Trabalhar sobre as principais patologias associadas à baixa umidade do ar
Seminário: Trabalhar sobre as principais patologias associadas à baixa umidade do ar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joelmartins23 • 18/5/2014 • Seminário • 1.058 Palavras (5 Páginas) • 401 Visualizações
Trabalho sobre as Principais Patologias relacionadas à Baixa Umidade do Ar
A umidade relativa do ar (URA) pode ter efeitos diretos e indiretos na saúde e no conforto físico. Tanto umidades muito altas quanto muito baixas podem afetar a saúde e o bem estar. Estes efeitos são minimizados com níveis de umidade entre 40 e 60%, níveis estes considerados adequados para preservação da saúde. Inverno tórrido, primavera gelada.
No Brasil inteiro acentuadamente no Centro-Oeste e no Sudeste, não apenas as temperaturas destrambelhadas, mas também o ar extremamente seco denuncia a ação nefasta do homem, que agora sente na pele (e no resto do corpo) as conseqüências dos maus-tratos ao meio ambiente. Na secura, o desgaste do organismo é tremendo, assegura Paulo Saldiva, pesquisador do Centro de Poluição da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Isso porque todo ele se mobiliza para manter a homeostase, ou seja, o estado de equilíbrio interno.
Num primeiro momento surgem o que parece apenas pequenos desconfortos, como dores de cabeça e tonturas. Ao longo dos anos, porém, esses incômodos se somam e causam graves malefícios. Nas grandes cidades, a estiagem, piorada pela poluição, afeta especialmente os sistemas respiratório e circulatório. No longo prazo o corpo sofre os mesmos danos provocados pelo cigarro, garante Saldiva.
Os olhos, porém, é que são os primeiros a sentir a influência do ar seco, diz o oftalmologista Newton Kara José, professor da Universidade de São Paulo e da Universidade de Campinas. Isso porque a mucosa ocular é a mais exposta ao ambiente externo. Na falta de umidade, o filme lacrimal, uma leve partícula de água que recobre os olhos, evapora-se muito rápido, explica o mestre em visão. Você logo sente coceira e a reação natural é esfregar as pálpebras, o que piora tudo, porque provoca lesões, acrescenta. Sem contar o risco de contaminação por microorganismos levados pelas mãos. Uma das conseqüências costuma ser a conjuntivite.
Sem medidas preventivas, numa espécie de efeito dominó, nariz, boca, garganta e brônquios são afetados. A mucosa nasal fica tão ressecada que pequenos vasos se rompem e sangram. Para piorar, aparecem feridas pequeninas que funcionam como porta de entrada para vírus e bactérias. E os pêlos nasais, cuja função é filtrar as partículas do ar, deixam de cumprir direito esse papel protetor, já que perdem a lubrificação.
No nariz, o ar deve ser umidificado e filtrado. Com a umidade muito baixa, o ar chega ainda muito seco nos pulmões e também dificulta a situação dos asmáticos.
A asma brônquica (também conhecida como bronquite asmática) se apresenta com crises de tosse associada, na maioria das vezes, à falta de ar e chiado no peito. Estes sintomas podem ser intermitentes ou persistentes e, se não tratados, podem causar muitos prejuízos à vida destes doentes e até a morte. Muitas vezes, há a associação da rinite alérgica e da asma. Estes indivíduos também podem apresentar alguma alergia de pele e, sobretudo no clima seco, alergia nos olhos que se apresentam como coceira nos olhos e pálpebras, ardência, sensação de “areia nos olhos”, lacrimeja mento, olhos vermelhos, inchaço nas pálpebras ou fotofobia ( dificuldade para olhar para luz ).
As recomendações de saúde frente à baixa umidade do ar:
Usar umidificadores de ar ou colocar uma vasilha com água ou toalha molhada no lugar onde irá dormir;
Manter a casa higienizada, arejada e ensolarada;
Tomar bastante líquido para hidratar corpo e secreções;
Evitar exposição prolongada a ambientes com ar-condicionado, já que este ajuda a ressecar o ambiente;
Realizar atividades físicas antes das 10h ou após 17h, quando o ar está mais úmido;
Forrar travesseiros e colchões com plástico, usar edredons ao invés de cobertores, retirar tapetes ou objetos que acumulem pó como livros, revistas, brinquedos de pelúcia e caixas;
Evitar produtos de limpeza com cheiros fortes;
Usar persianas laváveis;
Evitar plantas dentro da casa;
Não deixar ninguém fumar
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