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Tabela Periodica

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Por:   •  17/6/2014  •  3.165 Palavras (13 Páginas)  •  414 Visualizações

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Historia Da Tabela Periódica

Elementos como a prata, o ouro, o cobre e o chumbo já eram conhecidos desde os tempos antigos, mas a primeira descoberta científica de um elemento só aconteceu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo. Nos próximos 200 anos após essa descoberta, dezenas de outros elementos foram encontrados na natureza. Com isso surgiu a necessidade de organizá-los, e então os cientistas iniciaram a busca por propriedades que servissem como critério de classificação.

A primeira tentativa de organização foi feita no início do século XIX, pelo químico e físico inglês John Dalton. Nessa época, os valores aproximados das massas atômicas de alguns elementos já tinham sido estabelecidos.

Dalton listou os elementos conhecidos em ordem crescente de massas atômicas, descrevendo as propriedades de cada um e os compostos formados por eles. Entretanto, essa classificação não fazia sentido, já que deixava bastante afastados entre si elementos com propriedades muito semelhantes. Os próprios valores das massas atômicas eram duvidosos, pois foi Dalton mesmo quem os calculou baseado em dados imprecisos.

Em 1829, Johann W. Döbereiner teve a primeira ideia para agrupar os elementos em três. Chamou de Tríades de Döbereiner. Essas tríades também estavam separadas pelas massas atômicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes.

A massa atômica do elemento central da tríade era, supostamente, a média das massas atômicas do primeiro e terceiro membros. Infelizmente, muitos metais não podiam ser agrupados em tríades. Formaram uma tríade:

cloro, bromo e iodo;

lítio,sódio e potássio;

cálcio, estrôncio e bário;

enxofre, selênio e telúrio.

A Lei da tríades se aplicou em 54 elementos químicos. Muitos elementos não se encaixavam nesta classificação. O químico tentou encontrar mais tríades, mas não achou.

O geólogo francês A.E. Beguyer de Chancourtois tentou, em 1862, uma nova classificação dos elementos. Estava baseada no peso atômico do oxigênio, já estabelecido na época como 16. Tomou um cilindro, dividindo-o em 16 segmentos iguais. Traçou uma hélice na superfície do cilindro, de modo que formasse um ângulo de 45° com o seu eixo. Sobre ela dispôs os elementos em ordem crescente de pesos atômicos, que foram tomados como ordenadas sobre várias geratrizes. A hélice atravessava as geratrizes a distâncias cujos valores eram múltiplos de 16 e os elementos onde os pesos atômicos diferiam em 16 unidades, caíam na mesma geratriz. O grupo de elementos de cada geratriz possuía propriedades químicas semelhantes.

Seu trabalho foi ignorado na época e não incluía muitos elementos.

Parafuso telúrico proposto por Chancourtois

O químico inglês Jonh Alexander Reina Newlands propôs uma nova classificação para os elementos químicos, em 1864. Newlands ordenou os elementos em colunas e em ordem crescente de pesos atômicos. Formada a primeira coluna com sete elementos, o oitavo apresentava propriedades físicas e químicas semelhantes ao primeiro. Por isso, começava-se uma nova coluna. Como a cada oito elementos repetiam-se as semelhanças físicas e químicas, Newlands iniciava colunas a cada oito elementos.

Classificação de Newlands: nas linhas horizontais estão os elementos com propriedades químicas semelhantes.

Ele comparava sua classificação com a educação musical. Newlands chamou à regularidade observada de lei das oitavas, estabelecendo analogia com o que ocorre na escala musical. Seu trabalho foi ridicularizado, mas mais tarde reconheceram-lhes indiscutíveis méritos. Alguns elementos não se encaixavam na classificação, como o cálcio. Seu trabalho deu impulso à continuidade aos estudos da classificação dos elementos, por Mendeleyev e Lothar Meyer.

Elementos organizados conforme a Lei das Oitavas

O químico alemão Julius Lothar Meyer, em 1864, estudou a relação existente entre o volume atômico dos elementos e suas respectivas massas atômicas. Representou graficamente o volume atômico em função da massa atômica relativa e através da curva obtida, conseguiu agrupar vários elementos em famílias. Chegou assim a uma classificação periódica dos elementos que tinham propriedades semelhantes, um esboço da tabela periódica atual. O químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleev classificou os elementos químicos e até hoje as tabelas estão baseadas nos seus trabalhos. O trabalho de Meyer também contribuiu para as tabelas atuais, mas foi Mendeleev quem levou os méritos.

Ambos dispuseram os elementos em colunas (verticais), em ordem crescente de pesos atômicos, de modo que os elementos situados em uma mesma horizontal apresentassem propriedades semelhantes. Quando necessário, deixaram espaços vazios, de tal forma que as linhas só contivessem elementos de propriedades químicas semelhantes.

Embora o critério de construção das duas tabelas fosse o mesmo (ordem crescente dos pesos atômicos), Meyer baseou-se principalmente nas propriedades físicas dos elementos, e Mendeleev, nas propriedades químicas. O trabalho desenvolvido por Mendeleev acabou impressionando muito mais do que o trabalho de Meyer, não só pela divulgação, mas principalmente pela coragem do genial cientista russo. Além disso, Mendeleev conseguiu prever o surgimento de novos elementos químicos. O próprio Mendeleev revisou seu sistema periódico, republicando-o dois anos depois, em 1871, em oito colunas de maneira que a semelhança de propriedades químicas ocorresse, agora, na vertical.

No início do século XX, por volta de 1913, o físico inglês Henry Gwyn-Jeffreys Moseley examinou os espectros dos raios-X característicos de cerca de 40 elementos. Neste estudo, descobriu que todos os átomos de um mesmo elemento químico tinham carga nuclear idêntica, o que indicava que possuíam o mesmo número de prótons em seus núcleos. O número de prótons que um elemento possui em seu núcelo corresponde ao seu número atômico. O físico observou que quando os elementos eram colocados em ordem crescente de números atômicos, suas propriedades se repetiam periodicamente.

Não levou muito tempo para que Moseley chegasse à conclusão de que o número atômico podia ser usado como critério de organização dos elementos químicos, em vez da massa atômica. A aplicação desse padrão

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