (criança com até 28 dias de idade). O tétano neonatal (tétano umbilical, "mal dos sete dias") é adquirido quando ocorre contaminação do cordão umbilical com esporos do Clostridium tetani. A contaminação pode ocorrer durante a secção do cordão com instrumentos não esterilizados ou pela utilização subseqüente de substâncias contaminadas para realização de curativo no coto umbilical (esterco, fumo, pó de café, teia de aranha).

HISTÓRIA DO TÉTANO

O tétano foi conhecido desde a antigüidade, sendo descrito por Hipócrates, no século V a.C., sua causa continuou sendo um mistério até o século XIX. Contudo sua causa foi descoberta somente em 1884, por Carle e Rattone. Nicoleir reproduziu e confirmou as pesquisas e observou nas feridas o agente do tétano, observando ainda que o mesmo bacilo esporulado podia encontrar-se na terra.

No ano de 1892, Behring e Kitasato descobriram um método de imunização eficaz, com o toxóide ou toxina envelhecida, o que foi aperfeiçoado por Ramom e Descombey, em 1925, que detoxicaram a toxina pela ação do formol, denominando-a anatoxina.

Durante muitos anos o antídoto era feito por injeção de toxina em cavalos, e o seu soro rico em anticorpos antitoxina era administrado aos doentes. Contudo este processo gerava reações imunitárias contra os anticorpos do cavalo, um problema denominado de doença do soro. Por essa razão, cada pessoa só podia receber antídoto uma vez na vida, pois a reação do seu sistema imunitário contra o anticorpo de cavalo era quase sempre fatal à segunda aplicação do soro.

EPIDEMIOLOGIA

Bacilo de Clostridium tetani pode ser encontrado no solo (especialmente aquele utilizado para agricultura), nos intestinos e fezes de cavalos, carneiros, gado, ratos, cachorros, gatos, porquinhos da Índia e galinhas. Os esporos são encontrados também em solos tratados com adubo animal, na superfície da pele e em heroína contaminada.

Apesar do tétano ser uma doença que pode ser prevenida e controlada por vacinação, já que esta se apresenta quase exclusivamente em pessoas não vacinadas ou com esquema de imunização inadequado, são reportados no mundo, anualmente, cerca de um milhão de mortes por esta doença, e a grande maioria delas ocorre em países subdesenvolvidos.

Hoje em dia, com os programas de vacinação universal, o tétano é raro nos países desenvolvidos. Há, contudo,

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